Pronunciamento
Luciane Carminatti - 031ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 22/04/2015
A SRA. DEPUTADA LUCIANE CARMINATTI - Sr. presidente, srs. deputados, todos que se fazem presentes, pessoas que nos acompanham pelos nossos meios de comunicação.
Quero falar algo bastante dolorido para todos nós do oeste de Santa Catarina e que tem sido objeto de divulgação desde a última segunda-feira, quando tivemos dois tornados na região oeste que atingiram as cidades de Xanxerê e Ponte Serrada.
Eu presenciei essa tragédia ontem, pela manhã, quando estive no município de Xanxerê visitando, conversando com os moradores. Fiquei a manhã toda por lá, conversei com as autoridades, com representantes da Defesa Civil e com o prefeito municipal. Também conversamos com o deputado e presidente desta Casa, Gelson Merisio, no sentido de primeiro estabelecer a nossa solidariedade humana que é fundamental nessas horas, precisamos estar perto da dor e do sofrimento para entender como contribuir para melhorar a situação dessas famílias.
Também gostaria de mostrar as fotos, algumas feitas por nós, pela nossa assessoria do mandato; outras, pela imprensa da região de Xanxerê.
(Procede-se à exibição das fotos.)
Pela foto vemos que o tornado pegou uma faixa de seis bairros. Foram três mil casas atingidas. O ginásio totalmente destruído, duas mortes, três amputações, mais de 120 feridos, sendo que 21 permanecem internados em estado grave.
Podemos verificar a situação das casas daqueles que não perderam totalmente a sua residência, mas por onde o tornado passou as pessoas tiveram suas casas parcialmente destruídas.
Também nas fotos vemos veículos, caminhões e camionetes totalmente levantados pelo tornado, jogados no meio de rua, casas inteiras retiradas do lugar.
Temos uma foto de loja de material de construção totalmente destruída, mas não parece uma loja de construção, mas um ginásio.
Também, como mostra a foto, estive na frente de uma casa que foi retirada do lugar.
Algumas empresas e pavilhões foram destruídos totalmente e há também o problema da falta de luz ocasionado pela grande quantidade de postes de energia elétrica arrancados pelo vento, sendo que não consegui contar todos os que estavam no chão, em cima das casas, sobre os carros. Não dá para imaginar a gravidade. E confesso que a tragédia poderia ser muito maior pela gravidade da situação que nós encontramos.
A Defesa Civil confirma prejuízos de mais de R$ 45 milhões em Xanxerê com o tornado, sendo que em Ponte Serrada foram 200 casas atingidas, como também em Passos Maia.
Nós temos tanto prejuízos econômicos públicos como também danos materiais. Somente em locais públicos o prejuízo passa de R$ 12,6 milhões, com habitação, geração de energia, água, limpeza urbana, segurança pública, comunicações, creches, escolas que foram ao chão, empresas, indústrias, prejuízos na agricultura, na pecuária etc. Quase 100% da rede de energia, neste momento, já está normalizada, mas falta ainda a água no município que precisa ser restabelecida.
Ao olharmos toda essa situação ficam várias questões no ar, que é a dificuldade que temos de saber como lidar com essa situação. E as autoridades, que estavam lá envolvidas, como a Defesa Civil, as polícias Militar e Rodoviária, a Polícia Civil, todos dizem que temos que fazer um trabalho com os municípios justamente para saber como agir neste momento. A população não está preparada para situações como esta. E para termos uma ideia as viaturas que prestavam socorro não tinham combustível para atuar emergencialmente.
O governo federal, através do ministério de Integração Nacional e do ministério de Trabalho e Emprego, mobilizou-se para apoiar as famílias. Ontem mesmo o ministro da Integração Nacional anunciou mobilizou uma tropa de 100 homens do Exército para ajudar na remoção dos escombros e na limpeza da cidade. O próprio ministro Gilberto Occhi esteve na região e acompanhou de perto a situação. Também o ministério do Trabalho e Emprego garantiu a liberação do fundo de garantia para que as famílias atingidas possam reconstruir o mais rápido possível o que foi destruído. E o Exército trabalha na distribuição de cestas básicas, kits de cobertores, água, material de limpeza, travesseiros e colchões para as famílias atingidas.
A expectativa, srs. deputados, é que se leve de seis meses a um ano para a reconstrução do município de Xanxerê.
O Sr. Deputado Neodi Saretta - V.Exa. me concede um aparte?
A SRA. DEPUTADA LUCIANE CARMINATTI - Pois não!
O Sr. Deputado Neodi Saretta - Eu não poderia deixar de fazer o aparte, pois o que vivenciamos na região que sofreu essa grande catástrofe nos leva a pedir a solidariedade, o empenho de todos os órgãos. Creio que a resposta emergencialmente aconteceu dos órgãos estaduais, federais e municipais no auxílio rápido, mas que ela permaneça, que essas ações prorroguem-se até o restabelecimento, pelo menos material. Quanto às vidas perdidas deixamos a nossa solidariedade e registramos esse momento de profunda tristeza que Xanxerê, Ponte Serrada e entorno, lá do oeste, viveu, infelizmente, nas vésperas do feriado de abril.
