Pronunciamento
Luciane Carminatti - 066ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 18/08/2015
A SRA. DEPUTADA LUCIANE CARMINATTI - Quero cumprimentá-lo, presidente, os deputados e a todos que nos acompanham nesta sessão.
Minha manifestação no dia de hoje se refere ao cancelamento dos jogos da Olesc, Parajesc, conforme noticiado pelos jornais que foi amplamente discutido neste final de semana. E reiteradamente a imprensa divulgou a indignação com relação ao cancelamento desses jogos.
Bem, a cada dois anos a maior competição de educação profissional do mundo reúne os melhores estudantes, selecionados em olimpíadas de educação profissional.
Neste ano foi realizado em São Paulo, de 12 a 15 de agosto, a primeira na América Latina, e teve a participação de 60 países. Nas provas, os competidores executaram tarefas do dia a dia das profissões que escolheram. Foram vencedores aqueles que executaram o trabalho nos prazos e com os padrões internacionais de qualidade.
O Brasil alcançou o melhor resultado da história do país nesta competição.
Com 27 medalhas a equipe brasileira foi premiada com 11 medalhas de ouro, dez de prata seis de bronze, seis certificados de excelência.
O Brasil conquistou 99 pontos e ficou a frente da Coréia do Sul e Taiwan, que garantiram o segundo e terceiro lugar, respectivamente.
Ao todo, o Brasil teve 31 medalhistas entre os 56 jovens competidores de 17 a 22 anos.
Dos 31 medalhistas, 25 competidores têm formação pelo Pronatec, Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, incluído os 11 jovens que ganharam medalha de ouro.
Em 2011, na Olimpíada realizada em Londres, o Brasil conquistou o 8° lugar na classificação geral.
Em 2013, subiu para a 5° colocação, na Alemanha.
Neste ano foram duas conquistas: aumentou o número de participantes e o Brasil conquistou o primeiro lugar.
O número de competidores subiu de 28 em 2011 para 56 este ano. Para o ministro da Educação Renato Janine a vitória do Brasil nesta competição é uma vitória do Pronatec.
Outra conquista do Brasil foram os Jogos Parapan-Americanos de Toronto (Canadá), que terminaram no último sábado. Os números finais traduzirem a performance de uma potência esportiva, trata-se do melhor rendimento do País em toda a história do evento.
Das 257 medalhas do Brasil 109 ouros, 74 pratas e 74 bronzes.
Sendo que 96,8% dos atletas foram contemplados com programas do ministério do Esporte por meio da Bolsa Atleta ou da Bolsa Pódio.
O ministério do Esporte tem, ainda, dois convênios ativos com o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB).
Um deles, de R$ 38 milhões é destinado à preparação e treinamento de seleções permanentes em 16 modalidades paraolímpicas.
Além dos recursos federais voltados diretamente para atletas por meio das bolsas. É um grande avanço para o esporte, para a pessoa com deficiência e para o Brasil.
Enquanto isso, deputado Leonel Pavan, em Santa Catarina o governo do estado cancelou sem justificativa aceitável a 15ª edição da Olesc - Jogos da Juventude Catarinense, que já teve a realização de etapas Microrregionais em Xaxim, Braço do Trombudo e São Lourenço do Oeste.
Ainda no dia 30 de julho de 2015 a Fesporte confirmou a etapa da Olesc em Presidente Getúlio.
O governo apenas divulgou uma nota que os Jogos da Juventude Catarinense, Olesc, em todas as etapas, e Jogos Escolares Paradesportivos de Santa Catarina - Parajesc - na etapa estadual, foram canceladas em decorrência da falta de disponibilidade de alojamentos em algumas regiões.
Para os desportistas essa é uma atitude de desrespeito do governo do estado, pois já ocorreram etapas microrregionais. Há atletas treinando desde o início do ano, estudantes que recebem R$ 200, R$ 400 do bolsa-atleta que não vão conseguir prestar contas e vão deixar de receber o benefício ano que vem.
