Pronunciamento
Joares Ponticelli - 029ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 02/05/2006
O SR. DEPUTADO JOARES PONTICELLI - Sr. presidente, sra. deputada, srs. deputados, catarinenses que nos acompanham através da TVAL, da Rádio Digital e Guardiões do Cepon e do Hemosc que aqui comparecem e permanecem em vigília. Estamos com vocês desde a primeira hora, vocês sabem disso. Continuem contando com o nosso apoio. Vamos impedir, parafraseando o deputado Afrânio Boppré, que os vampiros comecem a privatização exatamente pelo Hemosc e pelo Cepon.
A nossa bancada e os registros taquigráficos feitos aqui diariamente pelas nossas funcionárias taquígrafas comprovam que desde o primeiro momento, desde a primeira tentativa do governo de privatizar diversos setores do nosso estado, inclusive na área da saúde, a nossa bancada reagiu e votou contra a privatização.
Portanto, não mudamos o nosso posicionamento, não mudamos o nosso voto e vamos continuar na vigília, na luta. Podem continuar contando com o apoio do nosso partido e da nossa bancada.
(Manifestação das galerias)
Quero fazer o registro também, srs. deputados, da presença, nesta Casa, do vereador José Savio Mariotto, do município de Pouso Redondo.
Seja bem-vindo à nossa sessão na tarde de hoje.
Quero dizer que me alegro em ver tão combativos deputados do PMDB, do partido do governador, de volta. Deputado Gelson Sorgato, é bom tê-lo de volta. V.Exa. é um grande parlamentar e estávamos sentindo a sua falta neste Parlamento.
O deputado Ronaldo Benedet, que foi um dos homens, na legislatura passada, que mais demonstrou preocupação com o crescimento da violência em nosso estado, pois diariamente trazia esse assunto à discussão, certamente muito terá que falar nesta tribuna. Até porque o aumento da violência, em Santa Catarina, é um negócio assustador, astronômico, que está deixando histérica a família catarinense.
Espero que o deputado Ronaldo Benedet possa falar muito. Vamos voltar a discutir esse tema tão crucial, que é o crescimento da violência em nosso estado. Por isso é bom tê-lo conosco nesse período.
E eu, particularmente, senti falta do deputado Manoel Mota nesse período em que ele se ausentou desta Casa. A Assembléia Legislativa passou por um período de calmaria, deputado, sem a sua presença. V.Exa. volta depois de se recuperar de uma cirurgia. Talvez v.exa. possa passar essa receita ao Garotinho, já que ele entrou em greve de fome, esta semana. Quem sabe ele adote essa sua receita, para que possa melhorar um pouco. Brincadeiras à parte, mas eu me sinto à vontade para brincar com v.exa., pelo respeito que lhe tenho.
V.Exa. sempre foi um deputado combativo quando era da Oposição e agora na defesa do governo, de forma intransigente. Por isso tem o meu respeito e quero lhe desejar um bom retorno a este Parlamento.
Srs. deputados, solicito uma atenção especial de v.exas. para um documento que eu passarei a ler. E pediria que prestassem atenção, porque a assinatura desse documento é extremamente importante e merece uma reflexão.
Diz a carta:
(Passa a ler)
"Difícil entender LHS
Não consigo entender nosso governador licenciado Luiz Henrique da Silveira. Em 2002, no 1° turno, estava com José Serra (PSDB), no 2° turno virou a casaca e apoiou Lula(PT), somente para ganhar os votos do PT, que foi quem elegeu LHS.
Dias atrás LHS era favorável à candidatura própria a Presidente da República do PMDB. Como seu pré-candidato Germano Rigotto não venceu as prévias do partido, agora ele simplesmente quer voltar a apoiar o PSDB, e que o PMDB não tenha mais candidato próprio. Acho que está faltando coerência para LHS, pois uma hora ele é a favor, outra hora ele é contra, tudo para se manter no poder. Cadê a nossa verdadeira democracia? Que bandeira LHS está erguendo? O PMDB precisa de mais atitudes para realmente cumprir com seu programa de partido. Precisamos ter posições firmes e não trocá-las em cada eleição." [sic]
Deputados Paulo Eccel e Ana Paula Lima, isso aqui não teria chamado a atenção de ninguém se tivesse sido escrito pelo deputado Afrânio Boppré, pelo deputado Antônio Carlos Vieira ou por qualquer outro catarinense. Mas quem assina essa carta chama-se Marciano Coradi, que é presidente da Juventude do PMDB de Concórdia.
