Pronunciamento
Ismael dos Santos - 032ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Em 21/09/2011
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Sr. presidente, srs. deputados, amanhã o Jornal de Santa Catarina completa 40 anos de uma bela caminhada editorial. É um jornal extremamente respeitado no vale do Itajaí, em especial, presidente, na cidade de Blumenau, porque registra em sua biografia fatos da história de nossa cidade, Blumenau, e do vale do Itajaí. Enfim, são notícias que dizem respeito ao dia a dia da nossa cidadania.
Parabéns ao Jornal de Santa Catarina por essas quatro décadas de perseverança meio às turbulências do mercado editorial. O Jornal de Santa Catarina permanece como um baluarte da comunicação no vale do Itajaí.
Também faço o registro da nossa participação nesta tarde com a comunidade palestina em Santa Catarina, que se reunirão neste Parlamento para debater e analisar de uma forma mais reflexiva a questão da comunidade palestina no mundo.
Hoje a presidente Dilma Rousseff fez seu pronunciamento de abertura na ONU exatamente citando essa questão da palestina. Sabemos dessa batalha que se travou nos últimos 60 anos desde que o brasileiro Osvaldo Aranha, também na ONU, fazia o seu pronunciamento e dava o seu voto de minerva, no que diz respeito ao estabelecimento de dois estados, o palestino e o judaico. O palestino ainda não saiu do papel. E nessa busca de ser um país de n. 194, na Organização das Nações Unidas, pelo reconhecimento desse novo estado, a comunidade palestina faz aqui a sua manifestação. Tivemos a oportunidade de conversar com os seus representantes e deixamos também a nossa solidariedade, entendendo, que de fato o estado palestino, sem dúvida, vai contribuir para o espaço de diálogo e de paz naquela região tão conturbada do Oriente Médio.
Faço também o registro, nesta tarde, da aula que tivemos de engenharia, de ações no que diz respeito a termos um pouco mais de tranquilidade no vale do Itajaí em relação às enchentes, que foi nos repassada pelos técnicos japoneses do Jica.
O Jica, que é ligado ao governo japonês. E quero acrescentar algumas observações a essa longa e proveitosa reunião que tivemos com os representantes do governo japonês.
Entre as muitas propostas, tenho em mãos o que recebemos do Jica, questões que abrangem as instalações de comportas no rio Itajaí-Mirim e também sobre o fortalecimento do sistema de previsão e alerta às enchentes, numa perspectiva mais ampla, com 30 telemetrias, além das 16 que hoje já estão em ação e sendo monitoradas pela Furb. Enfim, acrescentaria a importância de duas proposições que o plano diretor formulado pela agência Jica está propondo ao governo do estado de Santa Catarina nessa parceria, talvez a mais importante, a própria elevação das comportas hoje existentes em pelo menos dois metros e a construção do canal extravasor do rio Itajaí-Açu.
Sempre falávamos em um canal que saísse de Blumenau ao litoral, talvez a Piçarras ou mesmo a Navegantes, um canal de 50 quilômetros. E a proposta do projeto Jica, permita-me usar esta expressão, deputado Maurício Eskudlark, é mais modesta. No entanto, convenci-me depois da apresentação dos engenheiros e técnicos do plano diretor do Jica que de fato é suficiente a proposição deles.
A proposição seria um canal extravasor, basicamente antes da BR-101, em direção a Navegantes, de 10.9 quilômetros; portanto, quase 11 quilômetros com 10 metros de profundidade. E chamou-me a atenção a proposição de 100 metros de largura. Então, é uma obra gigantesca, embora limitada a 11 quilômetros na sua distância. E diziam os técnicos que essa proposta é suficiente para dar vazão a cinco mil toneladas de água que acabam ocupando a calha do rio Itajaí-Açu durante as enchentes, como essa que vivenciamos no mês de setembro.
