Pronunciamento
Dirceu Dresch - 090ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 14/10/2014
O SR. DEPUTADO DIRCEU DRESCH - Gostaria de saudar o sr. presidente, os nossos colegas deputados e as sras. deputadas, todos que nos acompanham nesta tarde e aqueles que nos visitam.
Não poderia deixar de vir a esta tribuna, pois amanhã será um dia especial. Falo aqui, em nome da nossa bancada, do grande momento que teremos amanhã em Chapecó, que é a assinatura da ordem de serviço do projeto técnico da nossa ferrovia. Um sonho que parecia muito distante ainda, mas que, felizmente, já estamos com o projeto técnico licitado e amanhã será dada a ordem do serviço e temos 22 meses, segundo a licitação, para a empresa vencedora fazer o levantamento todo e deixar pronto o projeto técnico para contratar a obra.
Então, vamos acompanhar isso muito de perto e eu, como presidente da Frente Parlamentar, sinto-me muito honrado e satisfeito de estar aqui, nesta tribuna, hoje, falando deste extraordinário tema para Santa Catarina.
Assim, inclusive, vou usar aqui um texto sobre esse assunto.
(Passa a ler.)
"Amanhã será um dia histórico para Santa Catarina. Com a presença do ministro dos Transportes, Sérgio Passos, e da ministra do Planejamento, Mirian Belchior, será assinado, em Chapecó, o contrato e a ordem de serviço dos estudos técnicos da Ferrovia da Integração, corredor ferroviário que vai ligar o oeste catarinense aos portos do litoral.
O edital de concorrência havia fixado como valor de referência R$ 68,7 milhões e o consórcio vencedor, que é liderado pela empresa catarinense Prosul, apresentou proposta 32% menor, fechada em R$ 46,5 milhões. O consórcio terá 22 meses para executar o serviço que inclui Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental, o levantamento aerofotométrico e o projeto básico de engenharia.
Estamos dando o primeiro passo para a concretização de uma grande obra, que será em breve a mais importante para Santa Catarina. Começamos a tirar a Ferrovia da Integração do plano imaginário para a realidade. Serão 860km de ferrovia que vão colocar Santa Catarina, o oeste catarinense, no trilho do desenvolvimento.
A definição da empresa que fará o projeto da ferrovia é de que essa obra é o resultado da união de forças do setor político e produtivo. Mostra que a obra é prioridade para o governo federal.
A Ferrovia da Integração, o transporte ferroviário, é essencial para garantir eficácia logística ao estado de Santa Catarina, pois irá aproximar as zonas de produção agrícola dos centros consumidores e dos portos catarinenses, reduzindo custos de produção, por meio de uma via de transporte mais segura e mais sustentável.
A Ferrovia da Integração vem na esteira de outras obras do governo federal que estão ressuscitando o transporte ferroviário no Brasil. A mais importante delas é a Ferrovia Norte-Sul, que será a coluna vertebral da integração ferroviária do país.
Com mais de 4.000km de extensão a ferrovia cortará os estados do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ligará zonas produtoras de grãos com as regiões produtoras de proteína animal. Garantirá o escoamento da produção pelos portos diminuindo custos e aumentando a eficiência logística do país.
Parte dessa ferrovia já é realidade. O trecho de 1.600km entre Maranhão e Goiás já está concluído. O trecho de 855km entre Palmas, no Tocantins, e Anápolis, em Goiás, entrou em funcionamento no último mês e o trecho de Goiás até São Paulo segue em construção.
Enquanto isso, o trecho entre Panorama, em São Paulo e o Porto do Rio Grande, no rio Grande do Sul, segue em estudo.
O plano de expansão da malha ferroviária pelo governo federal, somando o PAC e o Plano de Investimento em Logística, permitirá a ampliação da malha ferroviária em mais de 15.000km, dobrando a malha existente hoje, que é de 28.700km.
Somos hoje o maior canteiro de obras do mundo, com investimentos vultosos não apenas em ferrovias, mas em portos, aeroportos e hidrovias. Obras que se integram e que vão garantir eficiência logística para o Brasil. O governo do PT está tirando o país do atraso e do sucateamento imposto pelo governo do PSDB.
Muita gente não sabe a grandiosidade e a complexidade das obras que estão sendo construídas pelo governo da presidente Dilma Rousseff.
Construímos a segunda maior ponte fluvial do mundo e a maior ponte estaiada do Brasil, com 3,6km de extensão, que conecta Manaus ao município de Iranduba. O concreto e o aço utilizados na obra seriam suficientes para construir três estádios do Maracanã.
