Pronunciamento
Ismael dos Santos - 106ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 30/10/2012
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Sr. presidente, quero cumprimentar todos os deputados, a sra. deputada que ainda ficará conosco por mais um mês. É uma satisfação também poder cumprimentar aqueles que nos acompanham pela TVAL e pela Rádio Alesc Digital e, em especial, os nossos amigos que nos visitaram, ligados aos centros de formação de condutores. Vejo que estão aqui vários amigos da capital e de outras cidades, os quais estiveram em nosso gabinete hoje pela manhã. E cumprimento os nossos amigos de Itapiranga, os nossos investidores e empreendedores dos centros de formação de condutores.
Discutimos hoje, de forma bastante exaustiva, na bancada do nosso partido, essa temática, em especial com o deputado Darci de Matos, com o deputado Maurício Eskudlark e também com o deputado Dóia Guglielmi, do PSDB. Entendemos que o encaminhamento foi propositivo e vai resultar de fato naquilo que os nossos empreendedores querem, que é a segurança jurídica, para poderem tocar os seus negócios. Eu vejo aqui algumas faixas - são mais de 900 famílias e 93 autoescolas que serão prejudicadas.
Queremos ficar à disposição para monitorar todos os encaminhamentos que serão dados nas próximas horas, desejando que de fato Santa Catarina volte a ser modelo também nessa área de formação de condutores.
Segundo dados desta semana, sr. presidente, quatro milhões de veículos foram licenciados em 2012. Daí a responsabilidade dos nossos centros de formação de condutores em terra catarinense.
Preciso também, sr. presidente, assim como v.exa. que participou do segundo turno na sua cidade e eu em Blumenau, fazer um rápido comentário. Claro, lamentando a inesperada derrota do nosso companheiro deputado Kennedy Nunes, em Joinville, pois contávamos com essa vitória, mas isso faz parte da caminhada na vida política.
Quero parabenizar o colega deputado Cesar Souza Júnior por essa vitória heróica na capital, desejando sucesso na sua nova trajetória e refletir um pouquinho sobre as eleições em Blumenau. Naturalmente que sabíamos das dificuldades, e falo aqui como deputado do PSD.
O deputado Jean Kuhlmann tinha boas perspectivas de conquistar a prefeitura de Blumenau no primeiro turno, com o inesperado cenário que acompanhamos para o segundo turno, com a disputa entre o deputado Jean Kuhlmann e o vereador Napoleão Bernardes. E sabíamos de todas as dificuldades. Uma conta, uma matemática muito simples: o deputado Jean tinha 30%, a deputada Ana Paula 30%, o vereador Napoleão havia chegado perto dos 40%, portanto, 30 mais 40, matemática simples, dá 70% e foi esse o resultado do último domingo em Blumenau.
Já conversei com o prefeito eleito Napoleão Bernardes, também com o vice-prefeito Jovino Cardoso, desejando sucesso na caminhada, colocando meu gabinete à disposição. Conversei também demoradamente com o deputado Jean Kuhlmann, que retorna a esta Casa para cumprir o seu mandato de deputado estadual, respeitando, naturalmente, a decisão da maioria absoluta do povo blumenauense, que optou se não pela mudança radical, representada pela deputada Ana Paula Lima, mas, pelo menos, por uma renovação traduzida na pessoa, na caminhada e na biografia do vereador Napoleão Bernardes, a quem desejamos muito sucesso.
Sr. presidente, permita-me ainda, no tempo que tenho disponível, fazer um rápido comentário sobre a matéria de capa da revista Veja desta semana, "Maconha - As novas descobertas da medicina cortam a barato de quem acha que ela não faz mal". E aqui, como presidente da Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas, preciso fazer rápidas intervenções sobre essa matéria bastante ampla da Veja desta semana.
