Pronunciamento
Jailson Lima da Silva - 043ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 28/05/2008
O SR. DEPUTADO JAILSON LIMA - Deputado Clésio Salvaro e deputada Ana Paula Lima, 31 de maio agora é o Dia Mundial sem Cigarro, e o ministério da Saúde, através do ministro Temporão, tem sido extremamente enfático no que tange aos males do cigarro e as suas repercussões na saúde do povo brasileiro.
Depois de pesquisas feitas pelo Instituto Nacional de Câncer - Inca -, uma série de imagens passarão a ocupar as carteiras de cigarro com o intuito de alertar as populações catarinense e brasileira para os riscos e custos advindos do consumo do cigarro.
Eu gostaria que passassem as novas imagens referentes ao consumo de cigarro.
(Procede-se à exibição de imagens.)
V.Exas. vêem a imagem de um cidadão operado de cirurgia cardíaca.
Nessa outra imagem vêem uma família vendo um cidadão no hospital com câncer em fase terminal.
Essa outra se refere a quem amamenta uma criança de baixo peso, pois a criança consome passivamente o cigarro.
Ali é o tromboembolismo, com perda de extremidades.
Essa é de um câncer facial.
Ou seja, são imagens contundentes em decorrência do uso do cigarro.
E para se ter uma noção, vou ler alguns dados:
(Passa a ler.)
"O fumo é responsável por:
30% das mortes por câncer;
90% das mortes por câncer de pulmão;
97% do câncer de laringe;
25% das mortes por doença do coração;
85% das mortes por bronquite e enfisema;
25% das mortes por derrame;
50% dos casos de câncer de pele."
Ao fumar um cigarro, um fumante inala em torno de 4.720 substâncias tóxicas já registradas e pesquisadas em laboratórios, sendo que, dessas, 80 são cancerígenas. O fumo provoca 200 mil mortes no Brasil por ano. No mundo são 3,5 milhões de pessoas que morrem em decorrência disso. As principais substâncias que prejudicam e produzem a doença cancerígena de forma mais contundente são o alcatrão e a nicotina.
Há que se registrar que em muitas reuniões e palestras que se faz sobre saúde, muitas vezes o cidadão - e daí me refiro à região do Alto Vale, que é uma grande produtora de fumo - diz que fuma um palheirinho, que fuma pouco. E como médico muitas vezes eu pergunto ao cidadão se ele fuma e ele diz: "Doutor, eu fumo dois cigarrinhos, mas fumo o palheiro."
Há que se registrar, para quem fuma palheiro, que um único cigarro fumado representa o equivalente a dez cigarros de papel fumados numa única circunstância. Se ele fuma dois palheiros, fuma o equivalente a 20 cigarros de papel, porque o fumo in natura, como se diz, quando é só feito em corda e picotado, tem mais concentração de alcatrão e hulha, além da palha de cigarro ou o próprio papel, que tem uma concentração maior de monóxido de carbono.
Então, como médico, faço o registro do dia 31 de maio e do lançamento, ontem, pelo ministério da Saúde da campanha antifumo, porque há que ser mais contundente o ministério nas suas políticas públicas. E aí parabéns ao governo Lula e ao nosso ministro da Saúde. Isso vai representar uma economia enorme à medida em que se reduza o índice de fumantes no Brasil.
Ao mesmo tempo, temos que registrar que o número de jovens que fumam - e começam a fumar normalmente em torno dos 18 anos - é extremamente elevado. O Brasil é o nono país do mundo em fumantes e a China é o primeiro do mundo não pelo número de chineses, mas pela quantidade per capita de consumo de cigarros.
Como médico, cabe-nos fazer esse alerta. E parabenizamos o nosso ministro e o governo Lula por essa postura que estão tendo nesse momento.
Também na data de hoje está sendo julgada a questão da pesquisa de células-tronco embrionárias. Ainda não saiu o resultado - e essa foi uma pergunta do deputado Kennedy Nunes -, mas nós temos claro que o país não pode prescindir dos meios de avançar cientificamente para dar esperança principalmente aos pacientes de doenças degenerativas e àqueles pacientes paraplégicos, tetraplégicos.
