Pronunciamento
Luciane Carminatti - 069ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 01/07/2014
A SR. DEPUTADA LUCIANE CARMINATTI - Sr. presidente, quero agradecer cumprimentando todos.
Gostaria de me referir a uma audiência que aconteceu na última sexta-feira, no município de Campo Erê, que reuniu os municípios do velho Campo Erê: Saltinho, São Bernardino, Serra Alta, enfim, todos os município da redondeza. Foi uma audiência com mais de mil pessoas promovida pelo deputado federal e professor Pedro Uczai, que trouxe à tona todo um debate sobre a questão do ensino técnico.
A reivindicação daquela audiência foi aprovada no sentido de trazer um Instituto Federal Catarinense para Campo Erê. E foi extremamente positivo, e quero socializar essas informações, porque hoje no Brasil está cada vez mais se construindo a ideia de que o ensino técnico, o ensino público ofertado nos institutos federais, tem uma imensa qualidade. Inclusive, temos, hoje, indicadores mundiais que apontam o Brasil como um dos países, entre os seis países do mundo, com o melhor ensino técnico e ensino superior público.
Então, são sete países e o Brasil se encontra nesse rol de sete países com um elevado nível de qualidade.
Estamos levando mais um campus do Instituto Federal Catarinense para Campo Erê. E aquela região, inclusive, discute quais as áreas.
Então, foi deliberado que a partir dessa mobilização inicial se fará uma série de levantamentos e pesquisas com relação aos cursos que deverão ser ofertados e nós já temos a notícia inclusive da oferta de espaços. Como por exemplo, do Cedup, de Campo Êre, que está à disposição para sediar inicialmente o Instituto Federal Catarinense.
Então, além desse envolvimento, da mobilização coordenada pelo deputado Pedro Uczai, da comissão de Educação do Congresso Nacional, na figura do prefeito Rudimar Borcioni, quero fazer aqui os meus agradecimentos a toda população que lá se fez presente e dizer que nesta última semana a presidente Dilma sancionou o Plano Nacional de Educação cujas metas incluem o investimento de 10% do PIB em educação.
Portanto, os recursos necessários à ampliação do Instituto Federal Catarinense, do ensino superior e do ensino técnico, fazem parte desses novos investimentos que o Brasil deverá fazer chegando a um incremento de mais de R$ 630 bilhões em termos de recursos novos à educação brasileira na próxima década. Então, isso é extremamente positivo e há uma grande possibilidade do Instituto Federal Catarinense se instalar naquela região.
Além de tratar desse assunto, quero nesses seis minutos que me restam falar de um tema que já foi abordado na sessão de hoje, pela manhã, sobre as chuvas. Gostaria de mostrar algumas fotos que foram veiculadas pela internet.
(Procede-se à apresentação de slides.)
Também estive visitando o trecho conhecido como Goio-En, que liga Nonoai (RS) a Chapecó (SC).
Esta foto mostra todo o de Itapiranga comércio embaixo d'água. O nível do rio chegou a 15m acima do normal. Participei de uma reunião com o prefeito, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.
Esta foto mostra Arvoredo, onde conversamos muito sobre a preocupação da barragem de Ponte Serrada, que infelizmente não causou maiores transtornos.
Também estivemos em Águas de Chapecó. Esta é a via de acesso a São Carlos. Só se utilizou barcos. Não tinha outra forma. Eu, inclusive, não consegui chegar a São Carlos. No município de Águas de Chapecó mais de 40% da população da cidade ficou embaixo d'água.
Então, foram 46 cidades atingidas pelas chuvas, sendo 31 no oeste. Vinte e uma delas decretaram estado de emergência, com 40 mil desalojados. As situações mais críticas são em Itapiranga, São Carlos e Águas de Chapecó.
Esta foto mostra o momento em que a polícia estava sendo chamada, porque em Águas de Chapecó e São Carlos estavam acontecendo muitos saques nos mercados, já que muitas pontes, inúmeras pontes, estavam totalmente deterioradas e interditadas. Há municípios onde terão que ser reconstruídas cinco a dez pontes. Aqui nesta foto é uma campanha educativa que foi feita por uma das rádios de Chapecó.
Então, quero destacar esse cenário bastante triste e dizer que fiz questão, como deputada, de acompanhar. É muito diferente ficar dentro de um gabinete olhando a enchente e lamentando nas nossas casas. É muito diferente enxergar de perto e sentir o drama das famílias.
