Pronunciamento
Ismael dos Santos - 020ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Em 16/07/2014
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Sr. presidente e srs. deputados, quero agradecer as manifestações de congratulações pelo aniversário, no dia de hoje. Que Deus possa nos iluminar para as próximas milhas.
Quero parabenizar, deputado Gilmar Knaesel, pela forma como conduziu a LDO, dizer que esta Casa cumpre sua missão nesta etapa da Lei de Diretrizes Orçamentárias e que de fato o Executivo possa cumprir aquilo que foi proposto nas inúmeras audiências públicas em que debatemos as demandas de cada região do estado de Santa Catarina.
Registro também, sr. presidente e srs. deputados, a satisfação de ter participado da semana de conscientização sobre o uso indevido de substâncias psicoativas, no município de Campos Novos, parabenizando o Comad daquela cidade, e também membros do nosso Conen - Conselho Estadual de Entorpecentes -, os quais se fizeram presentes. Foi uma concorrida audiência pública, onde pudemos também discutir e debater a questão da drogadição no meio-oeste catarinense, a partir daquele município.
Parabenizo, da mesma forma, o prefeito e os srs. vereadores que estavam presentes neste evento pela maneira como organizaram, juntamente com o Comad, esta semana e pelo debate que foi realizado naquele seminário através de mesa redonda.
E por falar na questão das drogas, eu gostaria de fazer dois registros. Primeiramente, quero orientar as nossas comunidades terapêuticas que ainda não estão acreditadas, este é o termo técnico que a Fapesc está utilizando, ao Programa Reviver, que agora no próximo dia 25 de julho será aberto o edital para a segunda chamada de comunidades terapêuticas de Santa Catarina.
Nós estamos com 70 comunidades, hoje, acreditadas ao programa e vamos abrir outras vagas para chegarmos a uma centena de comunidades oferecendo mil vagas em nosso estado.
Portanto, quero alertar as comunidades terapêuticas para que estejam atentas ao edital que estará à disposição no próximo dia 25 de julho, até o dia 5 de agosto, no site da Fapesc, Programa Reviver.
Por falar nesta questão de drogadição, eu li com muita atenção a seguinte manchete da revista Ultimato: "Crack: o monstro de boca aberta".
Há algumas informações que eu rapidamente gostaria de compartilhar sobre essa questão muito bem pontuada pelos redatores dessa revista em que este assunto foi manchete de capa. De fato, nós não podemos por panos quentes nesta questão, não podemos ficar de braços cruzados, não podemos ser ingênuos quanto isso. Esse monstro de fato existe e se chama crack, um monstro muito mais perigoso do que os seus primeiros irmãos, a maconha, o ópio, a cocaína, o álcool, que tem destruído vidas.
O Conselho Nacional de Justiça, falando e comentando sobre a questão do crack, traz uma informação interessante que eu gostaria de compartilhar no relatório dessa cartilha sobre o crack, como disse, elaborada por este Conselho:
(Passa a ler.)
"Com custo relativamente baixo e alto potencial para gerar dependência química, o crack é, dentre as substâncias entorpecentes, aquela que tem causado as consequências mais nefastas em nossa sociedade. A droga atinge grave e diretamente a saúde física e mental dos usuários. Mais do que isso, e de forma muito rápida, debilita laços familiares e relações sociais. Nesta medida, constitui indiscutível fator de aumento das taxas de criminalidade, violência e outros problemas sociais."
Seria desnecessário falar das consequências do uso do crack, mas vale a pena relembrar o seguinte:
(Continua lendo)
"Segundo a bióloga Mariana Araguaia, 'cerca de 30% dos usuários [de crack] perdem a vida em um prazo de cinco anos - ou pela droga em si ou em consequência de seu uso (suicídio, envolvimento em brigas, 'prestação de contas' com traficantes, comportamento de risco em busca da droga)'".
E mais do que isso, o crack não é apenas uma droga que mata, mais é uma droga, por incrível que pareça, que tem o poder de mentir. Ele promete fornecer ao usuário sensações de grande prazer, de grande euforia, de extrema autoconfiança, de poder e de ausência de cansaço. E cumpre a sua palavra, só que tudo isso em apenas cinco minutos de conforto, cinco minutos de êxtase, cinco minutos de euforia, e lá se vai tudo o que o crack pode oferecer. O crack esconde o que vem junto com ele: a agitação, a irritabilidade, as alterações de percepção e de pensamento, a taquicardia, os tremores, a perda de apetite e de sono, a perda da saúde e, em alguns casos, naturalmente a perda da vida.
