Pronunciamento

Marcos Vieira - 017ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 16/03/2011
O SR. DEPUTADO MARCOS VIEIRA - Sr. presidente, sras. deputadas e srs. deputados, senhoras e senhores, telespectadores da TVAL, ouvintes da Rádio Alesc Digital.
Sr. presidente, quero iniciar a minha fala cumprimentando a diretoria eleita do Conselho Estadual das Entidades de Turismo da CNTur, Santa Catarina, entidade essa que agrega todos os segmentos do turismo catarinense, que aliás é a indústria que mais emprega no Brasil, com o comércio varejista.
Quero cumprimentar Roberto Henrique Barreiros Silva, o famoso Beto Barreiro, do Box 32, que vai ser o presidente, Aristorides Vieira Stadler, Estanislau Emilio Bresolin, Mário Jardim Lobo Filho, Cláudio João Bristot e Tarcísio Schmitt, que é o presidente do Sindicato dos Hotéis de Santa Catarina. Quero cumprimentá-los pela eleição e pela posse, que ocorrerá nos próximos dias em Santa Catarina, possivelmente no plenário ou em qualquer outro ambiente desta Casa.
Ao cumprimentar a nova diretoria do Conselho Estadual das Entidades de Turismo da CNTur, Santa Catarina, sr. presidente, sras. deputadas, srs. deputados, quero também cumprimentar a juíza federal Marjorie Cristina Freiberger que numa sentença com muito mérito, com muito fundamento, indo ao fundo da questão, negou a liminar solicitada pelo Ministério Público Federal para embargar as obras, já em fase de conclusão, do Hospital SOSCárdio, na SC-401.
Será um dos hospitais mais modernos do Brasil, que vai servir a comunidade catarinense, um hospital que tem recursos privados, fruto da aplicação, do investimento de um grupo de médicos para a melhoria da saúde de todos nós catarinenses e que, com certeza absoluta, após a Páscoa, estará funcionando plenamente na SC-401, trazendo qualidade de vida para todos os catarinenses.
A imprensa catarinense estampa no dia de hoje manchete afirmando que, efetivamente e finalmente, o hospital vai entrar em funcionamento trazendo benefícios para todos os catarinenses, porque será, é claro, um hospital de referência nacional. E em vista dessa decisão, a Unimed de Santa Catarina, sras. deputadas, srs. deputados, resolveu investir também em mais um hospital referência em Florianópolis. Já estão até contratando o projeto de engenharia para a futura licitação de um hospital com 100 leitos, melhorando a qualidade de vida de todos os catarinenses.
Parabéns aos diretores da SOSCárdio, mas parabéns também, sobretudo, à diretoria da Unimed, que mais uma vez investe na qualidade de saúde dos catarinenses.
Também, srs. deputados e sras. deputadas, os jornais, principalmente da Grande Florianópolis, nos últimos tempos, têm falado bastante sobre a mobilidade urbana, assim como neste Parlamento o debate tem sido constante. Está sendo evidenciada a questão da mobilidade da Grande Florianópolis, o trânsito parado e os investimentos de infraestrutura feitos pelos governos municipais, estadual e federal. Em uma das manchetes do jornal Diário Catarinense, nesta quarta-feira, de página inteira, pergunta:
(Passa a ler.)
"O elevado da Setta abriu? A avenida Paulo Fontes vai abrir?"
Esse é um questionamento constante que todos nós, de Florianópolis, fazemos uns aos outros. E numa das notas do mesmo jornal, Diário Catarinense, página 2, do Visor, diz o seguinte ao final:
(Continua lendo.)
"[...] Dário nunca engoliu a decisão do fechamento, anunciada por Nunes, quando estava interinamente à frente da prefeitura. Berger disse que agora não tranca mais."[sic]
E aí quero fazer um questionamento, sr. deputado Reno Caramori, se não vai fechar mais, porque deixou fechar há um ano? O prefeito, à época, mandava ou não? Ou ele manda só a partir de agora? E também gostaria de saber quanto custou o fechamento daquela avenida. Qual foi o prejuízo causado para o comércio? Qual foi o prejuízo causado para todos aqueles que tiveram que alongar os seus percursos para ir de casa ao trabalho e vice-versa? E quanto, deputado Padre Pedro Baldissera e deputada Ana Paula Lima, está custando para reabrir a Paulo Fontes? Quem vai pagar essa conta? Conta essa que, com certeza absoluta, poderia estar sendo aplicada em outra obra de infraestrutura, de melhoria, na Grande Florianópolis.