Hoje o meu chefe-de-gabinete está em Brasília tentando conseguir vaga no Hospital Sara Kubitschek para um paciente do alto vale, de Presidente Getúlio, e para um paciente da cidade de Criciúma, um garoto de vinte e poucos anos que sofreu um acidente de trânsito e está paraplégico, numa perspectiva viva de melhorias, como já temos visto que pesquisas com células-tronco, em procedimentos de recuperação de infarto cardíaco, têm ajudado a recuperação. E o país não pode ficar atrás disso.
Como médico sei que alguns setores da igreja têm tomado posições de que a célula em si já representa o embrião. Nós entendemos que as pesquisas de células-troncos embrionárias vão permitir que milhares de brasileiros tenham uma nova perspectiva de vida, de recuperação e, principalmente, de doenças degenerativas.
Portanto, esperamos que hoje o Supremo tome uma posição aprovando definitivamente a possibilidade de os cientistas brasileiros e nossos laboratórios poderem fazer pesquisas com células-tronco embrionárias.
Também gostaria, neste momento, de dizer que hoje tivemos aqui um debate sobre o PLC n. 0049, que está indo à votação aqui na Assembléia, na tarde de hoje, e que nada mais é do que um novo trem da alegria. O deputado Pedro Uczai, quando fez as observações pela manhã, era um chamamento aos que são candidatos a prefeito. A matéria permite que, aleatoriamente, quadros dentro das instâncias públicas sejam mudados de função a bel-prazer do Executivo; permite que alguns tenham benefícios financeiros.
Quero lembrar ao atual governo que eles não são eternos, amanhã haverá mudanças! E isso, queiram ou não, é contra tudo o que nós defendemos do ponto de vista da ética do funcionalismo público. Nesta Casa há vários deputados que já foram prefeitos, outros que voltarão a sê-lo e na aprovação deste projeto de lei complementar em plenário hoje, caso a bancada do governo aprove, nós sabemos que haverá uma excrescência contra a moralidade pública, contra o reconhecimento do papel do funcionalismo público e, principalmente, a aprovação de um novo trem da alegria.
Isso será uma falta de bom senso, principalmente, com aqueles que nos serviços públicos acabam tendo um papel de atendimento à comunidade como um todo. Porque nenhum prefeito em sã consciência, sabendo o que isso representa em termos de erário público, aprovaria um projeto como esse. Como fui prefeito de Rio do Sul, sei o que isso representa, e para o estado também.
Então, sugiro à população catarinense, principalmente aos funcionários públicos, que observe os parlamentares que votarão a favor desse casuísmo que estará na Ordem do Dia de hoje nesta Casa!
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Depois de pesquisas feitas pelo Instituto Nacional de Câncer - Inca -, uma série de imagens passarão a ocupar as carteiras de cigarro com o intuito de alertar as populações catarinense e brasileira para os riscos e custos advindos do consumo do cigarro.
Eu gostaria que passassem as novas imagens referentes ao consumo de cigarro.
(Procede-se à exibição de imagens.)
V.Exas. vêem a imagem de um cidadão operado de cirurgia cardíaca.
Nessa outra imagem vêem uma família vendo um cidadão no hospital com câncer em fase terminal.
Essa outra se refere a quem amamenta uma criança de baixo peso, pois a criança consome passivamente o cigarro.
Ali é o tromboembolismo, com perda de extremidades.
Essa é de um câncer facial.
Ou seja, são imagens contundentes em decorrência do uso do cigarro.
E para se ter uma noção, vou ler alguns dados:
(Passa a ler.)
"O fumo é responsável por:
30% das mortes por câncer;
90% das mortes por câncer de pulmão;
97% do câncer de laringe;
25% das mortes por doença do coração;
85% das mortes por bronquite e enfisema;
25% das mortes por derrame;
50% dos casos de câncer de pele."
Ao fumar um cigarro, um fumante inala em torno de 4.720 substâncias tóxicas já registradas e pesquisadas em laboratórios, sendo que, dessas, 80 são cancerígenas. O fumo provoca 200 mil mortes no Brasil por ano. No mundo são 3,5 milhões de pessoas que morrem em decorrência disso. As principais substâncias que prejudicam e produzem a doença cancerígena de forma mais contundente são o alcatrão e a nicotina.
Há que se registrar que em muitas reuniões e palestras que se faz sobre saúde, muitas vezes o cidadão - e daí me refiro à região do Alto Vale, que é uma grande produtora de fumo - diz que fuma um palheirinho, que fuma pouco. E como médico muitas vezes eu pergunto ao cidadão se ele fuma e ele diz: "Doutor, eu fumo dois cigarrinhos, mas fumo o palheiro."
