Pronunciamento
Ismael dos Santos - 096ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 25/10/2011
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Sr. presidente e srs. deputados, gostaria, inicialmente, de fazer uma rápida menção à audiência pública da qual participamos na última quarta-feira, na Câmara Municipal de Palhoça, com a presença de vários vereadores e representantes das comunidades terapêuticas que atendem à Grande Florianópolis.
Foi um debate bastante exaustivo, de duas horas e meia, que contou com a presença, inclusive, do deputado Sargento Amauri Soares. Na oportunidade discutimos alguns critérios para que de fato as comunidades terapêuticas possam desempenhar a sua atividade com absoluta tranquilidade e serenidade no que diz respeito às questões ligadas à Anvisa, às secretarias municipais de Saúde e também aos critérios que estamos trabalhando em parceria com a Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas, visando a um possível convênio com o governo do estado, a partir de janeiro de 2012.
Por falar em audiência pública, quero registrar o convite da Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas, a qual coordenamos nesta Casa, para um encontro que se realizará no próximo mês, mais especificamente no dia 19 de novembro, a partir das 15h - um sábado à tarde, deputado Mauro de Nadal, pois deputado também trabalha no sábado. Assim, estaremos aqui no sábado à tarde, a partir das 15h, reunindo todas as comunidades terapêuticas do estado.
Fica aqui o nosso convite àquelas pessoas que, de uma forma ou de outra, estão ligadas ao trabalho de reabilitação de dependentes químicos. Nesse dia prestaremos contas das audiências públicas que realizamos no estado, com o relatório oficial que vamos legar à comunidade catarinense, e também já fechando uma perspectiva para as proposições relativas a esse possível convênio do governo do estado com as comunidades terapêuticas a partir de 2012.
Eu gostaria apenas, ainda falando dessa questão da Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas, de dizer que me chamou a atenção a reportagem da revista Veja desta semana, que traz nas suas páginas amarelas uma importante entrevista com Neil Young, que é um músico canadense ídolo pop de muitas gerações. E duas ou três perguntas de fato são extremamente atuais e reflexivas. O jornalista da revista Veja indagou ao cantor canadense o seguinte:
(Passa a ler.)
"[...]
A ideia de que as drogas ajudam o sujeito a ser mais criativo tem algum fundo de realidade?" Responde o cantor: "Pela minha experiência, a pessoa pode até produzir algumas coisas diferentes sob efeito de drogas. Diferentes. Não necessariamente melhores do que ela produziria sem nenhuma droga correndo pelo seu sistema. Criar sob o efeito de drogas exaure o artista. Ele fica tão desgastado física e mentalmente que passa dias sem produzir mais nada. Então o resultado final é negativo, pois a pessoa perde muito tempo por causa do barato químico e seus efeitos danosos sobre a saúde."
Diz ainda o astro da música pop canadense na pergunta que lhe foi feita:
(Continua lendo.)
"É difícil para um jovem entender isso e recusar drogas?"
"Essas lições são, em geral, aprendidas da maneira dolorosa, pelo sofrimento inevitável. Se quiserem ouvir um conselho meu, lá vai: sem drogas é tudo melhor. Melhor e mais barato. A pessoa se expressa do jeito que ela é de verdade e isso torna a mensagem dela mais poderosa.[...]"
E, finalmente, uma última pergunta do jornalista:
"O que é necessário fazer para se apresentar como artista de forma maravilhosa sem o efeito das drogas?" E ele responde: "Como eu disse, tomar drogas é fazer uma aposta com a própria vida. Sugiro olhar as alternativas, pensar grande, sair fora, ser criativo todos os dias, a qualquer hora, e não ficar alucinado por alguns momentos e depois ficar prostrado durante horas ou dias."[sic]
Eu sugiro aos telespectadores, aos nossos amigos que nos acompanham pela Rádio Alesc Digital, aos nossos deputados, que deem uma olhadinha nas páginas amarelas da revista Veja desta semana e leiam essa belíssima entrevista com esse astro da música popular, que traz a sua própria experiência sobre as drogas fazendo um reconhecimento de que não vale a pena apostar nesse jogo perigoso.
O Sr. Deputado Darci De Matos - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Pois não!