De fato o crack escraviza, destrói as famílias e cobra um preço altíssimo dos seus usuários. A dependência química afasta as pessoas dos pais, dos cônjuges, dos filhos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, para cada dependente de crack ele adoece em torno de si pelo menos 29 pessoas. E é essa dependência que acaba forçando o usuário às vezes a ser de fato um agente da criminalidade.
É claro que o crack está presente em todas as cidades. Não há cidade em Santa Catarina e no país onde o crack já não tenha chegado. E, apesar das leis, da repressão, da vigilância, da polícia, das prisões, da propaganda contrária, das mortes, das lágrimas, das mães e do desespero dos pais, o crack tem sido cada vez mais consumido em nosso país e, por que não dizer, na nossa amada Santa Catarina. Segundo dados da Senad, são 40 mil usuários de crack em Santa Catarina.
De dezembro de 2011 a dezembro de 2013, a informação dessa revista é de que o governo federal gastou R$ 2 bilhões em todo país só com o programa Crack, é Possível Vencer. E até o final deste ano pretende-se gastar mais de R$ 4 bilhões que serão investidos no programa. E mesmo assim estamos com, pelo menos, um milhão de usuários de crack em nosso país.
No início deste ano algumas iniciativas deixaram-nos preocupados, como no Uruguai e nos Estados Unidos. Mas continuamos sintonizados com aquilo que a própria ONU - Organização das Nações Unidas - diz, e que todos nós já sabemos: que a liberação da maconha é um eficaz trampolim para outras drogas, inclusive o crack, sobretudo entre os jovens, porque, diz o relatório, potencializa o número de consumidores, já que não haveria mais o efeito inibidor da forma como é tratado o crack no convívio social ou mesmo o receio de se cometer algo ilegal.
Por tudo isso continuamos, e essa reportagem apenas reforça a nossa posição, na nossa cruzada, na nossa postura e, por que não dizer, na nossa batalha por uma Santa Catarina sem drogas e livre do crack.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Quero parabenizar, deputado Gilmar Knaesel, pela forma como conduziu a LDO, dizer que esta Casa cumpre sua missão nesta etapa da Lei de Diretrizes Orçamentárias e que de fato o Executivo possa cumprir aquilo que foi proposto nas inúmeras audiências públicas em que debatemos as demandas de cada região do estado de Santa Catarina.
Registro também, sr. presidente e srs. deputados, a satisfação de ter participado da semana de conscientização sobre o uso indevido de substâncias psicoativas, no município de Campos Novos, parabenizando o Comad daquela cidade, e também membros do nosso Conen - Conselho Estadual de Entorpecentes -, os quais se fizeram presentes. Foi uma concorrida audiência pública, onde pudemos também discutir e debater a questão da drogadição no meio-oeste catarinense, a partir daquele município.
Parabenizo, da mesma forma, o prefeito e os srs. vereadores que estavam presentes neste evento pela maneira como organizaram, juntamente com o Comad, esta semana e pelo debate que foi realizado naquele seminário através de mesa redonda.
E por falar na questão das drogas, eu gostaria de fazer dois registros. Primeiramente, quero orientar as nossas comunidades terapêuticas que ainda não estão acreditadas, este é o termo técnico que a Fapesc está utilizando, ao Programa Reviver, que agora no próximo dia 25 de julho será aberto o edital para a segunda chamada de comunidades terapêuticas de Santa Catarina.
Nós estamos com 70 comunidades, hoje, acreditadas ao programa e vamos abrir outras vagas para chegarmos a uma centena de comunidades oferecendo mil vagas em nosso estado.
Portanto, quero alertar as comunidades terapêuticas para que estejam atentas ao edital que estará à disposição no próximo dia 25 de julho, até o dia 5 de agosto, no site da Fapesc, Programa Reviver.
Por falar nesta questão de drogadição, eu li com muita atenção a seguinte manchete da revista Ultimato: "Crack: o monstro de boca aberta".
