Pronunciamento
Luciane Carminatti - 064ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 12/08/2015
A SRA. DEPUTADA LUCIANE CARMINATTI - Cumprimento o sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas e todos que acompanham esta sessão.
(Passa a ler.)
"A História não se repetirá.
A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras e mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobras foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre."
24 de Agosto de 1954 - Documento endereçado ao povo brasileiro escrito por Getúlio Vargas horas antes de seu suicídio.
(Continua lendo.)
"A democracia que eles desejam impingir-nos é a democracia antipovo, do anti-sindicato, da anti-reforma, ou seja, aquela que melhor atende aos interesses dos grupos a que eles servem ou representam.
A democracia que eles querem é a democracia para liquidar com a Petrobras; é a democracia dos monopólios privados, nacionais e internacionais, é a democracia que luta contra os governos populares e que levou Getúlio Vargas ao supremo sacrifício."
13 de março de 1964, discurso do presidente João Goulart antes do golpe militar.
(Continua lendo.)
"Ambos registros históricos pinçados do testamento e discurso dos ex-presidentes do Brasil relatam semelhanças com o atual momento da conjuntura do país.
As bases que aterrorizaram tais governos e presidentes citados permanecem na atualidade. O preconceito de classe de uma parcela da nossa elite, que considera um abuso os avanços progressistas que governos populares pleiteiam ou solidificam nos espaços da nossa República, seja no universo do trabalho ou nos direitos sociais, teimosamente permanecem.
Os grupos que agem em campanhas subterrâneas contra governos que prezam minimamente pela soberania e cidadania, que são democraticamente eleitos, têm como característica a desestabilização política e econômica de um país, tendo sempre em vista seus interesses particulares."
Vamos lembrar também da crise de 99, quando o presidente Lula defendeu a permanência de Fernando Henrique Cardoso no governo, mesmo com a grande recessão econômica. Lula pregou respeito ao resultado das urnas, pois foi uma decisão soberana do povo e pediu que a sociedade se mobilizasse para tentar mudar a política econômica.
Na época, Lula respondeu que era contrário à medida, pois Fernando Henrique Cardoso tinha vinte e poucos dias de mandato e não era correto achar que toda vez que um governante começa com o pé esquerdo ou tem graves dificuldades de gestão a solução é a troca imediata.
(Continua lendo.)
A crise atual que foi construída cotidianamente pelos opositores não esconde o objetivo golpista e a total falta de responsabilidade com o povo brasileiro.
É curioso que ambos os registros históricos, de Vargas e Goulart, trazem semelhanças no foco dos ataques dessa inescrupulosa elite golpista, o ataque à Petrobras, estatal do povo brasileiro que está para além de uma empresa, mas uma verdadeira nação amiga, que tem o obscurantismo entreguista como pano de fundo.
Graças à Petrobras o Brasil é um dos maiores produtores de petróleo do mundo. A estatal sozinha corresponde atualmente a 10% do nosso PIB. A legislação aprovada pelos governos populares de Lula e Dilma, que criou as regras soberanas para a exploração do pré-sal e o fundo que destina parte dos lucros para a Educação e Saúde, se transformou em ira dos nossos adversários.
Não à toa que temos senadores que desavergonhadamente estão correndo o país para legitimar projetos de lei com o objetivo de entregar o nosso maior patrimônio, aproveitando carona neste momento de crise política financiada e patrocinada por eles.
Mas quero lembrar a esses desavergonhados senadores que não temos memória curta, os números atuais da nossa Estatal, se comparados com outras épocas, são extraordinários:
Investimento em Exploração e Produção
2002 (Fernando Henrique Cardoso): U$$ 3,6 bilhões;
2013 (Lula e Dilma): U$$ 27,7 bilhões.
Reservas Provadas
2002 (Fernando Henrique Cardoso): 11 bilhões de barris;
2015 (Lula e Dilma): 16,6 bilhões de barris.
Produção Diária
2002: 1,5 milhão de barris;
2015: 3 milhões de barris.
Reservas do Pré-Sal
2002: Nada, zero, não havia pré-sal;
2015: 22 bilhões de barris.
Esses números desmascaram qualquer visita de políticos entreguistas em qualquer estado da nação brasileira. Não por acaso as vaias serão suas maiores recepções.
Outra semelhança é o seletivo ataque moral a partidos e a governos que definitivamente combatem a corrupção em sua raiz. Os corruptos e corruptores nunca foram alvo de tantas investigações, coisa que em governos anteriores os indícios e as suspeitas eram engavetados.
A diferença dos registros dos discursos e testamentos apresantados aqui podem estar em alguns elementos da história. Estamos em épocas diferentes, vivemos na era da comunicação instantânea e indiscutivelmente a mentira está cada vez de perna mais curta.
Outro elemento é a capilaridade social dos lutadores do povo, bem maior que em outras épocas, somos trabalhadores e trabalhadoras que criaram consciência nesse Brasil afora. Somos do movimento, da gestão, do parlamento, do executivo, da universidade e do chão de fábrica, estamos em todos os espaços e jamais deixaremos que qualquer sopro conservador e golpista alcance a nossa sólida democracia."
Por último, quero dizer que um bom exemplo da resistência e da consciência histórica é o que acontece no dia de hoje em Brasília, 70 mil mulheres, 70 mil margaridas, como assim se chamam na Marcha das Margaridas, em apoio à democracia.
