Pronunciamento
Ana Paula Lima - 026ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 25/04/2006
A SRA. DEPUTADA ANA PAULA LIMA - Sr. presidente, srs. deputados, quero saudar também os visitantes aqui na Assembléia Legislativa, com certeza reivindicando os seus direitos e fazendo as suas manifestações de forma muito ordeira, nos engrandecendo aqui com as suas presenças. Gostaria de saudar também a todos os telespectadores da nossa TVAL, da nossa Rádio Digital.
(Passa a ler)
"Sr. presidente, hoje vou falar sobre a ofensiva negativa que a imprensa insiste em fazer nessa onda criminosa de denuncismo contra pessoas honradas, que dedicam suas vidas à construção da democracia.
A imprensa, srs. deputados, tem como função fiscalizar os poderes públicos e privados e assegurar a transparência das relações da nossa sociedade. Por isso é definida como o quarto poder. E que ele existe não se pode negar, mas não pode atropelar e enxovalhar os poderes constituídos sem provas, sem imparcialidades, atendendo interesses escusos.
A imprensa tem avocado o papel do Judiciário, que, aliás, é o único poder que teme e a única linguagem que entende nos casos extremados. E como dublês de juízes, jornais, revistas, tvs e rádios, julgam e condenam inocentes.
Em relação ao governo federal e contra os agentes do governo Lula, a imprensa tem sido implacável. Sem provas, baseada apenas em fatos criados pela Oposição só não condena à morte, porque no nosso país não temos pena capital, mas com requintada fúria, enlameia e destroça.
A imprensa, srs. deputados, deve voltar e permanecer no palco onde a nação faz os seus debates. Isso até para evitar que personagens mal intencionados - como têm se mostrado os líderes da Oposição do governo Lula - usem os meios de comunicação para se projetar como honestos enquanto apontam seus dedos contra as pessoas e as instituições.
E minha afirmação, sr. presidente, vem fundamentada com notícia veiculada discretamente, revelando o que nós já sabíamos. O senador Arthur Virgílio, do PSDB, aquele mesmo que já ameaçou dar uma surra no presidente Lula, agora diz que o caixa dois é prática corriqueira no Brasil. Essa é a tal lupa distorcida que usam contra o PT. Se é ruim, vamos alardear, mas se é o dirigente do PSDB, o ruim vira bom, e aí a notícia não tem destaque. Isso porque para o PT a regra é diferente. Não é preciso ser culpado, basta apenas a acusação.
Os formadores de opinião se enganam ao dizer que está em jogo a ética pública nessa disputa pré-eleitoral. Se fosse assim, quem pede rigor na investigação contra o PT e todos aqueles ligados ao presidente Lula, teria concordado em passar a limpo tudo o que aconteceu no país desde o impeachment do presidente Fernando Collor, investigaria as privatizações do governo FHC e a compra de votos para sua reeleição, que são as mais graves denúncias da história do país, e que caíram no esquecimento.
O PT e o presidente Lula reconhecem os erros cometidos por dirigentes do partido e por alguns membros do governo. Mas repelimos o processo de execração pública sem direito de defesa dos petistas. E precisamos lembrar, sr. presidente, que até mesmo a denúncia do Ministério Público é uma proposta probatória e não uma sentença.
Até agora, o que se vê, é que os dirigentes petistas não tiveram o direito de dar as suas versões na mesma proporção das denúncias na imprensa. O partido assumiu os seus erros, admitidos no ano passado, que o PSDB diz que é verdade, através do senador Arthur Virgílio; aceitamos todas as investigações de suspeitas com tranqüilidade e queremos que os culpados sejam punidos.
Outro exemplo que quero aqui ressaltar é do senador Jorge Bornhausen, que se apresenta à sociedade como defensor da ética pública. Mas não é isso que diz o advogado Paulo Henrique Ternes, num artigo publicado no Diarinho do Litoral, que tomo a liberdade de reproduzir. Diz o advogado:
Conheço bem o senador. É da nossa cidade e a sua trajetória política é pouco recomendável e não encontro nele a moral política necessária para emitir tais conceitos sobre o momento político.
