Pronunciamento
Marcos Vieira - 028ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 17/04/2007
O SR. DEPUTADO MARCOS VIEIRA - Sra. presidente, sras. deputadas e srs. deputados, são dois os assuntos que quero abordar, na tarde de hoje, na tribuna desta Casa. Um é bom e outro é ruim. Nós sempre fazemos a pergunta a alguém, para saber o que primeiro quer ouvir. Mas vou começar, evidentemente, pela notícia ruim, triste, para a Grande Florianópolis, principalmente.
Trata-se, pois, da situação agonizante por que passa o Hospital São Francisco de Assis, da nossa querida e bela Santo Amaro da Imperatriz, uma cidade conhecida internacionalmente pela qualidade das águas termais que possui; pelo turismo que contribui para o desenvolvimento de Santa Catarina; pelo que é produzido naquela cidade e que faz com que Santo Amaro da Imperatriz apareça cada vez mais no mapa de Santa Catarina e faça o estado aparecer, cada vez mais, no mapa do Brasil.
Mas a situação do Hospital São Francisco de Assis é realmente difícil! No mês de março, recebi uma correspondência assinada pela direção do hospital, mais precisamente pela presidente da instituição, sra. Maria Helena Muller, e pelo diretor-geral, sr. Lauri Thiesen, narrando-me a situação difícil por que passa o Hospital São Francisco de Assis.
Ao tomar conhecimento, e conversando com funcionários, lideranças políticas e empresariais da cidade, fiz um apelo ao sr. governador do estado, ao secretário de estado da Saúde e ao secretário de Desenvolvimento Regional, no sentido de socorrer essa instituição hospitalar que presta, vem prestando, como também já prestou ao longo de décadas, relevantes serviços médico-hospitalares a uma série de habitantes da nossa Grande Florianópolis.
O que mais me chamou a atenção foi tomar conhecimento, na manhã de hoje, de que a emergência desse importante hospital da nossa Grande Florianópolis está fechada, a partir de hoje. Um hospital que tem cerca de 90 leitos, que atende a milhares de pessoas todos os meses, vai deixar, a partir de hoje, de dar atendimento a centenas e centenas de pessoas.
O Sr. Deputado José Natal - V.Exa. nos concede um aparte?
O SR. DEPUTADO MARCOS VIEIRA - Pois não!
O Sr. Deputado José Natal - Quero me solidarizar com v.exa. pela questão do hospital de Santo Amaro da Imperatriz, ao qual, quando fui vereador por São José, muito recorri para sanar alguns problemas de saúde da comunidade, porque não conseguia, na região da Grande Florianópolis, atendimento no Hospital Celso Ramos nem no Hospital Regional de São José.
Fiquei sabendo há poucos dias dessa situação e coloco-me à disposição de v.exa., e tenho certeza de que também os demais deputados desta Casa também o farão, porque o hospital de Santo Amaro da Imperatriz atende à população de toda aquela região.
Por isso eu me solidarizo com v.exa. e coloco-me à disposição para tentarmos uma solução para não deixarmos aquele hospital, que já fez tantos tipos de procedimentos, fechar as portas, como v.exa. está comunicando que aconteceu na manhã de hoje, o que é lamentável para a saúde.
O SR. DEPUTADO MARCOS VIEIRA - Na verdade, a instituição teve o seu início nos idos de 1910, quando chegaram, em Santo Amaro da Imperatriz, as irmãs da Divina Providência.
Começou com uma pequena farmácia, que também prestava serviços de enfermagem à comunidade local, mas ao longo do tempo as necessidades de atendimento foram de tal ordem que se fez necessário ampliar as atividades daquela entidade.
E lá pelos anos de 1951, sob o comando e a coordenação padre frei Fidêncio Feldmann, foi fundada a Sociedade Hospitalar São Francisco de Assis, com a finalidade de construir e ajudar a manter um hospital.
Nasceu pequeno e em 1959 o pequeno hospital possuía somente três leitos e registrou mais de 125 internações na época. Duas vezes por semana, um médico saía de Florianópolis para prestar atendimento em Santo Amaro da Imperatriz, formando, em razão da estada do médico naquela cidade, grandes filas para a consulta.
Já na década de 1960, depois de uma grande enchente, mais de 700 vacinas contra o tifo foram aplicadas. Enfim, em 1962, foi concluída a primeira ala e o hospital começou a funcionar normalmente.
