Pronunciamento
Antônio Aguiar - 089ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 19/10/2010
O SR. DEPUTADO ANTÔNIO AGUIAR - Gostaria também de saudar o ex-vereador Ademir Vicente machado, que sem dúvida nenhuma é um grande líder na cidade de Joinville.
O SR. PRESIDENTE (Deputado Moacir Sopelsa) - Feito o registro do deputado Antônio Aguiar, passo a palavra ao deputado Jailson Lima, por até nove minutos.
O SR. DEPUTADO JAILSON LIMA - Obrigado, deputado Moacir Sopelsa.
Quero cumprimentar os deputados presentes e saudar solidariamente a família do deputado Lício Mauro da Silveira, uma figura que qualificava muito o debate nesta Casa.
Como estamos no horário destinado ao Partido dos Trabalhadores, eu gostaria que passassem um vídeo sobre um determinado tema, tendo em vista que esse foi um assunto relevante no primeiro turno da campanha eleitoral e que também está sendo relevante no segundo turno.
Por gentileza, passem o vídeo.
(Procede-se à exibição do vídeo.)
Essa matéria é importante, porque vimos que no primeiro turno, deputado Moacir Sopelsa, baixaram o nível da campanha eleitoral ao afirmarem que a nossa candidata a presidente, ex-ministra Dilma Rousseff, e o Partido dos Trabalhadores eram favoráveis ao aborto, criando frases do tipo: "Nem Cristo nos tiraria a eleição", coisa que jamais foi dita.
Foi emitida uma nota, reproduzida agora, que, inclusive, foi desautorizada pela CNBB. Essa nota que foi distribuída em algumas igrejas católicas e evangélicas dizia, em determinada parte, que o Partido dos Trabalhadores se comprometia a legalizar o aborto, que o aborto era um direito da mulher e que a nossa candidata Dilma Rousseff referendava tudo isso.
Essa nota foi distribuída e agora estavam sendo encomendadas mais 20 milhões de cópias para serem distribuídas nessa reta final, deputado Padre Pedro Baldissera. Felizmente se descobriu a tempo. Foi acionado o Tribunal Superior Eleitoral, que mandou a Polícia Federal à gráfica, onde foram apreendidos 2,1 milhões panfletos.
Coincidentemente essa gráfica pertence à sra. Arlete Kobayashi, que é sócia em 59% do empreendimento, pois a outra metade pertence ao irmão dela. O irmão da dona Arlete, sr. Sérgio Kobayashi, é o coordenador de infraestrutura da campanha de José Serra a presidente.
Mais 20 milhões desses panfletos estavam sendo reproduzidos, mas a Polícia Federal apreendeu no domingo e o fato está sendo apurado. A quem interessa dar uma informação tão desconectada da realidade? A quem interessa construir isso? E aí o sr. José Serra vem dizer, como disse na Folha Online hoje, que é irrelevante que a gráfica seja tucana.
A CNBB lançou uma nota desautorizando esse panfleto, na data de hoje. Inclusive, dom Nelson Westrupp, presidente do Conselho Episcopal, disse que não sabe de onde saiu o dinheiro para fazer isso, porque as comunidades eclesiais de base normalmente não têm recursos, são entidades que trabalham diuturnamente para manter-se. Ele pessoalmente pede que a Polícia Federal investigue a origem do dinheiro para pagar esses 20 milhões de panfletos.
O mais interessante é que hoje recebi uma ligação de Rio do Sul, dizendo que lá na igreja da rua 15 de Novembro, um pessoal ligado à Renovação Carismática distribuiu esse mesmo material, dizendo, em uma reunião, que as pessoas deveriam votar no Serra, falando a mesma coisa da nossa candidata à Presidência, que nunca disse isso, assim como o meu partido nunca disse isso.
Esse material foi levado para Rio do Sul por um vereador da cidade de Joinville chamado Maurício Fernando Peixer, se não me engano, que coincidentemente é do PSDB e um dos coordenadores dessa distribuição em Santa Catarina, deputado Silvio Dreveck.
É muita coincidência criar, num momento de segundo turno, uma situação para tentar conturbar o processo eleitoral. Isso, sim, é a ditadura civil da informação equivocada.
Esses dados precisam ser apurados na medida em que vemos essa divulgação, na forma como está sendo feita, a dez dias das eleições. Isso nos leva a uma preocupação relevante, principalmente quando o sr. José Serra diz que é irrelevante que esse material tenha sido feito em uma gráfica tucana e que foi mera coincidência.
Srs. deputados que se encontram nesta Casa hoje, não é só isso. Deputado Silvio Dreveck, há também um DVD que começou a ser distribuído, com imagens de Flávio Arns e Zilda Arns, mostrando uma mensagem da Pastoral da Criança, assinada pelo sr. Serra, utilizando a Pastoral da Criança como elemento de campanha eleitoral. E aí é importante a igreja e os coordenadores da pastoral saberem o que isso representa. Trata-se de utilizar uma instituição para esse fim, assim como fizeram com esse mesmo material na igreja.
Eu tive o privilégio de, ainda neste ano, fazer uma sessão solene sobre as ações da dra. Zilda, em Forquilhinha. Mas aí se usa não a figura da dra. Zilda, mas a figura de milhões de pessoas que ajudaram a salvar vidas, o trabalho voluntário de milhares e milhares de pessoas que acreditam neste Brasil. E não é dessa forma que fazemos política; não é dessa forma que iremos vencer as eleições. Por isso, estamos aí, com Dilma presidente, no dia 31 de outubro.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
O SR. PRESIDENTE (Deputado Moacir Sopelsa) - Feito o registro do deputado Antônio Aguiar, passo a palavra ao deputado Jailson Lima, por até nove minutos.
