Pronunciamento
Ismael dos Santos - 100ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 08/11/2011
O SR. DEPUTADO ISMAEL DOS SANTOS - Sr. presidente e srs. deputados, quero, inicialmente, cumprimentar os trabalhadores portuários, desejar que as negociações sejam bem sucedidas.
Temos acompanhado de perto há muito tempo a questão do porto de Itajaí. Inclusive tive a oportunidade, no início deste ano, de participar de uma banca de defesa de mestrado da Univali, em que se discutia a importância do porto de Itajaí para a economia daquele município, e de fato se confunde a economia de Itajaí com a economia do porto.
Não há dúvida, deputado Volnei Morastoni, da importância econômica para Itajaí e para o vale, como para todo o estado de Santa Catarina.
Nossos votos para que de fato os nossos trabalhadores portuários possam ser devidamente contemplados nessa negociação.
Eu faço também o registro, nesta tarde, dos 114 anos de colonização da cidade de Ibirama.
Estivemos, no último sábado, participando da formatura de 11 formandos do Corpo de Bombeiros voluntários daquele município. E quero aqui, cumprimentando o prefeito Duílio Gehrke, cumprimentar todos os munícipes de Ibirama, pelos 114 anos de colonização, a antiga Hamônia, que com a chegada dos imigrantes ali, encontrando os índios, que chamavam aquela terra de Ibirama, que quer dizer terra da fartura, de fato se tornou um celeiro, deputado Jailson Lima, para todo o vale e alto vale do Itajaí.
Nossos parabéns aos munícipes de Ibirama pelos 114 anos de colonização daquele município.
A imprensa noticiou, ontem, mais uma vez, a questão das drogas em Santa Catarina. Foram manchetes nos principais jornais, como este que trago em mãos: "Drogas atingem 86% das cidades catarinenses".
Nós temos quase que semanalmente ocupado esta tribuna para falar desse tema, sobretudo pela nossa experiência na área como fundador de uma casa para dependentes químicos na cidade de Blumenau há mais de 18 anos, e agora como presidente da Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas, e nos chamaram a atenção esses dados que foram pesquisados e trazidos à imprensa, deputado Jorge Teixeira, pela Confederação Nacional dos Municípios do Brasil.
É interessante lembrar, segundo a pesquisa, que as drogas atinge oito, em cada dez municípios catarinenses, o equivalente a 86,9%. É claro que o vício mais frequente, a droga do momento, é o crack, deputado Manoel Mota, que nos tem acompanhado na Frente Parlamentar.
A Confederação Nacional dos Municípios retrata essa pesquisa de que apenas 66 cidades, dos 293 municípios, contam com conselhos municipais antidrogas, sendo que alguns com centros de referência especializada e assistência social, e verificando os dados, as estatísticas dessa pesquisa que foi divulgada ontem em nível nacional e também em Santa Catarina, chamam-me a atenção alguns números que rapidamente compartilho nesta tarde.
Uma das perguntas feitas nessa pesquisa seria se o município enfrentava o problema com a circulação de drogas e 13,4 responderam que não, 0,6% acabou não respondendo e 86% disseram que sim, sendo que os principais problemas seriam 7,5% do crack, de outras drogas 22,3% e de ambos 68,3%.
Outra pergunta é se o município enfrenta o problema com consumo de drogas.
Em nível de Brasil, foi mencionado, e acho que é o elemento preocupante dessa pesquisa, de que em 86% dos municípios envolvidos com o crack ou que têm consumo de crack ocorreu uma substituição - esse dado é preocupante - ou seja, do álcool pelo crack. É uma substituição extremamente perigosa. E, conforme os parâmetros estabelecidos pela própria ONU, chegamos à conclusão, deputado Volnei Morastoni, de que há hoje em Santa Catarina 50 mil usuários de crack. É um número alarmante, se levarmos em consideração as possibilidades de internamento.
Nós queremos aqui enaltecer o trabalho dos CAPs, em especial dos CAPs - AD, que trabalham de forma focada nessa questão de redução de danos, mas não há dúvidas de que há um enorme abismo ainda entre o número de usuários de crack e a possibilidade de internamento em uma comunidade terapêutica.
A pesquisa que temos feito ao longo dos últimos oito meses, em Santa Catarina, leva-nos a fazer uma leitura de um cenário de no máximo 100 comunidades terapêuticas estarem oferecendo três mil vagas. Ora, se temos em tese 50 mil usuários de crack e apenas três mil vagas para internamento, é enorme o desafio.
É exatamente por isso que estaremos, amanhã pela manhã, numa audiência com o sr. governador Raimundo Colombo, para discutirmos uma proposta efetiva de parceria do governo do estado, não somente para fortalecer os CAPs e toda a rede de saúde e de assistência social, como para participar de uma parceria que estamos propondo, através da Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas, com as nossas comunidades terapêuticas.
Eu espero ainda amanhã poder ocupar novamente esta tribuna para trazer boas notícias às nossas comunidades terapêuticas e àqueles que mesmo no anonimato estão nessa labuta, nessa batalha no combate e na prevenção às drogas.