O senador não é a pessoa mais indicada para tais colocações. Ainda mais que, ao assinar o artigo, o sr. Jorge se qualifica como ex-governador de Santa Catarina, esquecendo de acrescentar que foi também vice-governador (ambos os cargos biônicos) e que para galgar tais posições protagonizou trama urdida e sacrificou homens decentes deste estado, lembrando ainda a sua fidelidade à ditadura.
Realizou um governo medíocre e nefasto.
Relembro essas afirmações do advogado Ternes a respeito do senador Bornhausen para dizer que, sobre outras pessoas, a imprensa se baseia em suspeitas demais e em provas de menos. Prova disso, sr. presidente e srs. deputados, é o que foi vivido, nesta semana, em relação ao meu chefe de gabinete, Marcelo Sato Rosa.
Qual é a função de um deputado estadual? Representar o povo de Santa Catarina, fiscalizar o governo do estado, ouvir as reivindicações da sociedade através de suas entidades sociais, através de seus prefeitos, vereadores, trabalhadores, empresários e da sociedade organizada. Esta é a tarefa dos deputados. As portas do meu gabinete estão abertas para todos, de qualquer partido.
O Marcelo Sato, assim como todos meus assessores, é da maior confiança e está apenas fazendo seu trabalho recebendo pedidos da sociedade, recebendo pedidos de prefeitos, de vereadores ou de quem quer que seja - inclusive de deputados desta Casa que, quando não conseguem resolver os seus problemas, batem à porta do meu gabinete -, atitude que a imprensa tenta criminalizar. É um absurdo, srs. deputados!
Por isso queremos dizer que não aceitamos dessa imprensa que serve as elites, ao poder político, acusações a quem quer que seja, só para atingir o presidente Lula. Digo aqui, senhores, que a triste verdade é que ter sucesso ou estar em evidência, para muita gente desperta mais suspeita do que admiração. Por isso mesmo é que inocentes devem estar sempre atentos, pois quem faz tudo direito e de forma limpa é que tem algo a perder."
Era isto que eu tinha a relatar, sr. presidente, sobre as manifestações e acusações da imprensa nestas últimas semanas.
Muito obrigada!
(SEM REVISÃO DA ORADORA)
(Passa a ler)
"Sr. presidente, hoje vou falar sobre a ofensiva negativa que a imprensa insiste em fazer nessa onda criminosa de denuncismo contra pessoas honradas, que dedicam suas vidas à construção da democracia.
A imprensa, srs. deputados, tem como função fiscalizar os poderes públicos e privados e assegurar a transparência das relações da nossa sociedade. Por isso é definida como o quarto poder. E que ele existe não se pode negar, mas não pode atropelar e enxovalhar os poderes constituídos sem provas, sem imparcialidades, atendendo interesses escusos.
A imprensa tem avocado o papel do Judiciário, que, aliás, é o único poder que teme e a única linguagem que entende nos casos extremados. E como dublês de juízes, jornais, revistas, tvs e rádios, julgam e condenam inocentes.
Em relação ao governo federal e contra os agentes do governo Lula, a imprensa tem sido implacável. Sem provas, baseada apenas em fatos criados pela Oposição só não condena à morte, porque no nosso país não temos pena capital, mas com requintada fúria, enlameia e destroça.
A imprensa, srs. deputados, deve voltar e permanecer no palco onde a nação faz os seus debates. Isso até para evitar que personagens mal intencionados - como têm se mostrado os líderes da Oposição do governo Lula - usem os meios de comunicação para se projetar como honestos enquanto apontam seus dedos contra as pessoas e as instituições.
E minha afirmação, sr. presidente, vem fundamentada com notícia veiculada discretamente, revelando o que nós já sabíamos. O senador Arthur Virgílio, do PSDB, aquele mesmo que já ameaçou dar uma surra no presidente Lula, agora diz que o caixa dois é prática corriqueira no Brasil. Essa é a tal lupa distorcida que usam contra o PT. Se é ruim, vamos alardear, mas se é o dirigente do PSDB, o ruim vira bom, e aí a notícia não tem destaque. Isso porque para o PT a regra é diferente. Não é preciso ser culpado, basta apenas a acusação.