Mas é o governo do estado que ao longo dos últimos anos vem investindo, e muito pesado, na infraestrutura de Florianópolis, juntamente, e aí a justiça tem que ser feita, com o governo federal. A SC-401, que finalmente tem o seu trecho final iniciado para duplicação, recebeu recursos, aplicado no governo do estado, do governo federal. Para o trevo da Seta, que vai custar praticamente R$ 16 milhões, foram aplicados, pelo governo do estado, mais de R$ 12 milhões. Toda a repavimentação da avenida Beira-Mar Norte, toda a sua reurbanização, praticamente todos os recursos aplicados, são oriundos do governo do estado.
Mas, infelizmente, o governo está tomando medidas que ainda não resolvem a questão da mobilidade urbana não só em Florianópolis, mas também na Grande Florianópolis. E alguns questionamentos devem ser feitos. Estamos mobilizados, da mesma forma como hoje está mobilizada toda a bancada do sul do estado com as suas principais lideranças políticas e empresariais, lá em Brasília, exigindo a efetiva conclusão, o mais rapidamente possível, do trecho sul da BR-101.
Eu gostaria de saber onde está a mobilização dos parlamentares que representam a Grande Florianópolis. Onde está a mobilização dos prefeitos, das lideranças políticas e empresariais da Grande Florianópolis, que não exigem do governo federal a imediata ação da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT -, no sentido de obrigar a autopista, essa concessionária da BR-101, a fazer o início efetivo do contorno viário da Grande Florianópolis, partindo de Biguaçu até Palhoça, pois todos nós sabemos que a BR-101 transformou-se numa grande avenida urbana congestionada permanentemente.
Quando finalmente será iniciada a obra de duplicação da Via Expressa que dá acesso a Florianópolis? Porque todas as pessoas que vêm trabalhar em Florianópolis, quando retornam as suas casas, em Biguaçu, Palhoça, São José, Santo Amaro da Imperatriz, São Pedro de Alcântara ou qualquer outro município, não têm tranquilidade, paz e tempo suficiente para, em poucos minutos, sair do centro da cidade e chegar ao seu destino.
Quando, efetivamente, vamos ter a duplicação da SC-405, que leva para o sul da ilha? Está sendo resolvido o trevo da Seta? Sim, mas com certeza absoluta o congestionamento está sendo desviado dali para o trevo da Fazenda do Rio Tavares, e é lá, agora, que as autoridades têm que concentrar a sua atenção, para fazer com que na confluência, na chegada ao Rio Tavares, bem como ao Ribeirão, ao Pântano do Sul, à Armação e ao Campeche não haja um afunilamento do trânsito, fazendo com que a população que lá mora continue sofrendo a cada dia mais.
Constrói-se muito no Itacorubi, no Córrego Grande. E a via de acesso da Lagoa, no leste da ilha, a SC-404, está completamente estrangulada, sufocada, não suporta mais veículos. Precisamos, sim, fazer esse grande debate, o debate da resolução do problema da mobilidade urbana da Grande Florianópolis, fazendo com que a população possa ver, de vez por todas, seus problemas de mobilidade resolvidos, sem trânsito, sem congestionamento, com tranquilidade, saindo de casa para trabalhar e retornando em poucos minutos.
Esse é o debate que temos que fazer, como está fazendo hoje o sul do estado, lá em Brasília, mobilizado pela duplicação da BR-101. Vamos juntos fazer com que as autoridades nos deem as respostas que estamos buscando no dia de hoje.
(Discurso interrompido pelo término do horário regimental.)
(SEM REVISÃO DO ORADOR)