Além da Ferrovia Norte-Sul, o governo está construindo também a Ferrovia Transnordestina. Com 1.700km, ela se integrará a Ferrovia Norte-Sul, ligando o Porto de Pacém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco.
Estamos fazendo a transposição do Rio São Francisco, investimentos na reforma e ampliação de 13 aeroportos. Estamos construindo a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, com torres de transmissão de energia com 300m de altura em plena Amazônia.
O governo do PT já entregou 2.75 milhões de moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida e fez uma revolução silenciosa na educação. Construiu 18 novas universidades, entre elas a nossa Universidade Federal da Fronteira Sul, com sede em Chapecó, e a construção de 200 novas escolas técnicas, entre elas a unidade do IFSC de São Carlos, no oeste catarinense.
Aqui em Santa Catarina o governo está dando início à duplicação das BRs 470 e 280. Está concluindo a duplicação da BR-101 sul, com a construção das últimas obras de grande porte, que são os túneis e a ponte estaiada de Laguna, que é uma obra prima de engenharia e se transformará no novo cartão postal do nosso estado."
De fato, muita gente no Brasil não sabe que estamos realizando obras e ações desse porte. Por isso, é extremamente importante colocarmos o nosso estado e o nosso país numa nova perspectiva e darmos conta da questão estrutural em nosso desenvolvimento.
E quero terminar respondendo aos nossos caminhoneiros, deputado Sargento Amauri Soares, que nos questionam: "E aí com as ferrovias os caminhões, os empregados e os motoristas vão ficar desempregados?" Não! As experiências que vemos mundo afora e as experiências que temos visto no Brasil com esse crescimento econômico, com essa distribuição de renda, depois da construção das ferrovias os caminhoneiros vão ter muito serviço e terá que ser ampliado muito mais o número de caminhões e caminhoneiros em nosso país para fazer os curtos trajetos, alimentarem os trens e continuar alimentando a perspectiva de crescimento que o nosso país vai ter nos próximos anos.
Então, os caminhoneiros podem ficar muito tranquilos, pois terão muito trabalho, muito serviço devido à perspectiva do desenvolvimento do nosso Brasil. É o que sempre estamos dizendo: o Brasil se coloca, de fato, na perspectiva de um país que tem as mesmas condições de competir, em termos de estrutura, com muitos países desenvolvidos do mundo...
(Discurso interrompido por término do horário regimental.)
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Não poderia deixar de vir a esta tribuna, pois amanhã será um dia especial. Falo aqui, em nome da nossa bancada, do grande momento que teremos amanhã em Chapecó, que é a assinatura da ordem de serviço do projeto técnico da nossa ferrovia. Um sonho que parecia muito distante ainda, mas que, felizmente, já estamos com o projeto técnico licitado e amanhã será dada a ordem do serviço e temos 22 meses, segundo a licitação, para a empresa vencedora fazer o levantamento todo e deixar pronto o projeto técnico para contratar a obra.
Então, vamos acompanhar isso muito de perto e eu, como presidente da Frente Parlamentar, sinto-me muito honrado e satisfeito de estar aqui, nesta tribuna, hoje, falando deste extraordinário tema para Santa Catarina.
Assim, inclusive, vou usar aqui um texto sobre esse assunto.
(Passa a ler.)
"Amanhã será um dia histórico para Santa Catarina. Com a presença do ministro dos Transportes, Sérgio Passos, e da ministra do Planejamento, Mirian Belchior, será assinado, em Chapecó, o contrato e a ordem de serviço dos estudos técnicos da Ferrovia da Integração, corredor ferroviário que vai ligar o oeste catarinense aos portos do litoral.
O edital de concorrência havia fixado como valor de referência R$ 68,7 milhões e o consórcio vencedor, que é liderado pela empresa catarinense Prosul, apresentou proposta 32% menor, fechada em R$ 46,5 milhões. O consórcio terá 22 meses para executar o serviço que inclui Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental, o levantamento aerofotométrico e o projeto básico de engenharia.
Estamos dando o primeiro passo para a concretização de uma grande obra, que será em breve a mais importante para Santa Catarina. Começamos a tirar a Ferrovia da Integração do plano imaginário para a realidade. Serão 860km de ferrovia que vão colocar Santa Catarina, o oeste catarinense, no trilho do desenvolvimento.
A definição da empresa que fará o projeto da ferrovia é de que essa obra é o resultado da união de forças do setor político e produtivo. Mostra que a obra é prioridade para o governo federal.