Mais uma vez ratifico o convite a todas as comunidades terapêuticas de Santa Catarina para participarem da audiência que teremos no plenarinho desta Casa, promovida pela Frente Parlamentar, dia 19, a partir das 15h, para discutirmos o relatório final da Frente Parlamentar e também as propostas que serão encaminhadas pelo governo do estado.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Temos acompanhado de perto há muito tempo a questão do porto de Itajaí. Inclusive tive a oportunidade, no início deste ano, de participar de uma banca de defesa de mestrado da Univali, em que se discutia a importância do porto de Itajaí para a economia daquele município, e de fato se confunde a economia de Itajaí com a economia do porto.
Não há dúvida, deputado Volnei Morastoni, da importância econômica para Itajaí e para o vale, como para todo o estado de Santa Catarina.
Nossos votos para que de fato os nossos trabalhadores portuários possam ser devidamente contemplados nessa negociação.
Eu faço também o registro, nesta tarde, dos 114 anos de colonização da cidade de Ibirama.
Estivemos, no último sábado, participando da formatura de 11 formandos do Corpo de Bombeiros voluntários daquele município. E quero aqui, cumprimentando o prefeito Duílio Gehrke, cumprimentar todos os munícipes de Ibirama, pelos 114 anos de colonização, a antiga Hamônia, que com a chegada dos imigrantes ali, encontrando os índios, que chamavam aquela terra de Ibirama, que quer dizer terra da fartura, de fato se tornou um celeiro, deputado Jailson Lima, para todo o vale e alto vale do Itajaí.
Nossos parabéns aos munícipes de Ibirama pelos 114 anos de colonização daquele município.
A imprensa noticiou, ontem, mais uma vez, a questão das drogas em Santa Catarina. Foram manchetes nos principais jornais, como este que trago em mãos: "Drogas atingem 86% das cidades catarinenses".
Nós temos quase que semanalmente ocupado esta tribuna para falar desse tema, sobretudo pela nossa experiência na área como fundador de uma casa para dependentes químicos na cidade de Blumenau há mais de 18 anos, e agora como presidente da Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas, e nos chamaram a atenção esses dados que foram pesquisados e trazidos à imprensa, deputado Jorge Teixeira, pela Confederação Nacional dos Municípios do Brasil.
É interessante lembrar, segundo a pesquisa, que as drogas atinge oito, em cada dez municípios catarinenses, o equivalente a 86,9%. É claro que o vício mais frequente, a droga do momento, é o crack, deputado Manoel Mota, que nos tem acompanhado na Frente Parlamentar.
A Confederação Nacional dos Municípios retrata essa pesquisa de que apenas 66 cidades, dos 293 municípios, contam com conselhos municipais antidrogas, sendo que alguns com centros de referência especializada e assistência social, e verificando os dados, as estatísticas dessa pesquisa que foi divulgada ontem em nível nacional e também em Santa Catarina, chamam-me a atenção alguns números que rapidamente compartilho nesta tarde.
Uma das perguntas feitas nessa pesquisa seria se o município enfrentava o problema com a circulação de drogas e 13,4 responderam que não, 0,6% acabou não respondendo e 86% disseram que sim, sendo que os principais problemas seriam 7,5% do crack, de outras drogas 22,3% e de ambos 68,3%.
Outra pergunta é se o município enfrenta o problema com consumo de drogas.
Em nível de Brasil, foi mencionado, e acho que é o elemento preocupante dessa pesquisa, de que em 86% dos municípios envolvidos com o crack ou que têm consumo de crack ocorreu uma substituição - esse dado é preocupante - ou seja, do álcool pelo crack. É uma substituição extremamente perigosa. E, conforme os parâmetros estabelecidos pela própria ONU, chegamos à conclusão, deputado Volnei Morastoni, de que há hoje em Santa Catarina 50 mil usuários de crack. É um número alarmante, se levarmos em consideração as possibilidades de internamento.
Nós queremos aqui enaltecer o trabalho dos CAPs, em especial dos CAPs - AD, que trabalham de forma focada nessa questão de redução de danos, mas não há dúvidas de que há um enorme abismo ainda entre o número de usuários de crack e a possibilidade de internamento em uma comunidade terapêutica.
A pesquisa que temos feito ao longo dos últimos oito meses, em Santa Catarina, leva-nos a fazer uma leitura de um cenário de no máximo 100 comunidades terapêuticas estarem oferecendo três mil vagas. Ora, se temos em tese 50 mil usuários de crack e apenas três mil vagas para internamento, é enorme o desafio.
É exatamente por isso que estaremos, amanhã pela manhã, numa audiência com o sr. governador Raimundo Colombo, para discutirmos uma proposta efetiva de parceria do governo do estado, não somente para fortalecer os CAPs e toda a rede de saúde e de assistência social, como para participar de uma parceria que estamos propondo, através da Frente Parlamentar de Combate e Prevenção às Drogas, com as nossas comunidades terapêuticas.
Eu espero ainda amanhã poder ocupar novamente esta tribuna para trazer boas notícias às nossas comunidades terapêuticas e àqueles que mesmo no anonimato estão nessa labuta, nessa batalha no combate e na prevenção às drogas.
Mais uma vez ratifico o convite a todas as comunidades terapêuticas de Santa Catarina para participarem da audiência que teremos no plenarinho desta Casa, promovida pela Frente Parlamentar, dia 19, a partir das 15h, para discutirmos o relatório final da Frente Parlamentar e também as propostas que serão encaminhadas pelo governo do estado.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)