Pronunciamento

BRUNO SOUZA - 084ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 31/08/2021
DEPUTADO BRUNO SOUZA (Orador) - Reporta-se à Operação Lava Jato, e fala que o desvio foi enorme, sendo que somente um terceiro escalão, diretor de serviços da Petrobras, aquele que é indicado do indicado, devolveu R$ 100 milhões em espécie. Pontua que o dinheiro abastecia mordomias, como carros de luxo, festas, mansões, e também era usado para destruir os alicerces da democracia. Menciona que a referida operação desmantelou aquele banco que era orquestrado por João Vaccari e Antonio Palocci, desmantelou a corrupção que acontecia no governo petista e que envolvia diversos partidos aliados, e entende que tal operação deveria ser motivo de orgulho para todos os brasileiros no combate à corrupção.
Porém, na data de ontem, membros do Ministério Público Federal, do Estado do Rio Grande do Norte, entraram com ação de danos morais coletivos contra a atuação da Operação Lava Jato. Assim, comenta que o problema não é o desvio de dinheiro perpetrado no governo de Dilma Rousseff e companhia, nem os milhões para pagar as mordomias no período da prisão de Lula da Silva, e diz que o problema de verdade não é a corrupção em si, mas como combater a corrupção. E salienta que o Brasil é um país difícil de explicar lá fora, porque é um país do avesso.
Discorre sobre o desastre que aconteceu na cidade de Florianópolis, especificamente na Lagoa da Conceição, quando a lagoa artificial que recebe efluentes do citado bairro se rompeu e ocorreu alagamento de pistas, perdas de moradias, e 65 pessoas tiveram que deixar suas casas; já se passaram sete meses, e ninguém até o momento sofreu alguma tipo punição, nenhum responsável foi apresentado. Em tempo, elenca um rol de evidências de omissão da Casan, como por exemplo, em 2016 foi assinado um termo de ajuste de conduta, onde a Casan se comprometia a apresentar uma proposta alternativa de local para esse esgoto ser tratado, entretanto, segundo o IMA, nenhuma das alternativas apresentadas se mostrou viável. E ainda, em 2020, para a renovação da licença ambiental de operação foi exigida proposta para uma nova alternativa de destinação dos efluentes do local, pois o rompimento da lagoa artificial era um risco real. Também, comenta que desde 2018 um relatório apresentou proposta de dragagem para remoção da lama do fundo da lagoa que capacitasse a permeabilidade do solo e, somente agora, depois do desastre, a Casan está fazendo a retirada da lama da lagoa artificial. [Taquígrafa: Sílvia]