Sabemos que hoje pelo menos um milhão de brasileiros acabam fumando maconha. São mais de 220 milhões de usuários em todo mundo, e é a droga ilícita universalmente mais popular. A revista Veja trás algumas considerações sobre as questões médicas que implicam o uso da maconha. Sei que dos discursos que temos feito nesta Casa, e na nossa caminhada na Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas, às vezes, temos sido chamados de retrógrados, quadrados, ultrapassados, mas vamos, sim, continuar hasteando essa bandeira pela experiência que temos no tratamento de dependentes químicos.
Tenho em Blumenau uma casa há 20 anos, chamada Centro Terapêutico Vida, por onde já passaram mais de mil jovens. E se você chegar lá hoje, estamos com 30 internos, e perguntar para qualquer um deles como começou sua trajetória no submundo das drogas, de cada dez, seis vão responder que começou com a maconha. E a revista Veja trás um estudo recente e bastante impactante sobre os males da maconha, feito por instituições nos Estados Unidos e na Nova Zelândia, que diz que pesquisadores acompanharam 100 voluntários, durante 25 anos, e eles começaram a ser estudados aos 13 anos de idade. E aí há alguns resultados bastante complexos.
Os fumantes tiveram uma queda significativa no desempenho intelectual. Na média os consumidores crônicos de maconha ficavam oito pontos abaixo dos não fumantes nos testes de QI. Os usuários de maconha saíram-se mal também nos testes de memória, concentração e raciocínio rápido. O psiquiatra Laranjeira, uma das autoridades no Brasil diz o seguinte: "se o usuário crônico acha que está bem, a ciência mostra que ele poderia estar muito melhor sem a droga. A maconha priva as pessoas de atingir todo o potencial de sua capacidade."
E em seguida temos dados interessantes do ponto de vista médico. Mas ainda cito aqui a declaração do sr. Valente Gentil Filho, que é um dos mais renomados psiquiatras do Brasil, com doutorado em psicofarmacologia pela clínica da Universidade de Londres, que conclui as suas considerações dizendo o seguinte sobre a maconha: "Trata-se da única droga a interferir nas funções cerebrais de forma a causar psicoses irreversíveis. Se fosse para escolher uma única droga a ser banida, seria a maconha.
Atualmente, pega mal ser contrário à liberação da maconha, mas não importa, prefiro que continuem me chamando de retrógrado nesta área, de quadrado, de ultrapassado, mas luto pela vida que, certamente, não está do lado das drogas.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Discutimos hoje, de forma bastante exaustiva, na bancada do nosso partido, essa temática, em especial com o deputado Darci de Matos, com o deputado Maurício Eskudlark e também com o deputado Dóia Guglielmi, do PSDB. Entendemos que o encaminhamento foi propositivo e vai resultar de fato naquilo que os nossos empreendedores querem, que é a segurança jurídica, para poderem tocar os seus negócios. Eu vejo aqui algumas faixas - são mais de 900 famílias e 93 autoescolas que serão prejudicadas.
Queremos ficar à disposição para monitorar todos os encaminhamentos que serão dados nas próximas horas, desejando que de fato Santa Catarina volte a ser modelo também nessa área de formação de condutores.
Segundo dados desta semana, sr. presidente, quatro milhões de veículos foram licenciados em 2012. Daí a responsabilidade dos nossos centros de formação de condutores em terra catarinense.
Preciso também, sr. presidente, assim como v.exa. que participou do segundo turno na sua cidade e eu em Blumenau, fazer um rápido comentário. Claro, lamentando a inesperada derrota do nosso companheiro deputado Kennedy Nunes, em Joinville, pois contávamos com essa vitória, mas isso faz parte da caminhada na vida política.
Quero parabenizar o colega deputado Cesar Souza Júnior por essa vitória heróica na capital, desejando sucesso na sua nova trajetória e refletir um pouquinho sobre as eleições em Blumenau. Naturalmente que sabíamos das dificuldades, e falo aqui como deputado do PSD.