Há algumas informações que eu rapidamente gostaria de compartilhar sobre essa questão muito bem pontuada pelos redatores dessa revista em que este assunto foi manchete de capa. De fato, nós não podemos por panos quentes nesta questão, não podemos ficar de braços cruzados, não podemos ser ingênuos quanto isso. Esse monstro de fato existe e se chama crack, um monstro muito mais perigoso do que os seus primeiros irmãos, a maconha, o ópio, a cocaína, o álcool, que tem destruído vidas.
O Conselho Nacional de Justiça, falando e comentando sobre a questão do crack, traz uma informação interessante que eu gostaria de compartilhar no relatório dessa cartilha sobre o crack, como disse, elaborada por este Conselho:
(Passa a ler.)
"Com custo relativamente baixo e alto potencial para gerar dependência química, o crack é, dentre as substâncias entorpecentes, aquela que tem causado as consequências mais nefastas em nossa sociedade. A droga atinge grave e diretamente a saúde física e mental dos usuários. Mais do que isso, e de forma muito rápida, debilita laços familiares e relações sociais. Nesta medida, constitui indiscutível fator de aumento das taxas de criminalidade, violência e outros problemas sociais."
Seria desnecessário falar das consequências do uso do crack, mas vale a pena relembrar o seguinte:
(Continua lendo)
"Segundo a bióloga Mariana Araguaia, 'cerca de 30% dos usuários [de crack] perdem a vida em um prazo de cinco anos - ou pela droga em si ou em consequência de seu uso (suicídio, envolvimento em brigas, 'prestação de contas' com traficantes, comportamento de risco em busca da droga)'".
E mais do que isso, o crack não é apenas uma droga que mata, mais é uma droga, por incrível que pareça, que tem o poder de mentir. Ele promete fornecer ao usuário sensações de grande prazer, de grande euforia, de extrema autoconfiança, de poder e de ausência de cansaço. E cumpre a sua palavra, só que tudo isso em apenas cinco minutos de conforto, cinco minutos de êxtase, cinco minutos de euforia, e lá se vai tudo o que o crack pode oferecer. O crack esconde o que vem junto com ele: a agitação, a irritabilidade, as alterações de percepção e de pensamento, a taquicardia, os tremores, a perda de apetite e de sono, a perda da saúde e, em alguns casos, naturalmente a perda da vida.
De fato o crack escraviza, destrói as famílias e cobra um preço altíssimo dos seus usuários. A dependência química afasta as pessoas dos pais, dos cônjuges, dos filhos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, para cada dependente de crack ele adoece em torno de si pelo menos 29 pessoas. E é essa dependência que acaba forçando o usuário às vezes a ser de fato um agente da criminalidade.
É claro que o crack está presente em todas as cidades. Não há cidade em Santa Catarina e no país onde o crack já não tenha chegado. E, apesar das leis, da repressão, da vigilância, da polícia, das prisões, da propaganda contrária, das mortes, das lágrimas, das mães e do desespero dos pais, o crack tem sido cada vez mais consumido em nosso país e, por que não dizer, na nossa amada Santa Catarina. Segundo dados da Senad, são 40 mil usuários de crack em Santa Catarina.
De dezembro de 2011 a dezembro de 2013, a informação dessa revista é de que o governo federal gastou R$ 2 bilhões em todo país só com o programa Crack, é Possível Vencer. E até o final deste ano pretende-se gastar mais de R$ 4 bilhões que serão investidos no programa. E mesmo assim estamos com, pelo menos, um milhão de usuários de crack em nosso país.
No início deste ano algumas iniciativas deixaram-nos preocupados, como no Uruguai e nos Estados Unidos. Mas continuamos sintonizados com aquilo que a própria ONU - Organização das Nações Unidas - diz, e que todos nós já sabemos: que a liberação da maconha é um eficaz trampolim para outras drogas, inclusive o crack, sobretudo entre os jovens, porque, diz o relatório, potencializa o número de consumidores, já que não haveria mais o efeito inibidor da forma como é tratado o crack no convívio social ou mesmo o receio de se cometer algo ilegal.
Por tudo isso continuamos, e essa reportagem apenas reforça a nossa posição, na nossa cruzada, na nossa postura e, por que não dizer, na nossa batalha por uma Santa Catarina sem drogas e livre do crack.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)