Há que se registrar, para quem fuma palheiro, que um único cigarro fumado representa o equivalente a dez cigarros de papel fumados numa única circunstância. Se ele fuma dois palheiros, fuma o equivalente a 20 cigarros de papel, porque o fumo in natura, como se diz, quando é só feito em corda e picotado, tem mais concentração de alcatrão e hulha, além da palha de cigarro ou o próprio papel, que tem uma concentração maior de monóxido de carbono.
Então, como médico, faço o registro do dia 31 de maio e do lançamento, ontem, pelo ministério da Saúde da campanha antifumo, porque há que ser mais contundente o ministério nas suas políticas públicas. E aí parabéns ao governo Lula e ao nosso ministro da Saúde. Isso vai representar uma economia enorme à medida em que se reduza o índice de fumantes no Brasil.
Ao mesmo tempo, temos que registrar que o número de jovens que fumam - e começam a fumar normalmente em torno dos 18 anos - é extremamente elevado. O Brasil é o nono país do mundo em fumantes e a China é o primeiro do mundo não pelo número de chineses, mas pela quantidade per capita de consumo de cigarros.
Como médico, cabe-nos fazer esse alerta. E parabenizamos o nosso ministro e o governo Lula por essa postura que estão tendo nesse momento.
Também na data de hoje está sendo julgada a questão da pesquisa de células-tronco embrionárias. Ainda não saiu o resultado - e essa foi uma pergunta do deputado Kennedy Nunes -, mas nós temos claro que o país não pode prescindir dos meios de avançar cientificamente para dar esperança principalmente aos pacientes de doenças degenerativas e àqueles pacientes paraplégicos, tetraplégicos.
Hoje o meu chefe-de-gabinete está em Brasília tentando conseguir vaga no Hospital Sara Kubitschek para um paciente do alto vale, de Presidente Getúlio, e para um paciente da cidade de Criciúma, um garoto de vinte e poucos anos que sofreu um acidente de trânsito e está paraplégico, numa perspectiva viva de melhorias, como já temos visto que pesquisas com células-tronco, em procedimentos de recuperação de infarto cardíaco, têm ajudado a recuperação. E o país não pode ficar atrás disso.
Como médico sei que alguns setores da igreja têm tomado posições de que a célula em si já representa o embrião. Nós entendemos que as pesquisas de células-troncos embrionárias vão permitir que milhares de brasileiros tenham uma nova perspectiva de vida, de recuperação e, principalmente, de doenças degenerativas.
Portanto, esperamos que hoje o Supremo tome uma posição aprovando definitivamente a possibilidade de os cientistas brasileiros e nossos laboratórios poderem fazer pesquisas com células-tronco embrionárias.
Também gostaria, neste momento, de dizer que hoje tivemos aqui um debate sobre o PLC n. 0049, que está indo à votação aqui na Assembléia, na tarde de hoje, e que nada mais é do que um novo trem da alegria. O deputado Pedro Uczai, quando fez as observações pela manhã, era um chamamento aos que são candidatos a prefeito. A matéria permite que, aleatoriamente, quadros dentro das instâncias públicas sejam mudados de função a bel-prazer do Executivo; permite que alguns tenham benefícios financeiros.
Quero lembrar ao atual governo que eles não são eternos, amanhã haverá mudanças! E isso, queiram ou não, é contra tudo o que nós defendemos do ponto de vista da ética do funcionalismo público. Nesta Casa há vários deputados que já foram prefeitos, outros que voltarão a sê-lo e na aprovação deste projeto de lei complementar em plenário hoje, caso a bancada do governo aprove, nós sabemos que haverá uma excrescência contra a moralidade pública, contra o reconhecimento do papel do funcionalismo público e, principalmente, a aprovação de um novo trem da alegria.
Isso será uma falta de bom senso, principalmente, com aqueles que nos serviços públicos acabam tendo um papel de atendimento à comunidade como um todo. Porque nenhum prefeito em sã consciência, sabendo o que isso representa em termos de erário público, aprovaria um projeto como esse. Como fui prefeito de Rio do Sul, sei o que isso representa, e para o estado também.
Então, sugiro à população catarinense, principalmente aos funcionários públicos, que observe os parlamentares que votarão a favor desse casuísmo que estará na Ordem do Dia de hoje nesta Casa!
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)