Pronunciamento

BRUNO SOUZA - 021ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 27/03/2019
DEPUTADO BRUNO SOUZA (Orador) - Registra que, na presente data, acontecerá a primeira reunião da CPI, quando serão apresentados todos os contratos envolvendo a obra da Ponte Hercílio Luz desde 1982. Convida a todos para prestigiarem a reunião.
Também fala sobre o planejamento urbano da cidade de Florianópolis que, infelizmente, tem priorizado decisões que não levam em conta a real necessidade das comunidades. Cita o caso da região próxima ao terminal antigo, que começou a morrer justamente devido ao planejamento excessivo.
Com relação ao Plano Diretor, explica que é impossível fazer algo tão detalhado que possa prever cada decisão de moradia, consumo, hábitos, o ir e vir de cada cidadão, entretanto muitos gestores não entendem isso, e tentam regular tudo, criando zonas mortas, porque são restritivas demais para qualquer iniciativa.
Declara que isto está acontecendo em Florianópolis, onde diversas áreas estão morrendo justamente pelo seu marco regulatório, e informa que tem um projeto seu, na Câmara de Vereadores, para readequar os imóveis antigos ao tempo do Plano Diretor que foram construídos. Assim, os imóveis que hoje estão abandonados terão novos usos para voltar a ter vida.
Ressalta que uma cidade para existir, para ser orgânica, ter vida, precisa ter uso, caso contrário a cidade morre justamente pelo excesso de regulamentação. Entende que os planejamentos devam ser mais genéricos, mais permissivos, no sentido de dar liberdade as pessoas adequarem as suas propriedades, e as comunitárias, ao uso que naturalmente acontece, porque isso vai ser o mais próximo possível daquilo que é o uso mais eficiente, efetivo e conectado com a realidade de cada comunidade. Acrescenta que alguns tipos de tombamento tem um efeito nefasto, pois fica muito difícil oferecer qualquer tipo de serviço, exploração comercial ou habitacional.

Deputada Ada De Luca (Aparteante) - Declara que não consegue entender o que diferencia Florianópolis de outras cidades como Salvador, por exemplo, onde tem a cidade velha e o resto, com os centros históricos preservados como pontos turísticos, mas aqui isso não acontece. Cita que até no exterior é assim, mas aqui estas regiões ficam desprezadas. Adverte que não adianta apenas falarmos das belezas naturais da ilha, é preciso criatividade, até para planejar a quantidade de prédios por região, porque cada apartamento significa mais dois carros no trânsito. Entende que isso também precisa se adequar ao fato de ser uma ilha. [Taquígrafa: Sara]