Pronunciamento

Marcos Vieira - 070ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 11/09/2007
O SR. DEPUTADO MARCOS VIEIRA - Sr. presidente, sras. deputadas e srs. deputados, na manhã de hoje, quando li os jornais e constatei uma manifestação do deputado Onofre Santo Agostini, veio-me à mente uma série de fatos que ocorreram nos últimos anos.
Manifestou o deputado Onofre Santo Agostini a satisfação de ver o governador Luiz Henrique da Silveira cumprindo a palavra quando da inauguração da rodovia que liga dois importantes municípios do meio-oeste de Santa Catarina: Curitibanos e Frei Rogério.
É verdade que é uma rodovia extremamente importante para o desenvolvimento daquela região, mas acrescentava o deputado Onofre Santo Agostini a manifestação de que o governador Luiz Henrique da Silveira não discrimina ninguém, pois se Curitibanos é administrada por um militante do Democratas, Frei Rogério é administrado por um militante do Partido Progressista, o PP.
Lembro-me, deputado Genésio Goulart, que quando fui convidado para ser secretário de estado - e hoje digo aqui desta tribuna que a cada dia que passa eu me convenço de que o governador Luiz Henrique da Silveira é realmente um grande líder em Santa Catarina -, ao conversarmos sobre o início de uma nova função na minha vida, ele me disse: "Marcos, na minha vida pública eu só cresci porque não discriminei ninguém. Então, peço a você que, ao exercer esse cargo de secretário de estado da Administração, não discrimine ninguém. Esteja sempre numa posição em que olhe a floresta e não a árvore". E eu me pautei, nos quase três anos e meio, exatamente tendo à mente a não-discriminação.
Faço essa referência ao governador Luiz Henrique da Silveira, como também faço a qualquer outra pessoa que tem por hábito não discriminar. E aqui na nossa Casa nós temos o exemplo, que é o do nosso presidente Julio Garcia, que não é por nada que ele é presidente pela segunda vez e com os votos dos 40 srs. deputados. Por quê? Porque conduz esta Casa com muita transparência, mas, sobretudo, sem discriminação e com muita conversa.
Faço este preâmbulo porque na semana passada, ao passar pela cidade de Palhoça, li o Jornal Palavra Palhocense que, numa das colunas, diz o seguinte:
(Passa a ler.)
"Que o Secretário Valter Gallina prometeu à direção do Colégio João Silveira do Aririu 'cavar' recursos para a reforma do colégio. Mas disse que iria sozinho ao colégio, ou a direção iria até a Secretaria Regional 'desacompanhada', pois não admite que usem a reforma para que façam política, como já aconteceu com a pavimentação da Avenida Bom Jesus de Nazaré. Não sei não, mas me pareceu que o secretário estava se referindo ao vereador [...]" - vou me permitir não citar o nome! "Será?!"[sic]
Casualmente, descendo a serra mais uma vez, sr. presidente, e parando num posto de gasolina na sexta-feira da semana passada, adquiri um outro exemplar do mesmo jornal, que diz assim:
(Passa a ler.)
"Secretário Regional vistoria obras em Palhoça
O Secretário do Desenvolvimento Regional, Valter José Gallina, acompanhado do vereador" fulano de tal, "visitou nesta quarta-feira, 29, as obras de reforma da EEB Benonívio João Martins, no bairro Jardim Eldorado. O Secretário e o Vereador vistoriaram o andamento da reforma, que vai abranger todas as instalações da escola e a construção de banheiros e de duas novas salas de aulas. 'O pátio também está sendo lajotado e será feita a restauração das duas quadras polivalentes, além da troca de telhados', explica" o vereador. "De acordo com o Secretário Regional, o Governo do Estado vai investir aproximadamente R$ 1 milhão na reforma da escola.[...]"[sic]
Faço questão de ler as duas notas porque numa não permitiu que um vereador o acompanhasse - porque não é amigo dele naturalmente - e na outra fez questão de comparecer à escola acompanhado de outro vereador.
Quero aqui usar da tribuna para dizer a sua excelência, o governador Luiz Henrique da Silveira, e a sua excelência, o sr. vice-governador Leonel Pavan, que não custa dar uma palavrinha com o secretário Gallina para que não aconteçam fatos como esses.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)