Essas palavras não são minhas. Isso foi publicado no jornal ANotícia, do dia 26 de abril, na coluna de Leando Ramires.
Aqui está a publicação e o endereço do jornal. Quem assina a carta chama-se Marciano Coradi, presidente da Juventude do PMDB de Concórdia.
Acho que não há mais nada a ser questionado depois disso. Quando os próprios correligionários questionam sua excelência, o governador licenciado e candidato, nós temos pouco a questionar daqui para frente.
E aí, deputado Paulo Eccel, eu ouvi aqui uma tentativa frustrada de defesa do governador licenciado e candidato, dizendo que saiu porque é ético, porque não quer usar a máquina pública, quando a secretaria de Desenvolvimento Regional de Blumenau expede convites para uma reunião comício do governador.
Que ética é essa? Eu nunca vi algo semelhante. E chega às raias da burrice o tal convite. Se o governador em exercício tivesse juízo, já teria demitido do secretário até o digitador. Porque mandar um convite oficial, formal para um candidato que disse que saiu porque não queria usar a máquina, é um absurdo! Saiu porque estourou as contas do estado. Saiu para fazer demagogia. Saiu para fugir das promessas. Saiu porque sabia que a greve do magistério era iminente. Saiu porque sabia que as contas estavam estouradas e não é mais a Oposição que diz, mas a imprensa catarinense, livre, que está dizendo! É a opinião do jornal ANotícia, de domingo.
Há cada dia temos mais notícias de cortes nos convênios, de redução do ritmo da máquina, de ameaças na folha de pagamento, e querem dizer que não há crise. É claro que há crise! Quebraram o estado novamente, essa é a especialidade do PMDB. Quem não lembra o caos que foi o final do governo Casildo Maldaner; quem não lembra o caos que foi o governo Paulo Afonso. É a mesma turma, é o mesmo desrespeito, é o mesmo desequilíbrio nas contas.
Quebraram o estado novamente, deputados Antônio Carlos Vieira e Celestino Secco, e agora querem vender qualquer coisa: as contas do Besc, os títulos da federalização do Ipesc, o Hemosc, o Cepon. Vão vender a ponte Hercílio Luz logo logo. Vamos encontrá-los com a ponte Hercílio Luz nas costas. Não vai levar tempo. Vão pedagiar a ponte Colombo Machado Salles, a ponte Pedro Ivo Campos. Aliás, a ponte Pedro Ivo Campos tem toda uma história com eles ainda presente em nossa memória. Essa mesma turma veio para bagunçar as finanças de Santa Catarina outra vez.
Enquanto isso, deputada Ana Paula Lima, temos os professores cobrando o Plano 15, aquele milagreiro que se mostrava e todo dia ele dizia: "Isso aqui é para ler, guardar e cobrar". Lembro que ele dizia isso todos os dias. Aquele livrinho tinha uma fórmula mágica para tudo, até unha encravada tinha solução naquele livrinho. O professor do estado ia ganhar como o professor de Joinville, e onde estão hoje? Estão em greve. Nem a incorporação do abono eles querem pagar. Um governo de mentira que diz que saiu por ética e manda depois o seu secretário regional fazer convite para fazer campanha. Saiu fugindo dos compromissos. Saiu porque pensou: "Vou deixar nas mãos do coitado do Eduardo Moreira. Vou fazer de conta que não é comigo o problema e vou sair batido, picar a mula".
Nós alertamos. Estamos há três anos e meio alertando e é muito triste esse momento. Quem pensa que a Oposição se diverte com isso, engana-se.