Muito obrigada!
(SEM REVISÃO DA ORADORA)
(Passa a ler.)
"A História não se repetirá.
A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras e mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobras foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre."
24 de Agosto de 1954 - Documento endereçado ao povo brasileiro escrito por Getúlio Vargas horas antes de seu suicídio.
(Continua lendo.)
"A democracia que eles desejam impingir-nos é a democracia antipovo, do anti-sindicato, da anti-reforma, ou seja, aquela que melhor atende aos interesses dos grupos a que eles servem ou representam.
A democracia que eles querem é a democracia para liquidar com a Petrobras; é a democracia dos monopólios privados, nacionais e internacionais, é a democracia que luta contra os governos populares e que levou Getúlio Vargas ao supremo sacrifício."
13 de março de 1964, discurso do presidente João Goulart antes do golpe militar.
(Continua lendo.)
"Ambos registros históricos pinçados do testamento e discurso dos ex-presidentes do Brasil relatam semelhanças com o atual momento da conjuntura do país.
As bases que aterrorizaram tais governos e presidentes citados permanecem na atualidade. O preconceito de classe de uma parcela da nossa elite, que considera um abuso os avanços progressistas que governos populares pleiteiam ou solidificam nos espaços da nossa República, seja no universo do trabalho ou nos direitos sociais, teimosamente permanecem.
Os grupos que agem em campanhas subterrâneas contra governos que prezam minimamente pela soberania e cidadania, que são democraticamente eleitos, têm como característica a desestabilização política e econômica de um país, tendo sempre em vista seus interesses particulares."
Vamos lembrar também da crise de 99, quando o presidente Lula defendeu a permanência de Fernando Henrique Cardoso no governo, mesmo com a grande recessão econômica. Lula pregou respeito ao resultado das urnas, pois foi uma decisão soberana do povo e pediu que a sociedade se mobilizasse para tentar mudar a política econômica.
Na época, Lula respondeu que era contrário à medida, pois Fernando Henrique Cardoso tinha vinte e poucos dias de mandato e não era correto achar que toda vez que um governante começa com o pé esquerdo ou tem graves dificuldades de gestão a solução é a troca imediata.
(Continua lendo.)
A crise atual que foi construída cotidianamente pelos opositores não esconde o objetivo golpista e a total falta de responsabilidade com o povo brasileiro.
É curioso que ambos os registros históricos, de Vargas e Goulart, trazem semelhanças no foco dos ataques dessa inescrupulosa elite golpista, o ataque à Petrobras, estatal do povo brasileiro que está para além de uma empresa, mas uma verdadeira nação amiga, que tem o obscurantismo entreguista como pano de fundo.
Graças à Petrobras o Brasil é um dos maiores produtores de petróleo do mundo. A estatal sozinha corresponde atualmente a 10% do nosso PIB. A legislação aprovada pelos governos populares de Lula e Dilma, que criou as regras soberanas para a exploração do pré-sal e o fundo que destina parte dos lucros para a Educação e Saúde, se transformou em ira dos nossos adversários.
Não à toa que temos senadores que desavergonhadamente estão correndo o país para legitimar projetos de lei com o objetivo de entregar o nosso maior patrimônio, aproveitando carona neste momento de crise política financiada e patrocinada por eles.
Mas quero lembrar a esses desavergonhados senadores que não temos memória curta, os números atuais da nossa Estatal, se comparados com outras épocas, são extraordinários:
Investimento em Exploração e Produção
2002 (Fernando Henrique Cardoso): U$$ 3,6 bilhões;
2013 (Lula e Dilma): U$$ 27,7 bilhões.
Reservas Provadas
2002 (Fernando Henrique Cardoso): 11 bilhões de barris;
2015 (Lula e Dilma): 16,6 bilhões de barris.
Produção Diária
2002: 1,5 milhão de barris;
2015: 3 milhões de barris.
Reservas do Pré-Sal
2002: Nada, zero, não havia pré-sal;
2015: 22 bilhões de barris.
Esses números desmascaram qualquer visita de políticos entreguistas em qualquer estado da nação brasileira. Não por acaso as vaias serão suas maiores recepções.
Outra semelhança é o seletivo ataque moral a partidos e a governos que definitivamente combatem a corrupção em sua raiz. Os corruptos e corruptores nunca foram alvo de tantas investigações, coisa que em governos anteriores os indícios e as suspeitas eram engavetados.
A diferença dos registros dos discursos e testamentos apresantados aqui podem estar em alguns elementos da história. Estamos em épocas diferentes, vivemos na era da comunicação instantânea e indiscutivelmente a mentira está cada vez de perna mais curta.
Outro elemento é a capilaridade social dos lutadores do povo, bem maior que em outras épocas, somos trabalhadores e trabalhadoras que criaram consciência nesse Brasil afora. Somos do movimento, da gestão, do parlamento, do executivo, da universidade e do chão de fábrica, estamos em todos os espaços e jamais deixaremos que qualquer sopro conservador e golpista alcance a nossa sólida democracia."
Por último, quero dizer que um bom exemplo da resistência e da consciência histórica é o que acontece no dia de hoje em Brasília, 70 mil mulheres, 70 mil margaridas, como assim se chamam na Marcha das Margaridas, em apoio à democracia.
Muito obrigada!
(SEM REVISÃO DA ORADORA)