Pronunciamento

Luciane Carminatti - 073ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 09/07/2014
A SRA. DEPUTADA LUCIANE CARMINATTI - Quero cumprimentar o presidente, os srs. deputados e as sras. deputadas.
Quero dizer, primeiro, que em relação ao jogo do Brasil de ontem a deputada Ana Paula Lima e o deputado Neodi Saretta já se manifestaram e que eu comungo das reflexões.
Nesse momento há muitos urubus que gostam de desgraça e desse resultado péssimo para comemorar e associar com as eleições presidenciais. Mas gostaríamos de dizer que o que construímos neste país foi feito com muita solidez e eu não vemos a hora que esse debate comece para compararmos todos os indicadores e o quanto o nosso time brasileiro que fez este governo é sólido e eficiente. E o resultado será positivo porque a nação brasileira assim merece em nome de todos os brasileiros.
E quero dizer aos que estão incomodados que se organizem e construam os seus argumentos, porque em todas as áreas que eu conheço não há como negar os avanços deste país nesses 12 anos de governo popular, um governo construído também com vários aliados.
Então, queremos destacar que estamos preparados e ansiosos que esse momento chegue, pois será feito um debate mostrando o Brasil que caminha para o futuro e o Brasil do passado. Mas quero me referir, neste momento, a uma entrevista coletiva que foi feita no município de Chapecó sobre um tema do qual diversas vezes tratamos nesta tribuna, que é a segurança pública, um problema extremamente grave no estado e que mostra a inoperância, a lentidão deste atual governo que acredito, muito deve ser substituído, porque não dá mais para vermos ônibus incendiados nem conviver com policiais se aposentando mais do que sendo concursados. Não dá mais para ver uma greve dos servidores atrás da outra.
Então, quero crer que, hoje, a situação da segurança pública em Santa Catarina está sendo resolvida, infelizmente, deputado Sargento Amauri Soares, pelos próprios servidores que estão tomando pé do estado, uma vez que o estado está omisso nas políticas públicas. Essa é a situação de Chapecó. Temos apontado aqui a falta de policiais num território de 41 municípios e o fato de termos um único batalhão. De tanto esperar que novos policiais se deslocassem para Chapecó, o comando atual da Polícia Militar resolveu, por si próprio, fazer uma reorganização estrutural para garantir uma melhor segurança, permitindo, então, que dentro do que já existe fosse criado cinco comandos: do centro, do norte, do oeste, do leste e do sul. E que nesses cinco comandos se possa contar com as estruturas atuais das bases operacionais e com o efetivo médio de 17 policiais.
Mas quero afirmar aqui que poderíamos ter mais segurança pública se o governador tivesse a caneta cheia de tinta e com coragem de decidir para onde vão esses policiais. Mas está faltando coragem! A caneta está na mão, mas está faltando coragem para dizer aos municípios com pouco efetivo que eles têm o direito de ter mais policiais para ter uma segurança pública eficiente.
Então, quero parabenizar a atitude de quem está lá na ponta tendo que resolver o problema da segurança pública, não podendo contar com o governo, que deveria ser aliado, porque segurança pública está na Constituição, é de responsabilidade do estado.
Então, quero parabenizar e dizer que vamos continuar cobrando a diminuição do território do oeste, ou seja, menos municípios. Há territórios pequenos com mais policiais civis, militares e bombeiros também!
Então, quero fazer esse pedido, esse desabafo, e também comemorar uma iniciativa, não do poder central estadual, mas de quem está lá na ponta tendo que responder pela segurança pública.
Também, quero, neste momento, cobrar algumas obras que já foram anunciadas, mas que, por enquanto, só chegam os anúncios e as placas, mas as obras, as máquinas não chegam, é o caso da BR-283, que há quatro anos temos discutido: é a rodovia que mais causa morte por saída de pista no estado de Santa Catarina. Com uma dimensão de 200km ligando Concórdia ao extremo oeste catarinense.
Pedimos agilidade no processo de licitação e das obras da SC-283. Da mesma forma, a pavimentação da estrada que liga o município de Caxambu do Sul a Guatambú.
No período de eleição é colocada uma plaquinha, deputada Ana Paula Lima, dizendo que a obra vai começar. Agora, tem uma eleição e provavelmente as plaquinhas voltarão, mas as máquinas, deputado Mauro de Nadal, não chegam nunca. Então, quero que cheguem, mas que cheguem antes das eleições.
Quero também cobrar aqui o contorno viário de Campo Erê e Xanxerê, uma obra prometida e esperada, também não executada.
Mas o mais cômico de tudo, pasmem srs. deputados, meus colegas, numa ponte que liga o município de Águas Frias a Nova Erechim, que o deputado Mauro conhece bem, uma ponte estreita, por onde passa apenas um carro, quando um vai, o outro tem que esperar. Lá naquela ponte já tem plaquinhas assim: Cuidado, Homens Trabalhando!
Eu recebi uma ligação hoje do vereador Giba, de Nova Erechim, dizendo que até agora ninguém viu nenhum homem trabalhando, e nenhuma mulher trabalhando, podemos brincar aqui.
E eu fui consultar a secretaria de Infraestrutura, deputado Sargento Amauri Soares, e fiquei sabendo que esta obra está em análise no Grupo Gestor. Mas a placa já chegou! E esta obra nem foi liberada ainda, deputada Ana Paula Lima. Que coisa engraçada, não é mesmo? Eu não sei se a gente ri ou se chora.
Mas eu gostaria de saber quem é o cérebro deste governo, porque está faltando cérebro. Como é que a gente permite tamanha enganação do nosso povo. Eu estou falando aqui de uma obra concreta. A ponte está lá, as placas estão lá, a ponte quase caindo, mas o Grupo Gestor está sentado em cima desses pedidos e vai deliberar amanhã, o de Xanxerê, de Campo Erê e o da ponte de Águas Frias.
Então, eu acho que está faltando um pouco de respeito pelos catarinenses, porque é um absurdo a gente ainda ter que vir nesta tribuna contar isso. Um estado tão promissor, tão rico, tão moderno, com um governo tão atrasado, tão lento e tão mentiroso. Não dá!
Então, eu quero fazer aqui o meu desabafo como deputada do oeste dizendo que nós não aguentamos mais. Chega de enrolação. Eu acho que quando foi criado este Grupo Gestor, foi uma forma mágica para ter um ente superior que decidisse, que analisasse, de acordo com certos critérios, não sabemos quais, as obras que ficam e as obras que saem. Mas o governador tem que saber que este Grupo Gestor foi criado por ele.
Então, este Grupo Gestor, que tem um coordenador, está mandando e desmandando, e decidindo sobre obras que a população já decidiu e precisa. Gostaria que houvesse maior respeito a nossa população catarinense.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)