Pronunciamento
Luciane Carminatti - 012ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 07/03/2023
DEPUTADA LUCIANE CARMINATTI (Oradora) - Passa a ler o seu discurso.
"Excelentíssimo presidente, colegas deputados e deputadas, servidores e servidoras desta Casa e em especial, povo catarinense que nos acompanha, seja presencialmente ou pelos canais da TV AL.
Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, que para nós é ressignificado como Dia Internacional de luta pelos direitos das mulheres, trago presente a este Parlamento uma mulher extraordinária de nossa história catarinense: Antonieta de Barros. (Solicita apresentação do quadro no painel.)
Antonieta de Barros foi uma política brasileira, educadora, jornalista e feminista, nascida aqui em Florianópolis, que lutou incansavelmente pela igualdade e pelos direitos das mulheres e das pessoas negras em nosso Estado e em todo o país. Como bem sabemos, ela foi a primeira mulher negra a ser eleita para um cargo público no Brasil, quando se tornou Deputada Estadual de Santa Catarina, neste Parlamento, em 1934.
Antonieta teve uma carreira notável lutando contra o racismo e a discriminação em todas as suas formas. Como jornalista, foi uma das fundadoras do jornal A Semana, em 1926, que se tornou uma voz importante para a comunidade negra de Florianópolis; como educadora, fundou a primeira escola para meninas negras em Santa Catarina; como deputada estadual, ou seja, minha ancestral, a quem tenho muita honra em suceder, Antonieta de Barros continuou a lutar pelos direitos das mulheres e dos negros, promovendo leis para combater o racismo e a discriminação de gênero, além de lutar por uma educação mais inclusiva e acessível para todos.
Às vésperas do 8 de março, reafirmo meu compromisso, enquanto mulher, educadora e deputada, de seguir esses passos da Antonieta e continuar a lutar por uma sociedade mais justa e igualitária para todas as mulheres de Santa Catarina e do mundo.
Mas, Presidente, além da homenagem, gostaria também de fazer um comentário sobre certas situações que considero extremamente incoerentes! Quando figuras, conhecidas por suas visões conservadoras e de ultradireita, aceitam participar de cerimônias, receber honrarias, que destacam Antonieta!
Antonieta de Barros lutou incansavelmente contra o racismo, a discriminação e a opressão de minorias. Querer receber qualquer referência à Antonieta é: ou reafirmar essas lutas; ou dar vexame, expondo a incoerência e a fragilidade das posturas e declarações adotadas, que vão contra essas lutas. Não nos parece óbvio?
Aceitar receber a Medalha Antonieta de Barros é reafirmar, nos dias atuais, declarações como essas, da Antonieta, publicadas em jornais e revistas da sua época: (Deputada lê frases que são produzidas no telão.)
As mulheres precisam ocupar seus lugares na vida pública. Não somos inferiores aos homens em nada, exceto em oportunidades.
Não há justiça sem igualdade, não há igualdade sem liberdade e não há liberdade sem respeito à individualidade.
As mulheres têm o direito de ocupar qualquer cargo público que escolherem. Precisamos lutar contra o preconceito e a discriminação que ainda existem em nossa sociedade.
A educação é a chave para a igualdade. Precisamos investir em uma educação de qualidade para todos, independentemente de sua cor, gênero ou origem social. Esses são os ideais que estarão presentes todas às vezes que se evocar o nome da Antonieta.
Por fim, destaco uma outra homenagem que vai marcar este 8 de março, o evento '8M Antonieta'. Aqui na Capital, o evento contará com uma série de atividades, incluindo palestras, debates, apresentações culturais e outras formas de expressão artística, tudo voltado para a emancipação das mulheres e a luta contra a discriminação e a violência de gênero. A programação completa nós estamos divulgando também nas nossas redes sociais. É preciso trazer presente que qualquer evento que se associe a 8 de março, deve ser para celebrar as conquistas das mulheres e refletir sobre os desafios ainda enfrentados pela sociedade para garantir a igualdade de gênero e o respeito aos direitos humanos. Diferente deste objetivo, não é 8 de março. E vocês já sabem em qual tipo de evento eu, Deputada Luciane Carminatti, me farei presente, certo? Estarei com todas e todos que se engajam na luta pela igualdade e pelos direitos das mulheres em Santa Catarina e no mundo. Muito obrigada!" [Taquígrafa: Sílvia]
"Excelentíssimo presidente, colegas deputados e deputadas, servidores e servidoras desta Casa e em especial, povo catarinense que nos acompanha, seja presencialmente ou pelos canais da TV AL.
Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, que para nós é ressignificado como Dia Internacional de luta pelos direitos das mulheres, trago presente a este Parlamento uma mulher extraordinária de nossa história catarinense: Antonieta de Barros. (Solicita apresentação do quadro no painel.)
Antonieta de Barros foi uma política brasileira, educadora, jornalista e feminista, nascida aqui em Florianópolis, que lutou incansavelmente pela igualdade e pelos direitos das mulheres e das pessoas negras em nosso Estado e em todo o país. Como bem sabemos, ela foi a primeira mulher negra a ser eleita para um cargo público no Brasil, quando se tornou Deputada Estadual de Santa Catarina, neste Parlamento, em 1934.
Antonieta teve uma carreira notável lutando contra o racismo e a discriminação em todas as suas formas. Como jornalista, foi uma das fundadoras do jornal A Semana, em 1926, que se tornou uma voz importante para a comunidade negra de Florianópolis; como educadora, fundou a primeira escola para meninas negras em Santa Catarina; como deputada estadual, ou seja, minha ancestral, a quem tenho muita honra em suceder, Antonieta de Barros continuou a lutar pelos direitos das mulheres e dos negros, promovendo leis para combater o racismo e a discriminação de gênero, além de lutar por uma educação mais inclusiva e acessível para todos.
Às vésperas do 8 de março, reafirmo meu compromisso, enquanto mulher, educadora e deputada, de seguir esses passos da Antonieta e continuar a lutar por uma sociedade mais justa e igualitária para todas as mulheres de Santa Catarina e do mundo.
Mas, Presidente, além da homenagem, gostaria também de fazer um comentário sobre certas situações que considero extremamente incoerentes! Quando figuras, conhecidas por suas visões conservadoras e de ultradireita, aceitam participar de cerimônias, receber honrarias, que destacam Antonieta!
Antonieta de Barros lutou incansavelmente contra o racismo, a discriminação e a opressão de minorias. Querer receber qualquer referência à Antonieta é: ou reafirmar essas lutas; ou dar vexame, expondo a incoerência e a fragilidade das posturas e declarações adotadas, que vão contra essas lutas. Não nos parece óbvio?
Aceitar receber a Medalha Antonieta de Barros é reafirmar, nos dias atuais, declarações como essas, da Antonieta, publicadas em jornais e revistas da sua época: (Deputada lê frases que são produzidas no telão.)
As mulheres precisam ocupar seus lugares na vida pública. Não somos inferiores aos homens em nada, exceto em oportunidades.
Não há justiça sem igualdade, não há igualdade sem liberdade e não há liberdade sem respeito à individualidade.
As mulheres têm o direito de ocupar qualquer cargo público que escolherem. Precisamos lutar contra o preconceito e a discriminação que ainda existem em nossa sociedade.
A educação é a chave para a igualdade. Precisamos investir em uma educação de qualidade para todos, independentemente de sua cor, gênero ou origem social. Esses são os ideais que estarão presentes todas às vezes que se evocar o nome da Antonieta.
Por fim, destaco uma outra homenagem que vai marcar este 8 de março, o evento '8M Antonieta'. Aqui na Capital, o evento contará com uma série de atividades, incluindo palestras, debates, apresentações culturais e outras formas de expressão artística, tudo voltado para a emancipação das mulheres e a luta contra a discriminação e a violência de gênero. A programação completa nós estamos divulgando também nas nossas redes sociais. É preciso trazer presente que qualquer evento que se associe a 8 de março, deve ser para celebrar as conquistas das mulheres e refletir sobre os desafios ainda enfrentados pela sociedade para garantir a igualdade de gênero e o respeito aos direitos humanos. Diferente deste objetivo, não é 8 de março. E vocês já sabem em qual tipo de evento eu, Deputada Luciane Carminatti, me farei presente, certo? Estarei com todas e todos que se engajam na luta pela igualdade e pelos direitos das mulheres em Santa Catarina e no mundo. Muito obrigada!" [Taquígrafa: Sílvia]