A Ferrovia da Integração, o transporte ferroviário, é essencial para garantir eficácia logística ao estado de Santa Catarina, pois irá aproximar as zonas de produção agrícola dos centros consumidores e dos portos catarinenses, reduzindo custos de produção, por meio de uma via de transporte mais segura e mais sustentável.
A Ferrovia da Integração vem na esteira de outras obras do governo federal que estão ressuscitando o transporte ferroviário no Brasil. A mais importante delas é a Ferrovia Norte-Sul, que será a coluna vertebral da integração ferroviária do país.
Com mais de 4.000km de extensão a ferrovia cortará os estados do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ligará zonas produtoras de grãos com as regiões produtoras de proteína animal. Garantirá o escoamento da produção pelos portos diminuindo custos e aumentando a eficiência logística do país.
Parte dessa ferrovia já é realidade. O trecho de 1.600km entre Maranhão e Goiás já está concluído. O trecho de 855km entre Palmas, no Tocantins, e Anápolis, em Goiás, entrou em funcionamento no último mês e o trecho de Goiás até São Paulo segue em construção.
Enquanto isso, o trecho entre Panorama, em São Paulo e o Porto do Rio Grande, no rio Grande do Sul, segue em estudo.
O plano de expansão da malha ferroviária pelo governo federal, somando o PAC e o Plano de Investimento em Logística, permitirá a ampliação da malha ferroviária em mais de 15.000km, dobrando a malha existente hoje, que é de 28.700km.
Somos hoje o maior canteiro de obras do mundo, com investimentos vultosos não apenas em ferrovias, mas em portos, aeroportos e hidrovias. Obras que se integram e que vão garantir eficiência logística para o Brasil. O governo do PT está tirando o país do atraso e do sucateamento imposto pelo governo do PSDB.
Muita gente não sabe a grandiosidade e a complexidade das obras que estão sendo construídas pelo governo da presidente Dilma Rousseff.
Construímos a segunda maior ponte fluvial do mundo e a maior ponte estaiada do Brasil, com 3,6km de extensão, que conecta Manaus ao município de Iranduba. O concreto e o aço utilizados na obra seriam suficientes para construir três estádios do Maracanã.
Além da Ferrovia Norte-Sul, o governo está construindo também a Ferrovia Transnordestina. Com 1.700km, ela se integrará a Ferrovia Norte-Sul, ligando o Porto de Pacém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco.
Estamos fazendo a transposição do Rio São Francisco, investimentos na reforma e ampliação de 13 aeroportos. Estamos construindo a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, com torres de transmissão de energia com 300m de altura em plena Amazônia.
O governo do PT já entregou 2.75 milhões de moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida e fez uma revolução silenciosa na educação. Construiu 18 novas universidades, entre elas a nossa Universidade Federal da Fronteira Sul, com sede em Chapecó, e a construção de 200 novas escolas técnicas, entre elas a unidade do IFSC de São Carlos, no oeste catarinense.
Aqui em Santa Catarina o governo está dando início à duplicação das BRs 470 e 280. Está concluindo a duplicação da BR-101 sul, com a construção das últimas obras de grande porte, que são os túneis e a ponte estaiada de Laguna, que é uma obra prima de engenharia e se transformará no novo cartão postal do nosso estado."
De fato, muita gente no Brasil não sabe que estamos realizando obras e ações desse porte. Por isso, é extremamente importante colocarmos o nosso estado e o nosso país numa nova perspectiva e darmos conta da questão estrutural em nosso desenvolvimento.
E quero terminar respondendo aos nossos caminhoneiros, deputado Sargento Amauri Soares, que nos questionam: "E aí com as ferrovias os caminhões, os empregados e os motoristas vão ficar desempregados?" Não! As experiências que vemos mundo afora e as experiências que temos visto no Brasil com esse crescimento econômico, com essa distribuição de renda, depois da construção das ferrovias os caminhoneiros vão ter muito serviço e terá que ser ampliado muito mais o número de caminhões e caminhoneiros em nosso país para fazer os curtos trajetos, alimentarem os trens e continuar alimentando a perspectiva de crescimento que o nosso país vai ter nos próximos anos.
Então, os caminhoneiros podem ficar muito tranquilos, pois terão muito trabalho, muito serviço devido à perspectiva do desenvolvimento do nosso Brasil. É o que sempre estamos dizendo: o Brasil se coloca, de fato, na perspectiva de um país que tem as mesmas condições de competir, em termos de estrutura, com muitos países desenvolvidos do mundo...
(Discurso interrompido por término do horário regimental.)
(SEM REVISÃO DO ORADOR)