Talvez o telespectador, o rádio-ouvinte questione, assim como nós, deputados, questionamos os valores, o quanto isso custaria, esse projeto do Jica, que prevê medidas de prevenção dos desastres das enchentes, medidas para os desastres de escorregamentos, medidas de prevenção e alerta para enchente, as telemetrias, o sistema de arte para escorregamentos de inundações bruscas, enfim. E estão previsto R$ 2,058 milhões. Um número que talvez seja estratosférico do ponto de vista matemático, aritmético, mas se analisarmos as proporções de um desastre como esse no vale do Itajaí, se observamos os prejuízos das nossas famílias, das nossas empresas...
De fato, fiquei emocionado, deputado Maurício Eskudlark, não apenas por Blumenau, onde também vivenciamos aquela situação, mas por todo o vale do Itajaí.
Continuo repetindo que o nosso gabinete no centro de Blumenau foi atingido também pelas águas. Tivemos l.70 metros de água no nosso escritório regional de atendimento, mas não há dúvidas de que a enchente do mês de setembro, o prejuízo maior foi no alto vale, em especial em Rio do Sul, Rio do Oeste, Laurentino, Agronômica e Lontras. E na última sexta-feira, fizemos um périplo por todos esses municípios e conversamos com os prefeitos, vereadores, empresários e visitamos várias empresas, inclusive na cidade de Rio do Sul, onde estivemos com o prefeito Milton Hobus. Enfim, foi um enorme prejuízo.
Tivemos a oportunidade de ouvir um empresário dizendo: "Eu estou enterrando 200 toneladas de produtos perecíveis". Trata-se de uma empresa que produz alimentos e que estava levando tudo para enterrar em outro município. Foi um prejuízo enorme. Vi outro empresário que também teria que enterrar dez toneladas de medicamentos. Felizmente, o prefeito Milton Hobus conseguiu uma parceria com o governo federal para investir R$ 300 mil apenas para enterrar esses produtos perecíveis.
Então, o prejuízo é enorme de todos esses municípios. São 90 municípios que foram atingidos na última enchente de setembro. Por tudo isso, R$ 2 bilhões é um valor considerável se pensarmos nos próximos 50 anos, na proteção que teremos no vale do Itajaí, tanto no alto vale como no médio vale ou mesmo na foz do rio Itajaí-Açu.
Por tudo isso, estamos confiantes, otimistas e vamos, sim, avançar no debate, na discussão. Amanhã, estaremos acompanhando os debates em Blumenau sobre o projeto Jica e a possível parceria do governo do estado de Santa Catarina com o governo japonês, através dessa agência.
Muito obrigado.
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Parabéns ao Jornal de Santa Catarina por essas quatro décadas de perseverança meio às turbulências do mercado editorial. O Jornal de Santa Catarina permanece como um baluarte da comunicação no vale do Itajaí.
Também faço o registro da nossa participação nesta tarde com a comunidade palestina em Santa Catarina, que se reunirão neste Parlamento para debater e analisar de uma forma mais reflexiva a questão da comunidade palestina no mundo.
Hoje a presidente Dilma Rousseff fez seu pronunciamento de abertura na ONU exatamente citando essa questão da palestina. Sabemos dessa batalha que se travou nos últimos 60 anos desde que o brasileiro Osvaldo Aranha, também na ONU, fazia o seu pronunciamento e dava o seu voto de minerva, no que diz respeito ao estabelecimento de dois estados, o palestino e o judaico. O palestino ainda não saiu do papel. E nessa busca de ser um país de n. 194, na Organização das Nações Unidas, pelo reconhecimento desse novo estado, a comunidade palestina faz aqui a sua manifestação. Tivemos a oportunidade de conversar com os seus representantes e deixamos também a nossa solidariedade, entendendo, que de fato o estado palestino, sem dúvida, vai contribuir para o espaço de diálogo e de paz naquela região tão conturbada do Oriente Médio.
Faço também o registro, nesta tarde, da aula que tivemos de engenharia, de ações no que diz respeito a termos um pouco mais de tranquilidade no vale do Itajaí em relação às enchentes, que foi nos repassada pelos técnicos japoneses do Jica.
O Jica, que é ligado ao governo japonês. E quero acrescentar algumas observações a essa longa e proveitosa reunião que tivemos com os representantes do governo japonês.
