Pronunciamento

Ismael dos Santos - 095ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 23/10/2014
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Sr. presidente e srs. deputados, eu vou ceder o restante do meu tempo ao meu amigo deputado Gelson Merisio, mas ficarei aqui como preâmbulo nesta manhã.
O deputado Sargento Amauri Soares levantou a questão das eleições e o deputado Silvio Dreveck também fez um rápido lampejo sobre a segurança nas urnas. Eu, particularmente, acho que é possível haver algum tipo de fraude, mas também acho improvável. Entendo que estamos num processo democrático bastante amadurecido e que há, sem dúvida, todo um aparato de segurança. Eu quero aqui depositar a minha fé no trabalho do Tribunal Superior Eleitoral - TSE -, enfim, em todos os servidores da Justiça eleitoral que têm feito um trabalho fantástico - e não somente os funcionários, mas, em especial, os cidadãos voluntários que, como mesários, estão lá em todas as eleições marcando presença. E gostaria de parabenizá-los, inclusive, pelo trabalho nas últimas eleições e pelo trabalho que farão no próximo domingo.
Aliás, por falar em eleições, não há dúvida de que vamos, no próximo domingo, conforme temos acompanhado na mídia, na imprensa e na conversa no dia a dia com os cidadãos catarinenses, para uma das mais acirradas eleições do processo democrático brasileiro.
O que nos entristece, principalmente nesse segundo turno, é a ausência de propostas sólidas para o futuro desta nação. Temos acompanhado os debates e comentários na rádio e televisão sempre que possível, assim como temos discutido com amigos e, inclusive, no plenário e na nossa bancada, e sentimos de fato essa ausência de uma proposta mais sólida no que diz respeito aos eixos temáticos que de fato valem a pena serem debatidos neste país, desde educação, saúde, infraestrutura, questão da drogadição e falta de um planejamento.
Dizia o escritor alemão Goethe "tudo depende do plano", e isso tem faltado. E temo-nos ressentido disso neste país.
Quando acompanhamos os debates entre aqueles que são fervorosos defensores da presidente Dilma e aqueles que querem a mudança, através do Aécio Neves, percebemos que hoje o Brasil está dividido na verdade em grandes duas torcidas de futebol, muito menos em torno de ideias e muito mais em torno de pessoas. E, infelizmente, quando o debate sai do mundo das ideias e entra para as questões pessoais, o que vimos é isso que aí está estampado nos jornais, nos debates. Esperamos que o último debate que teremos possa trazer um pouquinho mais de seriedade e de perspectiva para o futuro deste país.
Eu me lembro de uma frase do escritor russo Leon Tolstói. Ele dizia que quando não existe grandeza, quando a simplicidade e a verdade estão ausentes... Não há dúvida, basta conversar com qualquer cidadão brasileiro que tenha acompanhado o mínimo possível os debates, nesses últimos 15, 20 dias, e o que vimos é que faltou muita simplicidade e muitas verdades. E se não há simplicidade, se não há verdade, não há grandeza. Mesmo assim fico com o adágio popular de que é muito melhor investir na esperança, porque esperança rende mais, do que apostar na omissão.
Por isso, enquanto membro deste Parlamento, enquanto cidadão brasileiro, não poderia ser diferente a nossa missão aqui de conclamar a todos catarinenses que nos acompanham para que de fato estejam nas urnas no próximo domingo, demonstrando a sua opção, seja ela pela continuidade, seja ela por uma nova proposta de governo. Mas precisamos ir às urnas e que de fato Deus possa nos luminar nessa difícil e árdua decisão por um país mais justo, mais fraterno, por um país que de fato possa galgar status de um país efetivamente desenvolvido, com justiça social, mas sem perder a perspectiva do desenvolvimento econômico.
É isso que desejamos, é para isso que queremos contribuir nesta Casa. Esperamos que, a partir da próxima segunda-feira, esquecidas as questões partidárias, eleitorais, possamos de fato trabalhar, todos juntos, na construção de um Brasil que honre a sua história, mais do que isso, que possa garantir uma nova página às futuras gerações. É o que esperamos, é o que desejamos. Faço isso em nome da Bancada do PSD, que represento nesta manhã.
Obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)