É muito triste isso porque também sou funcionário público. Estou vendo tantos colegas não dormindo mais direito, com medo, porque aquela velha mania do PMDB de atrasar salários está caminhando a passos largos. É lamentável, mas estamos aqui para continuar com o nosso combate na defesa de Santa Catarina.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
A nossa bancada e os registros taquigráficos feitos aqui diariamente pelas nossas funcionárias taquígrafas comprovam que desde o primeiro momento, desde a primeira tentativa do governo de privatizar diversos setores do nosso estado, inclusive na área da saúde, a nossa bancada reagiu e votou contra a privatização.
Portanto, não mudamos o nosso posicionamento, não mudamos o nosso voto e vamos continuar na vigília, na luta. Podem continuar contando com o apoio do nosso partido e da nossa bancada.
(Manifestação das galerias)
Quero fazer o registro também, srs. deputados, da presença, nesta Casa, do vereador José Savio Mariotto, do município de Pouso Redondo.
Seja bem-vindo à nossa sessão na tarde de hoje.
Quero dizer que me alegro em ver tão combativos deputados do PMDB, do partido do governador, de volta. Deputado Gelson Sorgato, é bom tê-lo de volta. V.Exa. é um grande parlamentar e estávamos sentindo a sua falta neste Parlamento.
O deputado Ronaldo Benedet, que foi um dos homens, na legislatura passada, que mais demonstrou preocupação com o crescimento da violência em nosso estado, pois diariamente trazia esse assunto à discussão, certamente muito terá que falar nesta tribuna. Até porque o aumento da violência, em Santa Catarina, é um negócio assustador, astronômico, que está deixando histérica a família catarinense.
Espero que o deputado Ronaldo Benedet possa falar muito. Vamos voltar a discutir esse tema tão crucial, que é o crescimento da violência em nosso estado. Por isso é bom tê-lo conosco nesse período.
E eu, particularmente, senti falta do deputado Manoel Mota nesse período em que ele se ausentou desta Casa. A Assembléia Legislativa passou por um período de calmaria, deputado, sem a sua presença. V.Exa. volta depois de se recuperar de uma cirurgia. Talvez v.exa. possa passar essa receita ao Garotinho, já que ele entrou em greve de fome, esta semana. Quem sabe ele adote essa sua receita, para que possa melhorar um pouco. Brincadeiras à parte, mas eu me sinto à vontade para brincar com v.exa., pelo respeito que lhe tenho.
V.Exa. sempre foi um deputado combativo quando era da Oposição e agora na defesa do governo, de forma intransigente. Por isso tem o meu respeito e quero lhe desejar um bom retorno a este Parlamento.
Srs. deputados, solicito uma atenção especial de v.exas. para um documento que eu passarei a ler. E pediria que prestassem atenção, porque a assinatura desse documento é extremamente importante e merece uma reflexão.
Diz a carta:
(Passa a ler)
"Difícil entender LHS
Não consigo entender nosso governador licenciado Luiz Henrique da Silveira. Em 2002, no 1° turno, estava com José Serra (PSDB), no 2° turno virou a casaca e apoiou Lula(PT), somente para ganhar os votos do PT, que foi quem elegeu LHS.
Dias atrás LHS era favorável à candidatura própria a Presidente da República do PMDB. Como seu pré-candidato Germano Rigotto não venceu as prévias do partido, agora ele simplesmente quer voltar a apoiar o PSDB, e que o PMDB não tenha mais candidato próprio. Acho que está faltando coerência para LHS, pois uma hora ele é a favor, outra hora ele é contra, tudo para se manter no poder. Cadê a nossa verdadeira democracia? Que bandeira LHS está erguendo? O PMDB precisa de mais atitudes para realmente cumprir com seu programa de partido. Precisamos ter posições firmes e não trocá-las em cada eleição." [sic]
Deputados Paulo Eccel e Ana Paula Lima, isso aqui não teria chamado a atenção de ninguém se tivesse sido escrito pelo deputado Afrânio Boppré, pelo deputado Antônio Carlos Vieira ou por qualquer outro catarinense. Mas quem assina essa carta chama-se Marciano Coradi, que é presidente da Juventude do PMDB de Concórdia.