O Sr. Deputado Darci de Matos - Deputado Ismael dos Santos, estou acompanhando a sua brilhante exposição sobre esse pop star canadense, que deu uma entrevista magnífica à Veja falando desse mundo praticamente sem volta, o mundo das drogas, dando a sua contribuição, colocando a sua experiência durante anos.
Deputado Ismael dos Santos, sei que a sua vida está intimamente ligada a essa questão das drogas porque v.exa. mantém um centro de recuperação de dependentes químicos em Blumenau. A minha família também tem um envolvimento direto porque minha esposa trabalha no projeto Porto Seguro, tirando moradores da rua, encaminhando-os, enfim, tentando dar-lhes dignidade.
Eu, que também lancei um livro sobre esse assunto, e v.exa., que preside a Frente Parlamentar de Prevenção e Combate às Drogas e faz, inclusive, um trabalho magnífico em Santa Catarina, sabemos que esse assunto é da maior importância. As drogas são o mal deste século. As drogas são uma droga, precisamos fazer a prevenção, que é fundamental. Precisamos trabalhar, desejamos construir uma juventude sadia longe das drogas.
Então, quero parabenizar v.exa. pelo seu pronunciamento e dizer que vamos vencer essa guerra, mas precisamos da ajuda de cada dos catarinenses em todos os sentidos, em todos os aspectos, porque queremos construir uma juventude sadia, feliz e provar que é possível, sim, alcançar a felicidade longe das drogas.
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Obrigado, deputado Darci de Matos, quero parabenizá-lo também pelo lançamento do seu livro sobre essa temática, especialmente nas escolas da cidade de Joinville. Continuamos com esse trabalho na Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas buscando, de fato, alertar a sociedade e de uma forma ou de outra resgatar a dignidade, especialmente dos nossos jovens.
Tivemos também participando, na semana passada, de uma audiência importantíssima nesta Casa sobre o tabagismo, que é outra temática sobre a qual precisamos também estar atentos, alertas. Mas fiz questão de ocupar a tribuna nesta tarde, inclusive em nome da nossa agremiação partidária, o PSD, para destacar essa importantíssima entrevista, esse depoimento do pop star Neil Young, esse músico canadense. E repriso aqui mais uma vez a frase que é destacada em negrito pela revista Veja, quando diz o cantor: "Se quiserem ouvir um conselho meu, lá vai. Sem drogas é tudo melhor e mais barato".
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Foi um debate bastante exaustivo, de duas horas e meia, que contou com a presença, inclusive, do deputado Sargento Amauri Soares. Na oportunidade discutimos alguns critérios para que de fato as comunidades terapêuticas possam desempenhar a sua atividade com absoluta tranquilidade e serenidade no que diz respeito às questões ligadas à Anvisa, às secretarias municipais de Saúde e também aos critérios que estamos trabalhando em parceria com a Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas, visando a um possível convênio com o governo do estado, a partir de janeiro de 2012.
Por falar em audiência pública, quero registrar o convite da Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas, a qual coordenamos nesta Casa, para um encontro que se realizará no próximo mês, mais especificamente no dia 19 de novembro, a partir das 15h - um sábado à tarde, deputado Mauro de Nadal, pois deputado também trabalha no sábado. Assim, estaremos aqui no sábado à tarde, a partir das 15h, reunindo todas as comunidades terapêuticas do estado.
Fica aqui o nosso convite àquelas pessoas que, de uma forma ou de outra, estão ligadas ao trabalho de reabilitação de dependentes químicos. Nesse dia prestaremos contas das audiências públicas que realizamos no estado, com o relatório oficial que vamos legar à comunidade catarinense, e também já fechando uma perspectiva para as proposições relativas a esse possível convênio do governo do estado com as comunidades terapêuticas a partir de 2012.
Eu gostaria apenas, ainda falando dessa questão da Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas, de dizer que me chamou a atenção a reportagem da revista Veja desta semana, que traz nas suas páginas amarelas uma importante entrevista com Neil Young, que é um músico canadense ídolo pop de muitas gerações. E duas ou três perguntas de fato são extremamente atuais e reflexivas. O jornalista da revista Veja indagou ao cantor canadense o seguinte:
(Passa a ler.)
"[...]
