Pronunciamento

Ismael dos Santos - 097ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 29/10/2014
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Sr. presidente, srs. deputados e sras. deputadas, ontem já tive a oportunidade de fazer as minhas considerações, deputado Volnei Morastoni, sobre as eleições, mas gostaria, inicialmente, de lamentar a sua ausência nesta Casa nos próximos quatro anos.
V.Exa. vai fazer falta pela sua capacidade, competência, em especial, na comissão de Saúde e sempre também muito linkado com as nossas ideias no campo por uma Santa Catarina sem drogas, mas tenho certeza de que o destino a de colocá-lo em cargos importantes neste estado, neste país. Sucesso na sua caminhada!
Apenas dizendo, deputado, hoje é o dia Nacional do Livro, deputada Luciane Carminatti, v.exa. que vem da área da Pedagogia, e quero aproveitar aqui o trocadilho, deputado Volnei Morastoni, deputada Luciane Carminatti, para dizer que talvez seja hoje um excelente dia para nós abrirmos alguns livros e fecharmos outros, e um livro que precisa ser fechado, sem dúvida alguma, é o dicionário separatista.
Esse livro tem que ser fechado para que possamos buscar um pacto pela harmonia social, para que de fato a presidente Dilma Rousseff possa atuar nessa complexa missão, inclusive como engenheira, na construção de pontes, aplainando terrenos esburacados pelas mídias sociais, redes sociais abrindo canais na área política, social e institucional, mas esse é um livro que precisamos fechar.
E eu faço a minha homenagem, aproveitando aqui essa linha de raciocínio, a todos os nossos escritores, editoras, pois Santa Catarina tem sido pioneira em algumas áreas, principalmente na área de literatura infantojuvenil, que tem um mercado editorial bastante pujante. Quero parabenizar as editoras catarinenses, inclusive por temas que circulam no mercado nacional da literatura, e é claro, também, cada leitor que investe em boas leituras. Nós sabemos que há livros dos mais diferentes sabores. E como dizia Mário Quintana:" Há dois tipos de livros, uns que rapidamente se esgotam e outros que esgotam aos leitores." Mas nós ficamos com os primeiros que, rapidamente se esgotam, porque têm conteúdo.
Eu lembro que há mais de 20 anos tive a oportunidade de conhecer a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, e quem me conduzia para uma pesquisa lá, na época, dizia que a casa continha mais de nove milhões de livros. É uma das maiores bibliotecas do mundo, que foi fundada, de fato, em 1860. Na ocasião, tive a oportunidade de ver livros publicados naquela época, por causa da fundação dessa biblioteca, em 29 de outubro de 1960. É por isso que festejamos hoje o Dia Nacional do Livro. E concluo essa menção com as palavras sempre perenes de Monteiro Lobato: "Um país se faz com homens e livros." Parabéns aos escritores, às editoras e aos leitores, que todos os dias aumentam neste país.
Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, eu acompanhava de perto, na condição de presidente da comissão de Combate e Prevenção às Drogas, os dados da Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina de 2007 a 2013 sobre a questão da inflação por embriagues nas estradas federais. Infelizmente, em 2007, quando houve a aprovação que tornou mais rígida a proibição do consumo de álcool associado à direção, tivemos nas estradas federais de Santa Catarina 1.094 infrações por embriagues. E agora em 2013 pulamos para 3.026. Aí podemos ter duas hermenêuticas, duas interpretações: de fato aumentou o consumo ou aumentou a fiscalização? Ou até quem sabe ambas as coisas. Mas lamentamos que de 2007 para 2013 tenhamos pulado, de forma tão acentuada, de 1.094 para 3.026 infrações por embriagues nas estradas federais, sem contar as estaduais e os perímetros urbanos de Santa Catarina.
O Conatran pensa em reafirmar e inclusive repensar o valor de certas multas, como por exemplo, dirigir no acostamento, ultrapassagens forçadas. Enfim, acho que são decisões positivas, mas acho que temos que avançar mais ainda. Eu já disse em outras ocasiões que talvez nós tenhamos que chegar ao nível da Itália.
Na Itália, o indivíduo que é pego dirigindo embriagado, tem o carro apreendido. Não importa se o carro é da pessoa ou não, ele perde o carro. E aí vale o velho refrão: Se beber, não dirija. Acho que chegaremos nesse nível ainda no Brasil, pois no ano passado houve 40 mil mortes nas estradas brasileiras, mais do que na guerra do Iraque. E sabemos que boa parte dos acidentes ocorreu infelizmente por causa de motoristas irresponsáveis que dirigem embriagados. Portanto, fica o alerta dessa triste estimativa das estradas federais de Santa Catarina. De qualquer maneira, parabéns à Polícia Federal.
Ontem ainda ouvi o depoimento do coordenador da Polícia Federal em Santa Catarina, enaltecendo inclusive a presença dos policiais da guarda nacional no estado, que deu certa segurança à Santa Catarina, principalmente nos postos rodoviários. Isso é importante. É claro que continuaremos clamando também por policiais rodoviários estaduais, mas é interessante o aumento do efetivo de policiais rodoviários federais. Segundo a PRF precisaríamos de mais de uma centena de policiais rodoviários federais para dar mais segurança aos catarinenses nas estradas que cortam nosso território.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)