Entre as muitas propostas, tenho em mãos o que recebemos do Jica, questões que abrangem as instalações de comportas no rio Itajaí-Mirim e também sobre o fortalecimento do sistema de previsão e alerta às enchentes, numa perspectiva mais ampla, com 30 telemetrias, além das 16 que hoje já estão em ação e sendo monitoradas pela Furb. Enfim, acrescentaria a importância de duas proposições que o plano diretor formulado pela agência Jica está propondo ao governo do estado de Santa Catarina nessa parceria, talvez a mais importante, a própria elevação das comportas hoje existentes em pelo menos dois metros e a construção do canal extravasor do rio Itajaí-Açu.
Sempre falávamos em um canal que saísse de Blumenau ao litoral, talvez a Piçarras ou mesmo a Navegantes, um canal de 50 quilômetros. E a proposta do projeto Jica, permita-me usar esta expressão, deputado Maurício Eskudlark, é mais modesta. No entanto, convenci-me depois da apresentação dos engenheiros e técnicos do plano diretor do Jica que de fato é suficiente a proposição deles.
A proposição seria um canal extravasor, basicamente antes da BR-101, em direção a Navegantes, de 10.9 quilômetros; portanto, quase 11 quilômetros com 10 metros de profundidade. E chamou-me a atenção a proposição de 100 metros de largura. Então, é uma obra gigantesca, embora limitada a 11 quilômetros na sua distância. E diziam os técnicos que essa proposta é suficiente para dar vazão a cinco mil toneladas de água que acabam ocupando a calha do rio Itajaí-Açu durante as enchentes, como essa que vivenciamos no mês de setembro.
Talvez o telespectador, o rádio-ouvinte questione, assim como nós, deputados, questionamos os valores, o quanto isso custaria, esse projeto do Jica, que prevê medidas de prevenção dos desastres das enchentes, medidas para os desastres de escorregamentos, medidas de prevenção e alerta para enchente, as telemetrias, o sistema de arte para escorregamentos de inundações bruscas, enfim. E estão previsto R$ 2,058 milhões. Um número que talvez seja estratosférico do ponto de vista matemático, aritmético, mas se analisarmos as proporções de um desastre como esse no vale do Itajaí, se observamos os prejuízos das nossas famílias, das nossas empresas...
De fato, fiquei emocionado, deputado Maurício Eskudlark, não apenas por Blumenau, onde também vivenciamos aquela situação, mas por todo o vale do Itajaí.
Continuo repetindo que o nosso gabinete no centro de Blumenau foi atingido também pelas águas. Tivemos l.70 metros de água no nosso escritório regional de atendimento, mas não há dúvidas de que a enchente do mês de setembro, o prejuízo maior foi no alto vale, em especial em Rio do Sul, Rio do Oeste, Laurentino, Agronômica e Lontras. E na última sexta-feira, fizemos um périplo por todos esses municípios e conversamos com os prefeitos, vereadores, empresários e visitamos várias empresas, inclusive na cidade de Rio do Sul, onde estivemos com o prefeito Milton Hobus. Enfim, foi um enorme prejuízo.
Tivemos a oportunidade de ouvir um empresário dizendo: "Eu estou enterrando 200 toneladas de produtos perecíveis". Trata-se de uma empresa que produz alimentos e que estava levando tudo para enterrar em outro município. Foi um prejuízo enorme. Vi outro empresário que também teria que enterrar dez toneladas de medicamentos. Felizmente, o prefeito Milton Hobus conseguiu uma parceria com o governo federal para investir R$ 300 mil apenas para enterrar esses produtos perecíveis.
Então, o prejuízo é enorme de todos esses municípios. São 90 municípios que foram atingidos na última enchente de setembro. Por tudo isso, R$ 2 bilhões é um valor considerável se pensarmos nos próximos 50 anos, na proteção que teremos no vale do Itajaí, tanto no alto vale como no médio vale ou mesmo na foz do rio Itajaí-Açu.
Por tudo isso, estamos confiantes, otimistas e vamos, sim, avançar no debate, na discussão. Amanhã, estaremos acompanhando os debates em Blumenau sobre o projeto Jica e a possível parceria do governo do estado de Santa Catarina com o governo japonês, através dessa agência.
Muito obrigado.
(SEM REVISÃO DO ORADOR)