Muito obrigado!
O Sr. Deputado Maurício Eskudlark - V.Exa. me concede um aparte?
A SRA. DEPUTADA LUCIANE CARMINATTI - Muito obrigada, deputado Neodi Saretta.
Pois não, deputado Maurício Eskudlark.
O Sr. Deputado Maurício Eskudlark - Eu acredito que a abordagem da sessão, hoje, será esse assunto. Esse é um momento de solidariedade, foi bom ver a pronta ação do governo estadual, federal, dos municípios, dos prefeitos, dos vereadores, da Defesa Civil, dos bombeiros e outras entidades, mesmo sem saber o que era necessário procuraram providenciar água, colchões e o que é emergencial.
É um momento em que a solidariedade tem que ser mais forte do que qualquer questão partidária, de órgão, estado, município, União, é importante o trabalho conjunto. Mas acho que todos irão falar sobre esse assunto hoje e essa aí é a abordagem dada por v.exa.
A SRA. DEPUTADA LUCIANE CARMINATTI - Eu acho que as manifestações, tanto do deputado Maurício Eskudlark quanto do deputado Neodi Saretta, demonstram o nosso carinho, a nossa solidariedade e o nosso envolvimento no sentido de unir os entes federados, municípios, estado e União para que possamos conjuntamente nessas horas atuar em prol da população do oeste.
É por isso que eu, mesmo sendo uma parlamentar do PT, estive ontem numa administração do PSD, porque nessas horas não tem sigla, o que temos são seres humanos numa situação difícil precisamos nos solidarizar.
Quero fazer uma última consideração.
Além da solidariedade quero agradecer a imprensa que está fazendo esse papel bonito no estado inteiro, pedindo doações, divulgando, pedindo ajuda, tanto financeira como de materiais de construção, de colchões, de roupas. E também quero constar que com toda essa solidariedade humana podemos produzir resultados extremamente positivos neste momento. Precisamos aprender com esta situação. E como falava anteriormente, a Defesa Civil, em conjunto com os órgãos responsáveis precisam fazer um trabalho de formação e de preparo da nossa população, tendo em vista que na região oeste já é segunda vez que isso acontece. Tivemos a mesma situação no município de Guaraciaba. Segundo a própria Defesa Civil e os órgãos que trabalharam na meteorologia do estado, estamos numa faixa de risco.
Então, precisamos preparar a população.
Por último, quero reivindicar a instalação do radar meteorológico no oeste, uma vez que o único radar que se encontra, além de não estar em funcionamento, está num raio de 200km. Portanto, não chega no oeste, mas em apenas 77% dos municípios catarinenses.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Quero falar algo bastante dolorido para todos nós do oeste de Santa Catarina e que tem sido objeto de divulgação desde a última segunda-feira, quando tivemos dois tornados na região oeste que atingiram as cidades de Xanxerê e Ponte Serrada.
Eu presenciei essa tragédia ontem, pela manhã, quando estive no município de Xanxerê visitando, conversando com os moradores. Fiquei a manhã toda por lá, conversei com as autoridades, com representantes da Defesa Civil e com o prefeito municipal. Também conversamos com o deputado e presidente desta Casa, Gelson Merisio, no sentido de primeiro estabelecer a nossa solidariedade humana que é fundamental nessas horas, precisamos estar perto da dor e do sofrimento para entender como contribuir para melhorar a situação dessas famílias.
Também gostaria de mostrar as fotos, algumas feitas por nós, pela nossa assessoria do mandato; outras, pela imprensa da região de Xanxerê.
(Procede-se à exibição das fotos.)
Pela foto vemos que o tornado pegou uma faixa de seis bairros. Foram três mil casas atingidas. O ginásio totalmente destruído, duas mortes, três amputações, mais de 120 feridos, sendo que 21 permanecem internados em estado grave.
Podemos verificar a situação das casas daqueles que não perderam totalmente a sua residência, mas por onde o tornado passou as pessoas tiveram suas casas parcialmente destruídas.
Também nas fotos vemos veículos, caminhões e camionetes totalmente levantados pelo tornado, jogados no meio de rua, casas inteiras retiradas do lugar.
Temos uma foto de loja de material de construção totalmente destruída, mas não parece uma loja de construção, mas um ginásio.
Também, como mostra a foto, estive na frente de uma casa que foi retirada do lugar.
Algumas empresas e pavilhões foram destruídos totalmente e há também o problema da falta de luz ocasionado pela grande quantidade de postes de energia elétrica arrancados pelo vento, sendo que não consegui contar todos os que estavam no chão, em cima das casas, sobre os carros. Não dá para imaginar a gravidade. E confesso que a tragédia poderia ser muito maior pela gravidade da situação que nós encontramos.
A Defesa Civil confirma prejuízos de mais de R$ 45 milhões em Xanxerê com o tornado, sendo que em Ponte Serrada foram 200 casas atingidas, como também em Passos Maia.
