Pronunciamento
Ismael dos Santos - 013ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 06/03/2014
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, telespectadores da TVAL e ouvintes da Rádio Alesc Digital, tenho a satisfação de apresentar o livro lançado esta semana pelo colega Alexandre Formento, Nasci aos trinta e seis anos. Tive a oportunidade de ler não apenas o manuscrito, mas também, depois de editado, e fui convidado inclusive, a fazer a apresentação na contracapa do livro. E trouxe aqui dois parágrafos com a seguinte temática:
(Passa a ler.)
"Droga se vence com determinação.
A crise que abala os alicerces da civilização ocidental é intensificada pelo uso e abuso de drogas lícitas e ilícitas. Não temos carência de cultura, educação ou oportunidades de emprego. Nosso fracasso reside no abandono de valores e princípios que podem afastar nossos jovens deste que é o maior flagelo da humanidade, as drogas."
Neste livro, o leitor encontrará mais do que uma história de superação. Há nestas páginas lampejos de esperança para quem deseja empreender a maior de todas as conquistas: o poder de decisão, dizendo não às drogas e sim à vida!
De fato a história do Alexandre Formento, que é da cidade de Indaial, se reproduz pelo Brasil afora, contando que um jovem empreendedor, que muito cedo conseguiu sucesso na vida empresarial, enriqueceu, mas que por um descuido da vida entrou numa roda de usuários de drogas começando pela maconha e logo se aprofundou na cocaína, no LSD e finalmente no crack. Perdeu praticamente 15 anos de sua vida no mundo das drogas, mas, felizmente, aos 36 anos retomou a consciência e conseguiu superar a armadilha do álcool, da maconha e da cocaína. Trata-se de uma surpreendente história de superação.
Portanto, quero recomendar este livro editado pela Editora Volante, de Alexandre Formento, Nasci aos 36 anos.
Por falar nisso, li uma nota do articulista Cacau Menezes, com o título Droga é Causa de Abandono de Crianças. Claro que quando se fala dessa temática, sobretudo como presidente da comissão de Combate e Prevenção às Drogas desta Casa, sempre sou levado a me debruçar sobre essas matérias. E a reportagem do Cacau diz o seguinte:
(Passa a ler.)
"Pelo menos 46 mil crianças e adolescentes vivem hoje em abrigos no Brasil, informa reportagem de Cleide Carvalho e Gustavo Uribe, no Jornal O Globo. Nos últimos dois anos, a cada dia 38 meninas e meninos de até 15 anos de idade foram vítimas de abandono ou negligência, segundo dados do Mapa da Violência 2014.
Segundo pesquisa do Conselho Nacional do Ministério Público mais de 80% dos encaminhamentos de crianças e adolescentes aos abrigos estão vinculados à dependência química dos pais. E a droga por trás dos números, segundo os especialistas, o crack."
É lamentável isso, saber que de cada dez, oito são abandonadas pelo fato de os pais estarem envolvidos com drogas.
Aproveito, ainda, nesta mesma esteira, para mais uma vez trazer à baila a temática que começa novamente a fervilhar nos debates intelectuais, infelizmente, no Brasil, comandados pelo tucano Fernando Henrique Cardoso, sobre a oficialização da maconha.
Eu tenho aqui, nestes últimos três anos, levantado inúmeras razões pelas quais nos colocamos contrários a esta proposta. Mas ontem eu encontrei um artigo de um psiquiatra, porque às vezes fala-se que essa é uma perspectiva religiosa, popular e arcaica, mas trata-se de um debate feito pela TV Cultura, no Programa Roda Viva, que é extremamente respeitado neste país, com o psiquiatra Valentim Gentil Filho. Ele é um dos psiquiatras mais influentes do país no quesito drogas, e traz uma frase, que considero a frase da semana, que diz o seguinte: "Se o Brasil seguir a tendência de outros países, como o Uruguai, alguns estados dos Estados Unidos, e oficializar a indústria da maconha, teremos uma fábrica de esquizofrênicos." Para mim é a frase da semana.
Essa é a opinião do psiquiatra Valetim Gentil Filho, professor titular da Faculdade de Medicina da USP. Portanto, estamos falando com gente que sabe da matéria, um intelectual, um pesquisador, um acadêmico, e que foi o convidado, na última segunda-feira, do programa Roda Viva.
Para o psiquiatra, que considerado um dos mais importantes e influentes do país na matéria, a sociedade tem sido conivente e omissa em relação às drogas e os riscos provocados por elas não têm sido bem divulgados. O psiquiatra Gentil Filho contou no programa que, segundo estudos bem fundamentados - isso é interessante, eu quero aqui registrar nessa manhã -, a maconha aumenta em 310% o risco de esquizofrenia quando consumida uma vez por semana na adolescência.
Esse é um dado para se pensar. A maconha aumenta em 310% o risco de esquizofrenia quando consumida uma vez por semana na adolescência. Portanto, o esquizofrênico, como sabemos, pode ter uma vida normal, mas sempre haverá uma sequela.
Eu concluo dizendo que esse psiquiatra sugere que, assim como pais permitem que seus filhos consumam álcool em festas, a informação distorcida de que a maconha não faz mal fará com que eles deixem os jovens fumarem em casa. E o problema é que aos adolescentes estão em uma fase de poda natural do cérebro para a entrada na idade adulta, e a droga é especialmente prejudicial.
Nós poderíamos trazer aqui dados científicos em relação aos malefícios do uso da maconha, mas, sem dúvida alguma, a razão maior, deputado Kennedy Nunes, é sabermos que em qualquer comunidade terapêutica, de cada dez usuários, pelo menos, sete adentraram ao mundo das drogas por esta trágica porta, chamada a porta da maconha.