Mas ocupo esta tribuna para, ao tratar desse primeiro assunto, fazer um apelo ao governo do estado, por intermédio do secretário da Saúde, Dado Cherem, que é nosso colega deputado, e também ao secretário de Desenvolvimento Regional, Valter Galina, para que dê uma atenção especial ao Hospital São Francisco de Assis, dessa nossa querida e bela Santo Amaro da Imperatriz. Precisamos reabrir a emergência e fazer com que o hospital volte a funcionar normalmente, dando o devido atendimento à população.
O segundo assunto que vamos abordar, que nos gratifica muito e deixa-nos muito felizes, é também na área da saúde. Trata-se de matérias publicadas nos jornais da semana passada sobre a Rede Sarah de Hospitais.
Diz o destaque do jornal ANotícia: "Reabilitação perto de Casa; Santa Catarina assina protocolo de intenções para construir um hospital da Rede Sarah". Não fugiu à regra o jornal Diário Catarinense, que também, numa reportagem de página inteira, diz: "Hospital de ponta em solo catarinense".
Mas quero, ao citar a Rede Sarah, fazer referência, em especial, a uma pessoa que há muito vem lutando para fazer com que tenhamos em solo catarinense um hospital que é referência mundial. Trata-se de uma guerreira, uma pessoa que tem na sua própria família pessoas que mereceram atendimento da Rede Sarah. Eu quero falar da dona Alice Kuerten, mãe do nosso grande tenista Guga Kuerten, que há muito, com muita dedicação, vem percorrendo os corredores dos Poderes para fazer com que essa instituição seja edificada em Santa Catarina.
E graças a Deus, eu tive o prazer de, enquanto secretário de estado da Administração, no primeiro mandato de Luiz Henrique da Silveira, e atendendo a um pedido de sua excelência, o sr. governador do estado, atender a dona Alice Kuerten e de mostrar-lhe alguns terrenos disponíveis para que aqui em Santa Catarina pudéssemos disponibilizar aquela instituição.
Trazer uma unidade descentralizada da Rede Sarah para Santa Catarina é fazer com que possamos ter um hospital de reabilitação, um hospital especializado em ortopedia, em neuropsicologia e uma das maiores referências do mundo. É uma instituição dedicada à reabilitação e ao tratamento de deformidades, traumas, doenças do aparelho locomotor e problemas de neurodesenvolvimento.
Parabéns a Santa Catarina e parabéns ao sul do Brasil que serão beneficiados com essa unidade. Parabéns ao governo do estado que, sensibilizado, oferece o terreno para a construção da Rede Sarah. Mas, sobretudo, parabéns a dona Alice, por estar trabalhando para melhorar a saúde de centenas e centenas de catarinenses.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Trata-se, pois, da situação agonizante por que passa o Hospital São Francisco de Assis, da nossa querida e bela Santo Amaro da Imperatriz, uma cidade conhecida internacionalmente pela qualidade das águas termais que possui; pelo turismo que contribui para o desenvolvimento de Santa Catarina; pelo que é produzido naquela cidade e que faz com que Santo Amaro da Imperatriz apareça cada vez mais no mapa de Santa Catarina e faça o estado aparecer, cada vez mais, no mapa do Brasil.
Mas a situação do Hospital São Francisco de Assis é realmente difícil! No mês de março, recebi uma correspondência assinada pela direção do hospital, mais precisamente pela presidente da instituição, sra. Maria Helena Muller, e pelo diretor-geral, sr. Lauri Thiesen, narrando-me a situação difícil por que passa o Hospital São Francisco de Assis.
Ao tomar conhecimento, e conversando com funcionários, lideranças políticas e empresariais da cidade, fiz um apelo ao sr. governador do estado, ao secretário de estado da Saúde e ao secretário de Desenvolvimento Regional, no sentido de socorrer essa instituição hospitalar que presta, vem prestando, como também já prestou ao longo de décadas, relevantes serviços médico-hospitalares a uma série de habitantes da nossa Grande Florianópolis.
O que mais me chamou a atenção foi tomar conhecimento, na manhã de hoje, de que a emergência desse importante hospital da nossa Grande Florianópolis está fechada, a partir de hoje. Um hospital que tem cerca de 90 leitos, que atende a milhares de pessoas todos os meses, vai deixar, a partir de hoje, de dar atendimento a centenas e centenas de pessoas.
O Sr. Deputado José Natal - V.Exa. nos concede um aparte?
O SR. DEPUTADO MARCOS VIEIRA - Pois não!
O Sr. Deputado José Natal - Quero me solidarizar com v.exa. pela questão do hospital de Santo Amaro da Imperatriz, ao qual, quando fui vereador por São José, muito recorri para sanar alguns problemas de saúde da comunidade, porque não conseguia, na região da Grande Florianópolis, atendimento no Hospital Celso Ramos nem no Hospital Regional de São José.