Essas palavras não são minhas. Isso foi publicado no jornal ANotícia, do dia 26 de abril, na coluna de Leando Ramires.
Aqui está a publicação e o endereço do jornal. Quem assina a carta chama-se Marciano Coradi, presidente da Juventude do PMDB de Concórdia.
Acho que não há mais nada a ser questionado depois disso. Quando os próprios correligionários questionam sua excelência, o governador licenciado e candidato, nós temos pouco a questionar daqui para frente.
E aí, deputado Paulo Eccel, eu ouvi aqui uma tentativa frustrada de defesa do governador licenciado e candidato, dizendo que saiu porque é ético, porque não quer usar a máquina pública, quando a secretaria de Desenvolvimento Regional de Blumenau expede convites para uma reunião comício do governador.
Que ética é essa? Eu nunca vi algo semelhante. E chega às raias da burrice o tal convite. Se o governador em exercício tivesse juízo, já teria demitido do secretário até o digitador. Porque mandar um convite oficial, formal para um candidato que disse que saiu porque não queria usar a máquina, é um absurdo! Saiu porque estourou as contas do estado. Saiu para fazer demagogia. Saiu para fugir das promessas. Saiu porque sabia que a greve do magistério era iminente. Saiu porque sabia que as contas estavam estouradas e não é mais a Oposição que diz, mas a imprensa catarinense, livre, que está dizendo! É a opinião do jornal ANotícia, de domingo.
Há cada dia temos mais notícias de cortes nos convênios, de redução do ritmo da máquina, de ameaças na folha de pagamento, e querem dizer que não há crise. É claro que há crise! Quebraram o estado novamente, essa é a especialidade do PMDB. Quem não lembra o caos que foi o final do governo Casildo Maldaner; quem não lembra o caos que foi o governo Paulo Afonso. É a mesma turma, é o mesmo desrespeito, é o mesmo desequilíbrio nas contas.
Quebraram o estado novamente, deputados Antônio Carlos Vieira e Celestino Secco, e agora querem vender qualquer coisa: as contas do Besc, os títulos da federalização do Ipesc, o Hemosc, o Cepon. Vão vender a ponte Hercílio Luz logo logo. Vamos encontrá-los com a ponte Hercílio Luz nas costas. Não vai levar tempo. Vão pedagiar a ponte Colombo Machado Salles, a ponte Pedro Ivo Campos. Aliás, a ponte Pedro Ivo Campos tem toda uma história com eles ainda presente em nossa memória. Essa mesma turma veio para bagunçar as finanças de Santa Catarina outra vez.
Enquanto isso, deputada Ana Paula Lima, temos os professores cobrando o Plano 15, aquele milagreiro que se mostrava e todo dia ele dizia: "Isso aqui é para ler, guardar e cobrar". Lembro que ele dizia isso todos os dias. Aquele livrinho tinha uma fórmula mágica para tudo, até unha encravada tinha solução naquele livrinho. O professor do estado ia ganhar como o professor de Joinville, e onde estão hoje? Estão em greve. Nem a incorporação do abono eles querem pagar. Um governo de mentira que diz que saiu por ética e manda depois o seu secretário regional fazer convite para fazer campanha. Saiu fugindo dos compromissos. Saiu porque pensou: "Vou deixar nas mãos do coitado do Eduardo Moreira. Vou fazer de conta que não é comigo o problema e vou sair batido, picar a mula".
Nós alertamos. Estamos há três anos e meio alertando e é muito triste esse momento. Quem pensa que a Oposição se diverte com isso, engana-se.
É muito triste isso porque também sou funcionário público. Estou vendo tantos colegas não dormindo mais direito, com medo, porque aquela velha mania do PMDB de atrasar salários está caminhando a passos largos. É lamentável, mas estamos aqui para continuar com o nosso combate na defesa de Santa Catarina.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)