Pronunciamento

Maurício Eskudlark - 101ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 17/10/2012
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Sr. presidente, srs. deputados, público que nos acompanha pela TVAL e servidores da Saúde hoje presentes na Assembleia Legislativa, um dos assuntos abordados pelo deputado Manoel Mota foi a questão do contorno viário. Ontem, inclusive, fizemos referência na tribuna sobre essa questão.
Não participei da audiência pública no Centro de Eventos Petry, em Biguaçu, porque estava nesta Casa prestigiando a homenagem do deputado Antônio Aguiar aos 100 anos da Guerra do Contestado.
Não foi possível participar, mas nós manifestamos o nosso posicionamento. E ontem até falei nesta Casa que moro em São José e que há cinco ou seis anos eu dizia que morava a cinco minutos do centro. E hoje quem mora em São José ou Palhoça diz que mora a quase duas horas da capital.
Então, realmente temos que encontrar uma solução para o problema da mobilidade.

V1_1012012 - ORDINÁRIA - CIDA

Hoje, acompanhava pelos jornais o resultado da reunião de ontem, deputado Antônio Aguiar, e lamentando, eu vi, sem criticas as pessoas, ou as instituições, mas quando o diretor do Ibama disse que tem até maio de 20113 para analisar o projeto, quero dizer que isso é a mesma coisa, mais ou menos, que chegar alguém no hospital morrendo e o servidor dizer que pelas normas tem três horas para fazer o atendimento.
Então, a pessoa que agir com bom senso. As normas são uma coisa, os prazos são uma coisa, e o problema que enfrentamos é um problema muito mais grave. O Ibama não pode se basear que tem prazo de seis meses, um ano, para fazer manifestação, porque o problema é muito grave. O paciente que já acaba sendo impaciente, toda a população que precisa chegar à grande Florianópolis enfrenta esse problema grave da mobilidade. Esse contorno viário é uma obra emergencial e tem que vir lá do rio Inferninho, da Estiva, que fica lá em Governador Celso Ramos e não nesse trajeto que iniciaria no centro de Biguaçu e que não acaba resolvendo nada o problema na Grande Florianópolis.
Então, concordo com o posicionamento do deputado Manoel Mota, acho que essa Assembléia tem que se envolver firmemente nesse projeto junto com as entidades que estiveram ontem aqui manifestando preocupação que não é uma preocupação só da classe empresaria, mas que tem que ser da classe política e de todas as entidades.
Então é emergencial. A concessionária da rodovia é uma verdadeira afronta ao cidadão. Hoje, com obras quase na área central de São José, lá em Barreiros o trânsito fica todo parado. Poderiam fazer essas obras no horário noturno e não realizando as obras num período de pico no trânsito trazendo sérios problemas a nossa comunidade.
Gostaria de parabenizar mais uma vez o deputado Antônio Aguiar pela brilhante sessão especial em homenagem a Guerra do Contestado. Há cem anos eles construíram a ferrovia de São Francisco do Sul a Canoinhas com toda dificuldade. Hoje, o Brasil quer fazer uma ferrovia norte/sul, ligando o oeste catarinense ao centro oeste, porque as indústrias de frango hoje já não tem ração, alimento à produção, não se consegue. Então, há 100 anos, quando se fazia a facão, deputado Antônio Aguiar, se conseguia fazer uma estrada de ferro. E hoje, com toda a tecnologia que temos não se consegue fazer as estradas de ferro, as ferrovias tão necessárias que o nosso país e os nossos estados precisam.
Queria também abordar o tema do deputado Ismael dos Santos, quanto à questão do curso superior, as instituições pensaram em valorizar os seus profissionais. Mas hoje vemos que temos muitas pessoas com vocação, com capacidade, com potencial que não tem nível superior mas que seria grandes profissionais da segurança pública. Como nós temos profissionais da saúde, da educação, com curso técnico e não tem curso superior, mas que são grandes profissionais no exercício das suas funções. Então, se exige o curso superior, só que a remuneração não é de curso superior. Quere que o profissional tenha curso superior e não dá a devida remuneração.

Salete

Eu até faço a minha homenagem lamentando com tristeza ao policial civil que foi assassinado no dia de ontem, no município de Palhoça, Maurino Paulo Borba. Nós que trabalhamos em Santo Amaro da Imperatriz São José, Palhoça o conhecíamos muito bem. Com durante 48 anos de idade, com 27 anos de profissão foi assassinado, parece-me numa tentativa de roubo.
Isso demonstra a gravidade da situação da criminalidade que enfrentamos, porque se foi uma tentativa de roubo, aqueles marginais estavam perambulando na região onde ele morava para poder pegar algum cidadão chegando em casa, vindo do trabalho, da aula naquele horário para praticar o roubo. Infelizmente o policial foi a vítima, pois aparentemente ele tentou reagir e foi alvejado pelos marginais.
Então, aparentemente foi tentativa de roubo, mas pior será se chegarmos se nós chegarmos a situação que está o estado de São Paulo, onde os marginais dizem que a cada bandido morto no confronto com os policiais, eles vão assassinar dois policiais. Estamos vivendo um estado em que a ordem está invertida, porque de dentro das prisões os marginais acabam tendo mais força e comandando a criminalidade, pois quem está dentro da prisão está protegido e obrigando os marginais que estão na rua a praticar roubos e crimes sob pena de mandar assassinar seus familiares ou quando ele for preso vir a sofrer represália e ser assassinado.
Eu posso dizer que a situação, sr. presidente, é bem mais grave do que a gente vê na questão da criminalidade. Preocupa-me muito esta questão da criminalidade, pois a falta de motivação para o ingresso na segurança pública dos profissionais, daqueles que têm vocação está difícil. Nós vivemos um momento de repensar, inclusive os nossos políticos federais deve repensar a mudança da legislação para proteger o cidadão que trabalha.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)