Por isso, temos dito e repito, considero a maconha o jardim de infância do crack. Não às drogas e sim à vida.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
(Passa a ler.)
"Droga se vence com determinação.
A crise que abala os alicerces da civilização ocidental é intensificada pelo uso e abuso de drogas lícitas e ilícitas. Não temos carência de cultura, educação ou oportunidades de emprego. Nosso fracasso reside no abandono de valores e princípios que podem afastar nossos jovens deste que é o maior flagelo da humanidade, as drogas."
Neste livro, o leitor encontrará mais do que uma história de superação. Há nestas páginas lampejos de esperança para quem deseja empreender a maior de todas as conquistas: o poder de decisão, dizendo não às drogas e sim à vida!
De fato a história do Alexandre Formento, que é da cidade de Indaial, se reproduz pelo Brasil afora, contando que um jovem empreendedor, que muito cedo conseguiu sucesso na vida empresarial, enriqueceu, mas que por um descuido da vida entrou numa roda de usuários de drogas começando pela maconha e logo se aprofundou na cocaína, no LSD e finalmente no crack. Perdeu praticamente 15 anos de sua vida no mundo das drogas, mas, felizmente, aos 36 anos retomou a consciência e conseguiu superar a armadilha do álcool, da maconha e da cocaína. Trata-se de uma surpreendente história de superação.
Portanto, quero recomendar este livro editado pela Editora Volante, de Alexandre Formento, Nasci aos 36 anos.
Por falar nisso, li uma nota do articulista Cacau Menezes, com o título Droga é Causa de Abandono de Crianças. Claro que quando se fala dessa temática, sobretudo como presidente da comissão de Combate e Prevenção às Drogas desta Casa, sempre sou levado a me debruçar sobre essas matérias. E a reportagem do Cacau diz o seguinte:
(Passa a ler.)
"Pelo menos 46 mil crianças e adolescentes vivem hoje em abrigos no Brasil, informa reportagem de Cleide Carvalho e Gustavo Uribe, no Jornal O Globo. Nos últimos dois anos, a cada dia 38 meninas e meninos de até 15 anos de idade foram vítimas de abandono ou negligência, segundo dados do Mapa da Violência 2014.
Segundo pesquisa do Conselho Nacional do Ministério Público mais de 80% dos encaminhamentos de crianças e adolescentes aos abrigos estão vinculados à dependência química dos pais. E a droga por trás dos números, segundo os especialistas, o crack."
É lamentável isso, saber que de cada dez, oito são abandonadas pelo fato de os pais estarem envolvidos com drogas.
Aproveito, ainda, nesta mesma esteira, para mais uma vez trazer à baila a temática que começa novamente a fervilhar nos debates intelectuais, infelizmente, no Brasil, comandados pelo tucano Fernando Henrique Cardoso, sobre a oficialização da maconha.
Eu tenho aqui, nestes últimos três anos, levantado inúmeras razões pelas quais nos colocamos contrários a esta proposta. Mas ontem eu encontrei um artigo de um psiquiatra, porque às vezes fala-se que essa é uma perspectiva religiosa, popular e arcaica, mas trata-se de um debate feito pela TV Cultura, no Programa Roda Viva, que é extremamente respeitado neste país, com o psiquiatra Valentim Gentil Filho. Ele é um dos psiquiatras mais influentes do país no quesito drogas, e traz uma frase, que considero a frase da semana, que diz o seguinte: "Se o Brasil seguir a tendência de outros países, como o Uruguai, alguns estados dos Estados Unidos, e oficializar a indústria da maconha, teremos uma fábrica de esquizofrênicos." Para mim é a frase da semana.
Essa é a opinião do psiquiatra Valetim Gentil Filho, professor titular da Faculdade de Medicina da USP. Portanto, estamos falando com gente que sabe da matéria, um intelectual, um pesquisador, um acadêmico, e que foi o convidado, na última segunda-feira, do programa Roda Viva.
Para o psiquiatra, que considerado um dos mais importantes e influentes do país na matéria, a sociedade tem sido conivente e omissa em relação às drogas e os riscos provocados por elas não têm sido bem divulgados. O psiquiatra Gentil Filho contou no programa que, segundo estudos bem fundamentados - isso é interessante, eu quero aqui registrar nessa manhã -, a maconha aumenta em 310% o risco de esquizofrenia quando consumida uma vez por semana na adolescência.
Esse é um dado para se pensar. A maconha aumenta em 310% o risco de esquizofrenia quando consumida uma vez por semana na adolescência. Portanto, o esquizofrênico, como sabemos, pode ter uma vida normal, mas sempre haverá uma sequela.
Eu concluo dizendo que esse psiquiatra sugere que, assim como pais permitem que seus filhos consumam álcool em festas, a informação distorcida de que a maconha não faz mal fará com que eles deixem os jovens fumarem em casa. E o problema é que aos adolescentes estão em uma fase de poda natural do cérebro para a entrada na idade adulta, e a droga é especialmente prejudicial.
Nós poderíamos trazer aqui dados científicos em relação aos malefícios do uso da maconha, mas, sem dúvida alguma, a razão maior, deputado Kennedy Nunes, é sabermos que em qualquer comunidade terapêutica, de cada dez usuários, pelo menos, sete adentraram ao mundo das drogas por esta trágica porta, chamada a porta da maconha.
Por isso, temos dito e repito, considero a maconha o jardim de infância do crack. Não às drogas e sim à vida.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)