Quero dizer também que me chamou muito a atenção, em primeiro lugar, tamanha eficiência e capacidade dos profissionais do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, da Polícia Militar e Polícia Civil, enfim, os gestores locais através dos prefeitos.
Além dessa eficiência, quero destacar a solidariedade, que foi muito grande. Em Águas de Chapecó encontrei um empresário do ramo moveleiro que mandou todos os seus funcionários parar de trabalhar e voltar para Águas de Chapecó. Toda a sua família, com os seus funcionários, ficaram dois dias trabalhando com barcos, ajudando a tirar os móveis e os utensílios das casas das famílias atingidas.
Então, é importante destacar esta solidariedade humana que faz um grande diferencial neste momento de dor e de desespero. E também quero dizer que, como deputada, imediatamente fizemos contato com o secretário estadual da Defesa Civil que, na quinta-feira à noite, ainda, deslocou-se para a região oeste para acompanhar os municípios. Também na sexta-feira fiz contato com Brasília através do ministério do Planejamento, que está agendando para esta semana uma audiência, a nosso pedido, com o ministério da Integração e com a secretaria nacional da Defesa Civil.
E o que teremos que tratar agora é da reconstrução, da limpeza das cidades, da agricultura, porque a produção de alimentos, as hortaliças e produção do leite, principalmente, foram atingidas, assim como o reabastecimento do comércio. Os postos de saúde foram atingidos com a perda de medicamentos e equipamentos; o reabastecimento de água e energia também, porque alguns reservatórios foram atingidos e, é claro, com a destruição de pontes, estradas e rodovias.
Eu, inclusive, no dia de ontem, me desloquei de Chapecó até Florianópolis, via terrestre, e pudemos identificar a quantidade de quilômetros que terão que ser reconstruídos. Aquela via cuja foto foi mostrada anteriormente é a Rodovia 283, que liga Seara a Arvoredo, onde nem um carro mais passava.
O mesmo aconteceu na chegada a Florianópolis, na BR-282, onde o asfalto cedeu, e também na BR- 155, entre Xanxerê e Xavantina. Então, são muitas ações que precisaremos fazer agora para ajudar a nossa população catarinense, neste caso, especialmente, a população do oeste.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DA ORADORA)
Gostaria de me referir a uma audiência que aconteceu na última sexta-feira, no município de Campo Erê, que reuniu os municípios do velho Campo Erê: Saltinho, São Bernardino, Serra Alta, enfim, todos os município da redondeza. Foi uma audiência com mais de mil pessoas promovida pelo deputado federal e professor Pedro Uczai, que trouxe à tona todo um debate sobre a questão do ensino técnico.
A reivindicação daquela audiência foi aprovada no sentido de trazer um Instituto Federal Catarinense para Campo Erê. E foi extremamente positivo, e quero socializar essas informações, porque hoje no Brasil está cada vez mais se construindo a ideia de que o ensino técnico, o ensino público ofertado nos institutos federais, tem uma imensa qualidade. Inclusive, temos, hoje, indicadores mundiais que apontam o Brasil como um dos países, entre os seis países do mundo, com o melhor ensino técnico e ensino superior público.
Então, são sete países e o Brasil se encontra nesse rol de sete países com um elevado nível de qualidade.
Estamos levando mais um campus do Instituto Federal Catarinense para Campo Erê. E aquela região, inclusive, discute quais as áreas.
Então, foi deliberado que a partir dessa mobilização inicial se fará uma série de levantamentos e pesquisas com relação aos cursos que deverão ser ofertados e nós já temos a notícia inclusive da oferta de espaços. Como por exemplo, do Cedup, de Campo Êre, que está à disposição para sediar inicialmente o Instituto Federal Catarinense.
Então, além desse envolvimento, da mobilização coordenada pelo deputado Pedro Uczai, da comissão de Educação do Congresso Nacional, na figura do prefeito Rudimar Borcioni, quero fazer aqui os meus agradecimentos a toda população que lá se fez presente e dizer que nesta última semana a presidente Dilma sancionou o Plano Nacional de Educação cujas metas incluem o investimento de 10% do PIB em educação.