Fiquei sabendo há poucos dias dessa situação e coloco-me à disposição de v.exa., e tenho certeza de que também os demais deputados desta Casa também o farão, porque o hospital de Santo Amaro da Imperatriz atende à população de toda aquela região.
Por isso eu me solidarizo com v.exa. e coloco-me à disposição para tentarmos uma solução para não deixarmos aquele hospital, que já fez tantos tipos de procedimentos, fechar as portas, como v.exa. está comunicando que aconteceu na manhã de hoje, o que é lamentável para a saúde.
O SR. DEPUTADO MARCOS VIEIRA - Na verdade, a instituição teve o seu início nos idos de 1910, quando chegaram, em Santo Amaro da Imperatriz, as irmãs da Divina Providência.
Começou com uma pequena farmácia, que também prestava serviços de enfermagem à comunidade local, mas ao longo do tempo as necessidades de atendimento foram de tal ordem que se fez necessário ampliar as atividades daquela entidade.
E lá pelos anos de 1951, sob o comando e a coordenação padre frei Fidêncio Feldmann, foi fundada a Sociedade Hospitalar São Francisco de Assis, com a finalidade de construir e ajudar a manter um hospital.
Nasceu pequeno e em 1959 o pequeno hospital possuía somente três leitos e registrou mais de 125 internações na época. Duas vezes por semana, um médico saía de Florianópolis para prestar atendimento em Santo Amaro da Imperatriz, formando, em razão da estada do médico naquela cidade, grandes filas para a consulta.
Já na década de 1960, depois de uma grande enchente, mais de 700 vacinas contra o tifo foram aplicadas. Enfim, em 1962, foi concluída a primeira ala e o hospital começou a funcionar normalmente.
Mas ocupo esta tribuna para, ao tratar desse primeiro assunto, fazer um apelo ao governo do estado, por intermédio do secretário da Saúde, Dado Cherem, que é nosso colega deputado, e também ao secretário de Desenvolvimento Regional, Valter Galina, para que dê uma atenção especial ao Hospital São Francisco de Assis, dessa nossa querida e bela Santo Amaro da Imperatriz. Precisamos reabrir a emergência e fazer com que o hospital volte a funcionar normalmente, dando o devido atendimento à população.
O segundo assunto que vamos abordar, que nos gratifica muito e deixa-nos muito felizes, é também na área da saúde. Trata-se de matérias publicadas nos jornais da semana passada sobre a Rede Sarah de Hospitais.
Diz o destaque do jornal ANotícia: "Reabilitação perto de Casa; Santa Catarina assina protocolo de intenções para construir um hospital da Rede Sarah". Não fugiu à regra o jornal Diário Catarinense, que também, numa reportagem de página inteira, diz: "Hospital de ponta em solo catarinense".
Mas quero, ao citar a Rede Sarah, fazer referência, em especial, a uma pessoa que há muito vem lutando para fazer com que tenhamos em solo catarinense um hospital que é referência mundial. Trata-se de uma guerreira, uma pessoa que tem na sua própria família pessoas que mereceram atendimento da Rede Sarah. Eu quero falar da dona Alice Kuerten, mãe do nosso grande tenista Guga Kuerten, que há muito, com muita dedicação, vem percorrendo os corredores dos Poderes para fazer com que essa instituição seja edificada em Santa Catarina.
E graças a Deus, eu tive o prazer de, enquanto secretário de estado da Administração, no primeiro mandato de Luiz Henrique da Silveira, e atendendo a um pedido de sua excelência, o sr. governador do estado, atender a dona Alice Kuerten e de mostrar-lhe alguns terrenos disponíveis para que aqui em Santa Catarina pudéssemos disponibilizar aquela instituição.
Trazer uma unidade descentralizada da Rede Sarah para Santa Catarina é fazer com que possamos ter um hospital de reabilitação, um hospital especializado em ortopedia, em neuropsicologia e uma das maiores referências do mundo. É uma instituição dedicada à reabilitação e ao tratamento de deformidades, traumas, doenças do aparelho locomotor e problemas de neurodesenvolvimento.
Parabéns a Santa Catarina e parabéns ao sul do Brasil que serão beneficiados com essa unidade. Parabéns ao governo do estado que, sensibilizado, oferece o terreno para a construção da Rede Sarah. Mas, sobretudo, parabéns a dona Alice, por estar trabalhando para melhorar a saúde de centenas e centenas de catarinenses.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)