Esta decisão, portanto, de última hora vai causar prejuízo para os atletas, técnicos e professores. Uma competição não pode ser cancelada desta maneira. Quer dizer, são mais de 1.200 adolescentes, jovens e crianças afetadas pelo cancelamento do Parajesc e da Olesc.
O Parajesc em 2014 reuniu 340 paratletas de 39 municípios catarinenses nas modalidades de atletismo, natação, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, goalball, bocha paralímpica e judô.
Este ano a etapa nacional paraolimpíada escolar brasileiro vai ocorrer em Natal, de 23 a 28 novembro. Em um ano Santa Catarina é campeã nacional e no outro ano não participa, impossibilitando vários jovens e adolescentes de participar da competição. Essa decisão precisa ser revista.
Apresentamos nesta Casa, e será lido na Ordem do Dia, um ato de repúdio a esta decisão, fundamentando:
1 - pelo desrespeito aos atletas, professores e técnicos.
2 - pelo desrespeito ao Conselho de Desporto, que não foi ouvido, consultado.
3 - pelos argumentos nada convincentes, quais sejam: se é verdade que não há disponibilidade de alojamento em função da greve, pergunto: e as demais instituições esportivas ou salas de aula de escolas municipais e particulares, que não tiveram greve, não dão conta?
4 - Se o problema é financeiro que critérios foram utilizados para definir verbas a outros eventos, como nas competições já realizadas com verbas do estado? Está aqui, numa delas, R$ 1,5 milhão empenhados, assim como no Desafio de Tênis, Ironmam, Copa Davis ou Cart.
5 - Será mesmo falta de recursos, ou falta de planejamento, pois que até 30 de junho, tudo estava aprovado, inclusive, a data das competições confirmada pela Fesport.
Querermos com isso, sr. presidente, lamentar profundamente esta decisão arbitrária, desmedida, injusta para com os atletas, técnicos e servidores na área do esporte em Santa Catarina, que tem se empenhado, tem se esforçado, e como se tem anteriormente, tem colocado o nosso estado em patamares de um estado de excelência em indicadores de competições nacionais.
Muito obrigada!
(SEM REVISÃO DA ORADORA)
Minha manifestação no dia de hoje se refere ao cancelamento dos jogos da Olesc, Parajesc, conforme noticiado pelos jornais que foi amplamente discutido neste final de semana. E reiteradamente a imprensa divulgou a indignação com relação ao cancelamento desses jogos.
Bem, a cada dois anos a maior competição de educação profissional do mundo reúne os melhores estudantes, selecionados em olimpíadas de educação profissional.
Neste ano foi realizado em São Paulo, de 12 a 15 de agosto, a primeira na América Latina, e teve a participação de 60 países. Nas provas, os competidores executaram tarefas do dia a dia das profissões que escolheram. Foram vencedores aqueles que executaram o trabalho nos prazos e com os padrões internacionais de qualidade.
O Brasil alcançou o melhor resultado da história do país nesta competição.
Com 27 medalhas a equipe brasileira foi premiada com 11 medalhas de ouro, dez de prata seis de bronze, seis certificados de excelência.
O Brasil conquistou 99 pontos e ficou a frente da Coréia do Sul e Taiwan, que garantiram o segundo e terceiro lugar, respectivamente.
Ao todo, o Brasil teve 31 medalhistas entre os 56 jovens competidores de 17 a 22 anos.
Dos 31 medalhistas, 25 competidores têm formação pelo Pronatec, Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, incluído os 11 jovens que ganharam medalha de ouro.
Em 2011, na Olimpíada realizada em Londres, o Brasil conquistou o 8° lugar na classificação geral.
Em 2013, subiu para a 5° colocação, na Alemanha.
Neste ano foram duas conquistas: aumentou o número de participantes e o Brasil conquistou o primeiro lugar.
O número de competidores subiu de 28 em 2011 para 56 este ano. Para o ministro da Educação Renato Janine a vitória do Brasil nesta competição é uma vitória do Pronatec.