Portanto, os recursos necessários à ampliação do Instituto Federal Catarinense, do ensino superior e do ensino técnico, fazem parte desses novos investimentos que o Brasil deverá fazer chegando a um incremento de mais de R$ 630 bilhões em termos de recursos novos à educação brasileira na próxima década. Então, isso é extremamente positivo e há uma grande possibilidade do Instituto Federal Catarinense se instalar naquela região.
Além de tratar desse assunto, quero nesses seis minutos que me restam falar de um tema que já foi abordado na sessão de hoje, pela manhã, sobre as chuvas. Gostaria de mostrar algumas fotos que foram veiculadas pela internet.
(Procede-se à apresentação de slides.)
Também estive visitando o trecho conhecido como Goio-En, que liga Nonoai (RS) a Chapecó (SC).
Esta foto mostra todo o de Itapiranga comércio embaixo d'água. O nível do rio chegou a 15m acima do normal. Participei de uma reunião com o prefeito, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.
Esta foto mostra Arvoredo, onde conversamos muito sobre a preocupação da barragem de Ponte Serrada, que infelizmente não causou maiores transtornos.
Também estivemos em Águas de Chapecó. Esta é a via de acesso a São Carlos. Só se utilizou barcos. Não tinha outra forma. Eu, inclusive, não consegui chegar a São Carlos. No município de Águas de Chapecó mais de 40% da população da cidade ficou embaixo d'água.
Então, foram 46 cidades atingidas pelas chuvas, sendo 31 no oeste. Vinte e uma delas decretaram estado de emergência, com 40 mil desalojados. As situações mais críticas são em Itapiranga, São Carlos e Águas de Chapecó.
Esta foto mostra o momento em que a polícia estava sendo chamada, porque em Águas de Chapecó e São Carlos estavam acontecendo muitos saques nos mercados, já que muitas pontes, inúmeras pontes, estavam totalmente deterioradas e interditadas. Há municípios onde terão que ser reconstruídas cinco a dez pontes. Aqui nesta foto é uma campanha educativa que foi feita por uma das rádios de Chapecó.
Então, quero destacar esse cenário bastante triste e dizer que fiz questão, como deputada, de acompanhar. É muito diferente ficar dentro de um gabinete olhando a enchente e lamentando nas nossas casas. É muito diferente enxergar de perto e sentir o drama das famílias.
Quero dizer também que me chamou muito a atenção, em primeiro lugar, tamanha eficiência e capacidade dos profissionais do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, da Polícia Militar e Polícia Civil, enfim, os gestores locais através dos prefeitos.
Além dessa eficiência, quero destacar a solidariedade, que foi muito grande. Em Águas de Chapecó encontrei um empresário do ramo moveleiro que mandou todos os seus funcionários parar de trabalhar e voltar para Águas de Chapecó. Toda a sua família, com os seus funcionários, ficaram dois dias trabalhando com barcos, ajudando a tirar os móveis e os utensílios das casas das famílias atingidas.
Então, é importante destacar esta solidariedade humana que faz um grande diferencial neste momento de dor e de desespero. E também quero dizer que, como deputada, imediatamente fizemos contato com o secretário estadual da Defesa Civil que, na quinta-feira à noite, ainda, deslocou-se para a região oeste para acompanhar os municípios. Também na sexta-feira fiz contato com Brasília através do ministério do Planejamento, que está agendando para esta semana uma audiência, a nosso pedido, com o ministério da Integração e com a secretaria nacional da Defesa Civil.
E o que teremos que tratar agora é da reconstrução, da limpeza das cidades, da agricultura, porque a produção de alimentos, as hortaliças e produção do leite, principalmente, foram atingidas, assim como o reabastecimento do comércio. Os postos de saúde foram atingidos com a perda de medicamentos e equipamentos; o reabastecimento de água e energia também, porque alguns reservatórios foram atingidos e, é claro, com a destruição de pontes, estradas e rodovias.
Eu, inclusive, no dia de ontem, me desloquei de Chapecó até Florianópolis, via terrestre, e pudemos identificar a quantidade de quilômetros que terão que ser reconstruídos. Aquela via cuja foto foi mostrada anteriormente é a Rodovia 283, que liga Seara a Arvoredo, onde nem um carro mais passava.
O mesmo aconteceu na chegada a Florianópolis, na BR-282, onde o asfalto cedeu, e também na BR- 155, entre Xanxerê e Xavantina. Então, são muitas ações que precisaremos fazer agora para ajudar a nossa população catarinense, neste caso, especialmente, a população do oeste.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DA ORADORA)