Os formadores de opinião se enganam ao dizer que está em jogo a ética pública nessa disputa pré-eleitoral. Se fosse assim, quem pede rigor na investigação contra o PT e todos aqueles ligados ao presidente Lula, teria concordado em passar a limpo tudo o que aconteceu no país desde o impeachment do presidente Fernando Collor, investigaria as privatizações do governo FHC e a compra de votos para sua reeleição, que são as mais graves denúncias da história do país, e que caíram no esquecimento.
O PT e o presidente Lula reconhecem os erros cometidos por dirigentes do partido e por alguns membros do governo. Mas repelimos o processo de execração pública sem direito de defesa dos petistas. E precisamos lembrar, sr. presidente, que até mesmo a denúncia do Ministério Público é uma proposta probatória e não uma sentença.
Até agora, o que se vê, é que os dirigentes petistas não tiveram o direito de dar as suas versões na mesma proporção das denúncias na imprensa. O partido assumiu os seus erros, admitidos no ano passado, que o PSDB diz que é verdade, através do senador Arthur Virgílio; aceitamos todas as investigações de suspeitas com tranqüilidade e queremos que os culpados sejam punidos.
Outro exemplo que quero aqui ressaltar é do senador Jorge Bornhausen, que se apresenta à sociedade como defensor da ética pública. Mas não é isso que diz o advogado Paulo Henrique Ternes, num artigo publicado no Diarinho do Litoral, que tomo a liberdade de reproduzir. Diz o advogado:
Conheço bem o senador. É da nossa cidade e a sua trajetória política é pouco recomendável e não encontro nele a moral política necessária para emitir tais conceitos sobre o momento político.
O senador não é a pessoa mais indicada para tais colocações. Ainda mais que, ao assinar o artigo, o sr. Jorge se qualifica como ex-governador de Santa Catarina, esquecendo de acrescentar que foi também vice-governador (ambos os cargos biônicos) e que para galgar tais posições protagonizou trama urdida e sacrificou homens decentes deste estado, lembrando ainda a sua fidelidade à ditadura.
Realizou um governo medíocre e nefasto.
Relembro essas afirmações do advogado Ternes a respeito do senador Bornhausen para dizer que, sobre outras pessoas, a imprensa se baseia em suspeitas demais e em provas de menos. Prova disso, sr. presidente e srs. deputados, é o que foi vivido, nesta semana, em relação ao meu chefe de gabinete, Marcelo Sato Rosa.
Qual é a função de um deputado estadual? Representar o povo de Santa Catarina, fiscalizar o governo do estado, ouvir as reivindicações da sociedade através de suas entidades sociais, através de seus prefeitos, vereadores, trabalhadores, empresários e da sociedade organizada. Esta é a tarefa dos deputados. As portas do meu gabinete estão abertas para todos, de qualquer partido.
O Marcelo Sato, assim como todos meus assessores, é da maior confiança e está apenas fazendo seu trabalho recebendo pedidos da sociedade, recebendo pedidos de prefeitos, de vereadores ou de quem quer que seja - inclusive de deputados desta Casa que, quando não conseguem resolver os seus problemas, batem à porta do meu gabinete -, atitude que a imprensa tenta criminalizar. É um absurdo, srs. deputados!
Por isso queremos dizer que não aceitamos dessa imprensa que serve as elites, ao poder político, acusações a quem quer que seja, só para atingir o presidente Lula. Digo aqui, senhores, que a triste verdade é que ter sucesso ou estar em evidência, para muita gente desperta mais suspeita do que admiração. Por isso mesmo é que inocentes devem estar sempre atentos, pois quem faz tudo direito e de forma limpa é que tem algo a perder."
Era isto que eu tinha a relatar, sr. presidente, sobre as manifestações e acusações da imprensa nestas últimas semanas.
Muito obrigada!
(SEM REVISÃO DA ORADORA)