Pronunciamento

Marcos Vieira - 041ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 17/05/2011
O SR. DEPUTADO MARCOS VIEIRA - Sr. presidente, sra. deputada, srs. deputados, telespectadores da TVAL, ouvintes da Rádio Alesc Digital, teria um único assunto para tratar na tribuna, no dia de hoje. Mas sinto-me na obrigação de tratar especificamente de um assunto a respeito do qual o deputado Dirceu Dresch tem insistentemente me acusado.
Antes de falar, quero pedir que a assessoria coloque no ar a entrevista que o deputado Dirceu Dresch concedeu à Rede Record, na quinta-feira à noite.
(Procede-se à apresentação de vídeo.)
Sras. e srs. telespectadores, srs. deputados e sras. deputadas, vou repetir o que já disse na imprensa catarinense: o deputado Dirceu Dresch insiste em continuar mentindo para a sociedade catarinense! Ele está mentindo! Tenho aqui, deputado Altair Guidi, o substitutivo global assinado e rubricado em todas as suas folhas pelo eminente líder do governo nesta Casa, deputado Elizeu Mattos.
Gostaria que o deputado Dirceu Dresch estivesse no plenário para convidá-lo a trazer a público, de uma vez por todas, deputado Padre Pedro Baldissera, qualquer documento acostado àquele projeto de lei que tenha a minha assinatura, em que seja o autor da emenda.
Hoje, vou apresentar um requerimento à Mesa Diretora desta Casa para que me certifique de inteiro teor quem é o autor do substitutivo global e se naquele projeto de lei há qualquer emenda minha incluindo o art. 31 a que se refere o deputado Dirceu Dresch.
Faço questão, se ele vier ao plenário, de entregar ao eminente deputado Dirceu Dresch uma cópia integral numerada do substitutivo global, assinado pelo deputado Elizeu Mattos encaminhando o substitutivo para o relator, que fui eu, oriundo do Poder Executivo. E se s.exa. continuar insistindo na mentira, vou ser obrigado a me dirigir ao Judiciário para que o erro seja reparado.
Então, deputado Dirceu Dresch, por favor, se houve alguém que fez o substitutivo global, foi o governo, encaminhado pelo líder do governo. Não fiz emenda, deputado Dirceu Dresch! Acho que fica bem claro!
Então, em vez de v.exa. ficar propalando mentira em Santa Catarina, em detrimento da imagem de um deputado, acho que tem que se preocupar com outra situação: o investimento que o governo federal faz na saúde no Brasil. Isso, sim, é vergonhoso!
Deputado Maurício Eskudlark, o governo federal gasta menos com saúde do que a África! Diz a matéria do O Estado de S.Paulo:
(Passa a ler.)
"Saúde
Levantamento anual da Organização Mundial da Saúde com dados de todos os países mostra que em 2008 o Brasil destinou apenas 6% do seu Orçamento para a área, índice inferior à média do continente africano; população arca com maior parte dos gastos." Isso é uma vergonha nacional!
"A parcela do Orçamento do governo brasileiro destinada à saúde, 6%, é inferior à média africana (de 9,6%) e o setor no país ainda é pago em maior parte pelo cidadão. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que divulgou ontem seu relatório anual. O documento inclui um raio X completo do financiamento da saúde e escancara uma realidade: o custo médio da saúde ao bolso de um brasileiro é superior ao da média mundial."[...][sic]
Não sou eu que estou dizendo, é a Organização Mundial da Saúde! O Brasil está atrás da Nigéria, Rússia, China, Argentina, México e Chile em investimentos na área da Saúde. Esse é o governo federal do Partido dos Trabalhadores.
Vemos reportagens nas televisões sobre filas enormes nos hospitais e nos postos de saúde. Por que isso está acontecendo com tanta freqüência? Porque os médicos não querem mais trabalhar recebendo aquela mixaria do SUS. E por que não investem no reajustamento da tabela do SUS para dar dignidade ao trabalhador da área da Saúde com um rendimento maior ao final do mês?
É essa mobilização que temos que fazer em Santa Catarina, no Congresso Nacional, frente ao governo federal, no sentido de fazer com que a tabela do SUS seja reajustada. Em vez do Partido dos Trabalhadores estar preocupado com a saúde no Brasil, está preocupado com a próxima eleição.
Vejam também matéria que veiculou em nível nacional no dia 13 de maio: "Prioridade da União é investir em cidade menor". Mas por que a prioridade da União é investir em cidade menor? E a matéria diz o seguinte:
(Passa a ler.)
"Estratégia está ligada à eleição de 2012. Governo reserva R$ 5 bilhões do PAC do Saneamento para ganhar a eleição nos pequenos e médios municípios." Está escrito aqui, deputado Ismael dos Santos!
Então, pergunto: em oito anos do Partido dos Trabalhadores até hoje não investiram em saneamento básico nos pequenos e médios municípios? Não investiram nada e vão investir agora porque teremos eleições em 2012? Eles não vão conseguir ganhar a eleição nos grandes centros e querem investir para ganhar a eleição nos pequenos municípios!
Vejam o que diz ainda a matéria:
(Continua lendo.)
"O governo federal já se articula para alavancar o desempenho nas urnas dos candidatos petistas e aliados nas eleições municipais. A estratégia é priorizar investimentos em cidades pequenas com obras de saneamento básico e construção de casas para a população de baixa renda."
Querem ganhar a eleição; então, vão descarregar dinheiro no saneamento básico. E por que não fizeram isso em oito anos?
Outra pergunta para a qual não estamos encontrando resposta é a seguinte: o que ficou mais caro no Brasil nos últimos doze meses? A população brasileira está pagando mais caro pelos seguintes itens: médico, mais de 10%; dentista, 7%; serviços de terceiros, 9%; educação, 9%; cabeleireiro, 9%; educação, 9%; empregado doméstico, 10%; custo geral da construção, 7%; planos de saúde, 7%; carne, 20%; cerveja 10%; combustível, 14%; aluguel residencial, 10%; preço no atacado de bens de capital para a indústria, 13%. As fontes são a Fundação Getúlio Vargas e o IBGE.
Então, pergunto: qual é a inflação divulgada pelo Banco Central nesse período? Parece que divulgarem que foi de 4%, mas pelo visto chega a 10%. Portanto, temos que tomar cuidado com a inflação. E vamos pedir ao PT que force o governo a propiciar mais saúde para o brasileiro.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)