Outra conquista do Brasil foram os Jogos Parapan-Americanos de Toronto (Canadá), que terminaram no último sábado. Os números finais traduzirem a performance de uma potência esportiva, trata-se do melhor rendimento do País em toda a história do evento.
Das 257 medalhas do Brasil 109 ouros, 74 pratas e 74 bronzes.
Sendo que 96,8% dos atletas foram contemplados com programas do ministério do Esporte por meio da Bolsa Atleta ou da Bolsa Pódio.
O ministério do Esporte tem, ainda, dois convênios ativos com o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB).
Um deles, de R$ 38 milhões é destinado à preparação e treinamento de seleções permanentes em 16 modalidades paraolímpicas.
Além dos recursos federais voltados diretamente para atletas por meio das bolsas. É um grande avanço para o esporte, para a pessoa com deficiência e para o Brasil.
Enquanto isso, deputado Leonel Pavan, em Santa Catarina o governo do estado cancelou sem justificativa aceitável a 15ª edição da Olesc - Jogos da Juventude Catarinense, que já teve a realização de etapas Microrregionais em Xaxim, Braço do Trombudo e São Lourenço do Oeste.
Ainda no dia 30 de julho de 2015 a Fesporte confirmou a etapa da Olesc em Presidente Getúlio.
O governo apenas divulgou uma nota que os Jogos da Juventude Catarinense, Olesc, em todas as etapas, e Jogos Escolares Paradesportivos de Santa Catarina - Parajesc - na etapa estadual, foram canceladas em decorrência da falta de disponibilidade de alojamentos em algumas regiões.
Para os desportistas essa é uma atitude de desrespeito do governo do estado, pois já ocorreram etapas microrregionais. Há atletas treinando desde o início do ano, estudantes que recebem R$ 200, R$ 400 do bolsa-atleta que não vão conseguir prestar contas e vão deixar de receber o benefício ano que vem.
Esta decisão, portanto, de última hora vai causar prejuízo para os atletas, técnicos e professores. Uma competição não pode ser cancelada desta maneira. Quer dizer, são mais de 1.200 adolescentes, jovens e crianças afetadas pelo cancelamento do Parajesc e da Olesc.
O Parajesc em 2014 reuniu 340 paratletas de 39 municípios catarinenses nas modalidades de atletismo, natação, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, goalball, bocha paralímpica e judô.
Este ano a etapa nacional paraolimpíada escolar brasileiro vai ocorrer em Natal, de 23 a 28 novembro. Em um ano Santa Catarina é campeã nacional e no outro ano não participa, impossibilitando vários jovens e adolescentes de participar da competição. Essa decisão precisa ser revista.
Apresentamos nesta Casa, e será lido na Ordem do Dia, um ato de repúdio a esta decisão, fundamentando:
1 - pelo desrespeito aos atletas, professores e técnicos.
2 - pelo desrespeito ao Conselho de Desporto, que não foi ouvido, consultado.
3 - pelos argumentos nada convincentes, quais sejam: se é verdade que não há disponibilidade de alojamento em função da greve, pergunto: e as demais instituições esportivas ou salas de aula de escolas municipais e particulares, que não tiveram greve, não dão conta?
4 - Se o problema é financeiro que critérios foram utilizados para definir verbas a outros eventos, como nas competições já realizadas com verbas do estado? Está aqui, numa delas, R$ 1,5 milhão empenhados, assim como no Desafio de Tênis, Ironmam, Copa Davis ou Cart.
5 - Será mesmo falta de recursos, ou falta de planejamento, pois que até 30 de junho, tudo estava aprovado, inclusive, a data das competições confirmada pela Fesport.
Querermos com isso, sr. presidente, lamentar profundamente esta decisão arbitrária, desmedida, injusta para com os atletas, técnicos e servidores na área do esporte em Santa Catarina, que tem se empenhado, tem se esforçado, e como se tem anteriormente, tem colocado o nosso estado em patamares de um estado de excelência em indicadores de competições nacionais.
Muito obrigada!
(SEM REVISÃO DA ORADORA)