Pronunciamento

Ivan Naatz - 127ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 15/12/2021
DEPUTADO IVAN NAATZ (Orador) - Repercute a notícia de que o Governo anunciou R$7,3 bilhões para o Plano 1000, que promete entregar a quantia de mil reais por cada habitante de 50 cidades do Estado de Santa Catarina.
O Deputado alerta que, para os valores serem concedidos aos municípios, são necessários projetos, aprovação orçamentária e, além disso, a proposta está dividida em 4 anos, ou seja, o Plano 1000 terá que ser pago pelo próximo Governo.
Diz que o atual Governo está "batendo mingau na panela com a farinha dos outros". Alerta que os Prefeitos precisam prestar atenção, pois o plano é uma ótima ideia, mas só vai ser cumprida pelo próximo Governo, se tiver dinheiro.
Ressalta que o Estado vive uma hiper arrecadação por consequência de fatores que são destaque: substituição do pagamento com a dívida da União, a qual representa 20% do orçamento e que irá retornar em janeiro; a ausência de cirurgias eletivas, pois não foi feita nenhum procedimento desse tipo no governo atual, mesmo havendo 100 mil pessoas na fila; a falta de investimento nas estradas, as quais se encontram em péssimas condições. Acrescenta que outros fatores que contribuíram para encher os cofres do Estado foram: o aumento nas exportações de proteína animal, que deve diminuir em decorrência do fim da pandemia; e a alta arrecadação por conta do preço do combustível. Questiona até quando o superávit orçamentário irá sobreviver e diz estar assustado com a festa e distribuição de dinheiro.
Finda, destacando que a história do Plano 1000 é muito bonita no papel, mas chama atenção dos prefeitos, pois a situação não é tão tranquila como se vende.
Deputado Bruno Souza (Aparteante) - Parabeniza o Parlamentar pelo pronunciamento e diz que compartilha das mesmas preocupações. Questiona se o Governo realmente tem recursos para isso tudo.
Cita que o plano anunciado pelo Governo o fez lembrar de um conto infantil muito conhecido, o Peter Pan. Diz que espera que o plano não tenha sido um belo banquete na "terra do nunca", onde os prefeitos, pela necessidade das obras, imaginaram que existem projetos e recursos, e o Governo, pelas necessidades dele, imagina que pode concretizar todas as promessas. Mas, no final, todos ficam sem nada. [Taquigrafia: Roberto]