Pronunciamento

BRUNO SOUZA - 008ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 20/02/2020
DEPUTADO BRUNO SOUZA (Orador) - Diz que é muito raro ouvir debates, discursos, baseados em fatos e números, pois parece que na política é o que menos importa. Cita uma frase que gosta muito: a primeira regra da economia é a escassez, já a primeira regra da política é ignorar a primeira regra da economia, com as mais diversas reivindicações, e com certeza é o contribuinte que vai pagar a conta, pois só existem duas formas de pagar, ou aumentar impostos ou tirar de áreas essenciais, porque não existe mágica.
Afirma que a Reforma da Previdência era para ser votada facilmente, porque é uma Previdência mais amena que a aprovada no Congresso Federal em novembro. Diz que não há margem para negociar, e qualquer ataque à Reforma vai deixá-la subnutrida, e dentro de dois, três anos precisará de nova negociação, porque ninguém planeja a longo prazo ou discute em cima de números.
Acredita que muitos serão os discursos sobre mérito e sobre justiça, mas pouca gente vai falar sobre números. Vão falar sobre cobrar os grandes devedores, mas esquecendo que dívida é estoque, não é fluxo, esquecendo a matemática financeira. Falarão bobagens que não fazem sentido nenhum, nem da perspectiva atual e nem da perspectiva matemática, tudo isso para defender categorias e continuar mantendo o que existe hoje no Brasil, a desigualdade.
Diz que em algumas categorias as pessoas se aposentam com uma média de 54 anos, mas que a sobrevida, para o catarinense, é de mais 30 anos, ou seja, quem se aposenta na média catarinense com 54 anos, tende a viver até os 84 anos, considerando que tal situação é insustentável.
Assegura que quem quer ajudar fala a verdade, mas quem quer ajudar a si mesmo, fala o que os outros querem ouvir. No seu caso, quer ajudar, por isso fala a verdade. Assim, com esta reforma, a economia, ao longo de 10 anos, será de R$ 900 milhões, o que não será economia, simplesmente não será gasto e não vai voltar para outros fins. Entretanto, só o déficit deste ano 2019 foi de R$ 4,2 bilhões. Afirma que infelizmente faltou coragem a este governo para enviar uma reforma decente que garantisse ao estado um pouco mais de equilíbrio e sustentabilidade ao longo prazo. "É frustrante para quem quer ver uma Santa Catarina sustentável, equilibrada e próspera no futuro." [Taquígrafa: Sara]