Nós temos tanto prejuízos econômicos públicos como também danos materiais. Somente em locais públicos o prejuízo passa de R$ 12,6 milhões, com habitação, geração de energia, água, limpeza urbana, segurança pública, comunicações, creches, escolas que foram ao chão, empresas, indústrias, prejuízos na agricultura, na pecuária etc. Quase 100% da rede de energia, neste momento, já está normalizada, mas falta ainda a água no município que precisa ser restabelecida.
Ao olharmos toda essa situação ficam várias questões no ar, que é a dificuldade que temos de saber como lidar com essa situação. E as autoridades, que estavam lá envolvidas, como a Defesa Civil, as polícias Militar e Rodoviária, a Polícia Civil, todos dizem que temos que fazer um trabalho com os municípios justamente para saber como agir neste momento. A população não está preparada para situações como esta. E para termos uma ideia as viaturas que prestavam socorro não tinham combustível para atuar emergencialmente.
O governo federal, através do ministério de Integração Nacional e do ministério de Trabalho e Emprego, mobilizou-se para apoiar as famílias. Ontem mesmo o ministro da Integração Nacional anunciou mobilizou uma tropa de 100 homens do Exército para ajudar na remoção dos escombros e na limpeza da cidade. O próprio ministro Gilberto Occhi esteve na região e acompanhou de perto a situação. Também o ministério do Trabalho e Emprego garantiu a liberação do fundo de garantia para que as famílias atingidas possam reconstruir o mais rápido possível o que foi destruído. E o Exército trabalha na distribuição de cestas básicas, kits de cobertores, água, material de limpeza, travesseiros e colchões para as famílias atingidas.
A expectativa, srs. deputados, é que se leve de seis meses a um ano para a reconstrução do município de Xanxerê.
O Sr. Deputado Neodi Saretta - V.Exa. me concede um aparte?
A SRA. DEPUTADA LUCIANE CARMINATTI - Pois não!
O Sr. Deputado Neodi Saretta - Eu não poderia deixar de fazer o aparte, pois o que vivenciamos na região que sofreu essa grande catástrofe nos leva a pedir a solidariedade, o empenho de todos os órgãos. Creio que a resposta emergencialmente aconteceu dos órgãos estaduais, federais e municipais no auxílio rápido, mas que ela permaneça, que essas ações prorroguem-se até o restabelecimento, pelo menos material. Quanto às vidas perdidas deixamos a nossa solidariedade e registramos esse momento de profunda tristeza que Xanxerê, Ponte Serrada e entorno, lá do oeste, viveu, infelizmente, nas vésperas do feriado de abril.
Muito obrigado!
O Sr. Deputado Maurício Eskudlark - V.Exa. me concede um aparte?
A SRA. DEPUTADA LUCIANE CARMINATTI - Muito obrigada, deputado Neodi Saretta.
Pois não, deputado Maurício Eskudlark.
O Sr. Deputado Maurício Eskudlark - Eu acredito que a abordagem da sessão, hoje, será esse assunto. Esse é um momento de solidariedade, foi bom ver a pronta ação do governo estadual, federal, dos municípios, dos prefeitos, dos vereadores, da Defesa Civil, dos bombeiros e outras entidades, mesmo sem saber o que era necessário procuraram providenciar água, colchões e o que é emergencial.
É um momento em que a solidariedade tem que ser mais forte do que qualquer questão partidária, de órgão, estado, município, União, é importante o trabalho conjunto. Mas acho que todos irão falar sobre esse assunto hoje e essa aí é a abordagem dada por v.exa.
A SRA. DEPUTADA LUCIANE CARMINATTI - Eu acho que as manifestações, tanto do deputado Maurício Eskudlark quanto do deputado Neodi Saretta, demonstram o nosso carinho, a nossa solidariedade e o nosso envolvimento no sentido de unir os entes federados, municípios, estado e União para que possamos conjuntamente nessas horas atuar em prol da população do oeste.
É por isso que eu, mesmo sendo uma parlamentar do PT, estive ontem numa administração do PSD, porque nessas horas não tem sigla, o que temos são seres humanos numa situação difícil precisamos nos solidarizar.
Quero fazer uma última consideração.
Além da solidariedade quero agradecer a imprensa que está fazendo esse papel bonito no estado inteiro, pedindo doações, divulgando, pedindo ajuda, tanto financeira como de materiais de construção, de colchões, de roupas. E também quero constar que com toda essa solidariedade humana podemos produzir resultados extremamente positivos neste momento. Precisamos aprender com esta situação. E como falava anteriormente, a Defesa Civil, em conjunto com os órgãos responsáveis precisam fazer um trabalho de formação e de preparo da nossa população, tendo em vista que na região oeste já é segunda vez que isso acontece. Tivemos a mesma situação no município de Guaraciaba. Segundo a própria Defesa Civil e os órgãos que trabalharam na meteorologia do estado, estamos numa faixa de risco.
Então, precisamos preparar a população.
Por último, quero reivindicar a instalação do radar meteorológico no oeste, uma vez que o único radar que se encontra, além de não estar em funcionamento, está num raio de 200km. Portanto, não chega no oeste, mas em apenas 77% dos municípios catarinenses.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)