A ideia de que as drogas ajudam o sujeito a ser mais criativo tem algum fundo de realidade?" Responde o cantor: "Pela minha experiência, a pessoa pode até produzir algumas coisas diferentes sob efeito de drogas. Diferentes. Não necessariamente melhores do que ela produziria sem nenhuma droga correndo pelo seu sistema. Criar sob o efeito de drogas exaure o artista. Ele fica tão desgastado física e mentalmente que passa dias sem produzir mais nada. Então o resultado final é negativo, pois a pessoa perde muito tempo por causa do barato químico e seus efeitos danosos sobre a saúde."
Diz ainda o astro da música pop canadense na pergunta que lhe foi feita:
(Continua lendo.)
"É difícil para um jovem entender isso e recusar drogas?"
"Essas lições são, em geral, aprendidas da maneira dolorosa, pelo sofrimento inevitável. Se quiserem ouvir um conselho meu, lá vai: sem drogas é tudo melhor. Melhor e mais barato. A pessoa se expressa do jeito que ela é de verdade e isso torna a mensagem dela mais poderosa.[...]"
E, finalmente, uma última pergunta do jornalista:
"O que é necessário fazer para se apresentar como artista de forma maravilhosa sem o efeito das drogas?" E ele responde: "Como eu disse, tomar drogas é fazer uma aposta com a própria vida. Sugiro olhar as alternativas, pensar grande, sair fora, ser criativo todos os dias, a qualquer hora, e não ficar alucinado por alguns momentos e depois ficar prostrado durante horas ou dias."[sic]
Eu sugiro aos telespectadores, aos nossos amigos que nos acompanham pela Rádio Alesc Digital, aos nossos deputados, que deem uma olhadinha nas páginas amarelas da revista Veja desta semana e leiam essa belíssima entrevista com esse astro da música popular, que traz a sua própria experiência sobre as drogas fazendo um reconhecimento de que não vale a pena apostar nesse jogo perigoso.
O Sr. Deputado Darci De Matos - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Pois não!
O Sr. Deputado Darci de Matos - Deputado Ismael dos Santos, estou acompanhando a sua brilhante exposição sobre esse pop star canadense, que deu uma entrevista magnífica à Veja falando desse mundo praticamente sem volta, o mundo das drogas, dando a sua contribuição, colocando a sua experiência durante anos.
Deputado Ismael dos Santos, sei que a sua vida está intimamente ligada a essa questão das drogas porque v.exa. mantém um centro de recuperação de dependentes químicos em Blumenau. A minha família também tem um envolvimento direto porque minha esposa trabalha no projeto Porto Seguro, tirando moradores da rua, encaminhando-os, enfim, tentando dar-lhes dignidade.
Eu, que também lancei um livro sobre esse assunto, e v.exa., que preside a Frente Parlamentar de Prevenção e Combate às Drogas e faz, inclusive, um trabalho magnífico em Santa Catarina, sabemos que esse assunto é da maior importância. As drogas são o mal deste século. As drogas são uma droga, precisamos fazer a prevenção, que é fundamental. Precisamos trabalhar, desejamos construir uma juventude sadia longe das drogas.
Então, quero parabenizar v.exa. pelo seu pronunciamento e dizer que vamos vencer essa guerra, mas precisamos da ajuda de cada dos catarinenses em todos os sentidos, em todos os aspectos, porque queremos construir uma juventude sadia, feliz e provar que é possível, sim, alcançar a felicidade longe das drogas.
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Obrigado, deputado Darci de Matos, quero parabenizá-lo também pelo lançamento do seu livro sobre essa temática, especialmente nas escolas da cidade de Joinville. Continuamos com esse trabalho na Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas buscando, de fato, alertar a sociedade e de uma forma ou de outra resgatar a dignidade, especialmente dos nossos jovens.
Tivemos também participando, na semana passada, de uma audiência importantíssima nesta Casa sobre o tabagismo, que é outra temática sobre a qual precisamos também estar atentos, alertas. Mas fiz questão de ocupar a tribuna nesta tarde, inclusive em nome da nossa agremiação partidária, o PSD, para destacar essa importantíssima entrevista, esse depoimento do pop star Neil Young, esse músico canadense. E repriso aqui mais uma vez a frase que é destacada em negrito pela revista Veja, quando diz o cantor: "Se quiserem ouvir um conselho meu, lá vai. Sem drogas é tudo melhor e mais barato".
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)