O deputado Jean Kuhlmann tinha boas perspectivas de conquistar a prefeitura de Blumenau no primeiro turno, com o inesperado cenário que acompanhamos para o segundo turno, com a disputa entre o deputado Jean Kuhlmann e o vereador Napoleão Bernardes. E sabíamos de todas as dificuldades. Uma conta, uma matemática muito simples: o deputado Jean tinha 30%, a deputada Ana Paula 30%, o vereador Napoleão havia chegado perto dos 40%, portanto, 30 mais 40, matemática simples, dá 70% e foi esse o resultado do último domingo em Blumenau.
Já conversei com o prefeito eleito Napoleão Bernardes, também com o vice-prefeito Jovino Cardoso, desejando sucesso na caminhada, colocando meu gabinete à disposição. Conversei também demoradamente com o deputado Jean Kuhlmann, que retorna a esta Casa para cumprir o seu mandato de deputado estadual, respeitando, naturalmente, a decisão da maioria absoluta do povo blumenauense, que optou se não pela mudança radical, representada pela deputada Ana Paula Lima, mas, pelo menos, por uma renovação traduzida na pessoa, na caminhada e na biografia do vereador Napoleão Bernardes, a quem desejamos muito sucesso.
Sr. presidente, permita-me ainda, no tempo que tenho disponível, fazer um rápido comentário sobre a matéria de capa da revista Veja desta semana, "Maconha - As novas descobertas da medicina cortam a barato de quem acha que ela não faz mal". E aqui, como presidente da Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas, preciso fazer rápidas intervenções sobre essa matéria bastante ampla da Veja desta semana.
Sabemos que hoje pelo menos um milhão de brasileiros acabam fumando maconha. São mais de 220 milhões de usuários em todo mundo, e é a droga ilícita universalmente mais popular. A revista Veja trás algumas considerações sobre as questões médicas que implicam o uso da maconha. Sei que dos discursos que temos feito nesta Casa, e na nossa caminhada na Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas, às vezes, temos sido chamados de retrógrados, quadrados, ultrapassados, mas vamos, sim, continuar hasteando essa bandeira pela experiência que temos no tratamento de dependentes químicos.
Tenho em Blumenau uma casa há 20 anos, chamada Centro Terapêutico Vida, por onde já passaram mais de mil jovens. E se você chegar lá hoje, estamos com 30 internos, e perguntar para qualquer um deles como começou sua trajetória no submundo das drogas, de cada dez, seis vão responder que começou com a maconha. E a revista Veja trás um estudo recente e bastante impactante sobre os males da maconha, feito por instituições nos Estados Unidos e na Nova Zelândia, que diz que pesquisadores acompanharam 100 voluntários, durante 25 anos, e eles começaram a ser estudados aos 13 anos de idade. E aí há alguns resultados bastante complexos.
Os fumantes tiveram uma queda significativa no desempenho intelectual. Na média os consumidores crônicos de maconha ficavam oito pontos abaixo dos não fumantes nos testes de QI. Os usuários de maconha saíram-se mal também nos testes de memória, concentração e raciocínio rápido. O psiquiatra Laranjeira, uma das autoridades no Brasil diz o seguinte: "se o usuário crônico acha que está bem, a ciência mostra que ele poderia estar muito melhor sem a droga. A maconha priva as pessoas de atingir todo o potencial de sua capacidade."
E em seguida temos dados interessantes do ponto de vista médico. Mas ainda cito aqui a declaração do sr. Valente Gentil Filho, que é um dos mais renomados psiquiatras do Brasil, com doutorado em psicofarmacologia pela clínica da Universidade de Londres, que conclui as suas considerações dizendo o seguinte sobre a maconha: "Trata-se da única droga a interferir nas funções cerebrais de forma a causar psicoses irreversíveis. Se fosse para escolher uma única droga a ser banida, seria a maconha.
Atualmente, pega mal ser contrário à liberação da maconha, mas não importa, prefiro que continuem me chamando de retrógrado nesta área, de quadrado, de ultrapassado, mas luto pela vida que, certamente, não está do lado das drogas.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)