O SR. DEPUTADO JAILSON LIMA - Obrigado, deputado Moacir Sopelsa.
Quero cumprimentar os deputados presentes e saudar solidariamente a família do deputado Lício Mauro da Silveira, uma figura que qualificava muito o debate nesta Casa.
Como estamos no horário destinado ao Partido dos Trabalhadores, eu gostaria que passassem um vídeo sobre um determinado tema, tendo em vista que esse foi um assunto relevante no primeiro turno da campanha eleitoral e que também está sendo relevante no segundo turno.
Por gentileza, passem o vídeo.
(Procede-se à exibição do vídeo.)
Essa matéria é importante, porque vimos que no primeiro turno, deputado Moacir Sopelsa, baixaram o nível da campanha eleitoral ao afirmarem que a nossa candidata a presidente, ex-ministra Dilma Rousseff, e o Partido dos Trabalhadores eram favoráveis ao aborto, criando frases do tipo: "Nem Cristo nos tiraria a eleição", coisa que jamais foi dita.
Foi emitida uma nota, reproduzida agora, que, inclusive, foi desautorizada pela CNBB. Essa nota que foi distribuída em algumas igrejas católicas e evangélicas dizia, em determinada parte, que o Partido dos Trabalhadores se comprometia a legalizar o aborto, que o aborto era um direito da mulher e que a nossa candidata Dilma Rousseff referendava tudo isso.
Essa nota foi distribuída e agora estavam sendo encomendadas mais 20 milhões de cópias para serem distribuídas nessa reta final, deputado Padre Pedro Baldissera. Felizmente se descobriu a tempo. Foi acionado o Tribunal Superior Eleitoral, que mandou a Polícia Federal à gráfica, onde foram apreendidos 2,1 milhões panfletos.
Coincidentemente essa gráfica pertence à sra. Arlete Kobayashi, que é sócia em 59% do empreendimento, pois a outra metade pertence ao irmão dela. O irmão da dona Arlete, sr. Sérgio Kobayashi, é o coordenador de infraestrutura da campanha de José Serra a presidente.
Mais 20 milhões desses panfletos estavam sendo reproduzidos, mas a Polícia Federal apreendeu no domingo e o fato está sendo apurado. A quem interessa dar uma informação tão desconectada da realidade? A quem interessa construir isso? E aí o sr. José Serra vem dizer, como disse na Folha Online hoje, que é irrelevante que a gráfica seja tucana.
A CNBB lançou uma nota desautorizando esse panfleto, na data de hoje. Inclusive, dom Nelson Westrupp, presidente do Conselho Episcopal, disse que não sabe de onde saiu o dinheiro para fazer isso, porque as comunidades eclesiais de base normalmente não têm recursos, são entidades que trabalham diuturnamente para manter-se. Ele pessoalmente pede que a Polícia Federal investigue a origem do dinheiro para pagar esses 20 milhões de panfletos.
O mais interessante é que hoje recebi uma ligação de Rio do Sul, dizendo que lá na igreja da rua 15 de Novembro, um pessoal ligado à Renovação Carismática distribuiu esse mesmo material, dizendo, em uma reunião, que as pessoas deveriam votar no Serra, falando a mesma coisa da nossa candidata à Presidência, que nunca disse isso, assim como o meu partido nunca disse isso.
Esse material foi levado para Rio do Sul por um vereador da cidade de Joinville chamado Maurício Fernando Peixer, se não me engano, que coincidentemente é do PSDB e um dos coordenadores dessa distribuição em Santa Catarina, deputado Silvio Dreveck.
É muita coincidência criar, num momento de segundo turno, uma situação para tentar conturbar o processo eleitoral. Isso, sim, é a ditadura civil da informação equivocada.
Esses dados precisam ser apurados na medida em que vemos essa divulgação, na forma como está sendo feita, a dez dias das eleições. Isso nos leva a uma preocupação relevante, principalmente quando o sr. José Serra diz que é irrelevante que esse material tenha sido feito em uma gráfica tucana e que foi mera coincidência.
Srs. deputados que se encontram nesta Casa hoje, não é só isso. Deputado Silvio Dreveck, há também um DVD que começou a ser distribuído, com imagens de Flávio Arns e Zilda Arns, mostrando uma mensagem da Pastoral da Criança, assinada pelo sr. Serra, utilizando a Pastoral da Criança como elemento de campanha eleitoral. E aí é importante a igreja e os coordenadores da pastoral saberem o que isso representa. Trata-se de utilizar uma instituição para esse fim, assim como fizeram com esse mesmo material na igreja.
Eu tive o privilégio de, ainda neste ano, fazer uma sessão solene sobre as ações da dra. Zilda, em Forquilhinha. Mas aí se usa não a figura da dra. Zilda, mas a figura de milhões de pessoas que ajudaram a salvar vidas, o trabalho voluntário de milhares e milhares de pessoas que acreditam neste Brasil. E não é dessa forma que fazemos política; não é dessa forma que iremos vencer as eleições. Por isso, estamos aí, com Dilma presidente, no dia 31 de outubro.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)