Pronunciamento

JESSÉ LOPES - 078ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 14/10/2020
DEPUTADO JESSÉ LOPES (Orador) - Afirma que está convencido que o Presidente Bolsonaro sempre teve razão no que diz respeito às questões de cuidados com a pandemia, com a doença. Ele falou, no início, sobre os cuidados necessários, fazendo um isolamento vertical, mas jamais deixar de trabalhar, e que isso tem se mostrado cada vez mais real de acordo com os números e os acontecimentos.
Reporta-se à OMS, que vem se contradizendo desde o início, em suas recomendações, como aconteceu, novamente, nesta semana. Apresenta imagem da reportagem de David Nabarro, emissor da OMS, declarando que nunca advogaram pelo lockdown, voltando atrás naquilo que falavam, pois eles o defendiam como uma das medidas Nesta entrevista ele também listou diversos problemas econômicos que o lockdown poderia estar causando, além de apelar a todos os líderes mundiais que parem de usá-lo como método de controle primário, ressaltando que o lockdown tem apenas uma consequência, a de tornar as pessoas pobres muito mais pobres. Reafirmando, cita a fala em questão:"Parem de usar o lockdown como método de controle primário e desenvolvam sistemas melhores para fazê-lo."
Relata que, em Santa Catarina, acontecem muitos reflexos de várias incoerências, sendo o mais evidente a questão dos eventos. Diz que o Governo está causando diversas contradições nessas liberações, e exibe imagens no telão do Plenário, citando que, no dia 18 de setembro, o Governador editou uma portaria dizendo que eventos sociais, em certas situações, como mostra o quadro de cores, no laranja e amarelo podem acontecer, mas os eventos pagos somente no azul. Indaga qual é a diferença na prática?
Mostra imagens de praias lotadas, ao mencionar a Praia do Rosa, que no mapa da pandemia aparece na cor laranja e, portanto, não estaria liberada. Sua análise é por que eventos pagos não podem acontecer, mas na praia, um ao lado do outro, conversando, sem máscara, pode. Também mostra imagens de festas nas ruas, de graça, com carros, questionando, pois se o evento fosse pago, não poderia não poderia acontecer. Cita uma balada que virou restaurante para poder abrir, e isso pode. Ressalta que, em todos os eventos mostrados, a tarja da região é laranja, e assim que não poderiam abrir. Entretanto, considera bom que estejam abrindo, alguns até tentando burlar os decretos, e enfatiza que eles precisam trabalhar.
Destaca, exibindo no telão, Portaria que foi feita no dia 18, e diz que 25 dias antes, do dia 24 de agosto ao dia 17 de setembro, havia 69 mil casos novos da Covid-19, e 543 novas mortes. A partir do dia 18, então, foram liberados alguns eventos não pagos, e nesse período de 25 dias, 23 mil novos casos e 291 mortes, menos que antes. Assim, entende que, quanto mais ocorre a flexibilização, há menos contaminação e mortes pela doença.
Mostra imagem da tabela de cores, que define os riscos nas regiões, exemplificando que se estiver amarelo as escolas e eventos não pagos podem voltar, mas os eventos pagos estão apontados na cor azul, e diz que não entende qual é a diferença entre as situações. Também, ao verificar a tabela, percebe que não é possível realizar eventos pagos e se pergunta até quando, pois considera injusto com as pessoas que trabalham no setor e estão passando por muitas dificuldades.
Registra que pediu uma audiência para tentar entender, considerando tais determinações incoerentes, pois os números mostram que está melhorando a situação, independente da flexibilização, e acrescenta que está insuportável o uso máscaras.
Finaliza, apresentando o vídeo sobre os testes realizados em moradores de rua, os quais não usam máscaras, não têm distanciamento, não têm higiene, e nenhum deles testou positivo. Questiona se a hashtag 'fique em casa' valeu a pena, e enfatiza que agora hashtag é 'vá para rua', bem como a hashtag 'impeachment já'. [Taquígrafa: Eliana]