Pronunciamento

ANA CAMPAGNOLO - 024ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 01/04/2025
DEPUTADA ANA CAMPAGNOLO (Oradora) - Afirma que a recente controvérsia envolvendo a coordenação da Bancada do Vale é grave e exige solução. Explica que a escolha do Deputado Oscar Gutz como coordenador foi alterada sem nova eleição, o que gerou conflito entre parlamentares. Diante disso, propõe uma resolução para garantir que todas as coordenadorias sejam decididas por votação interna.
Pondera que a questão vai além de um simples desacordo, mencionando a fala da Deputada Paulinha, que se declarou vítima de violência política de gênero. Refuta essa alegação, argumentando que a deputada se utilizou de sua condição feminina para se vitimizar e reverter a situação a seu favor. Ratifica que a legislação vigente, especialmente a Lei 14.192/2021, favorece esse tipo de narrativa ao atribuir especial importância às declarações da vítima, criando, segundo ela, uma situação de insegurança jurídica para os parlamentares.
Critica a forma como essa lei tem sido promovida dentro da Assembleia Legislativa, destacando que campanhas institucionais têm reforçado sua aplicação. Lembra que a Deputada Paulinha e outra parlamentar foram responsáveis por impulsionar a difusão dessa legislação, o que, em sua visão, contribui para um ambiente de censura e desigualdade no Parlamento.
Rebate as acusações feitas pela Deputada Paulinha ao lembrar episódios anteriores em que ela própria foi alvo de críticas públicas. Exibe trechos de eventos passados nos quais sua atuação foi desdenhada por parlamentares que agora alegam ser vítimas de perseguição. Destaca que tais ataques não ocorreram por uma questão de gênero, mas sim por divergências ideológicas. Apresenta dados para ilustrar sua argumentação, demonstrando que, apesar de a maioria do eleitorado ser feminino, poucas mulheres são eleitas, o que atribui à falta de representatividade de figuras políticas femininas com pautas substanciais além do feminismo. Defende que o excesso de órgãos e estruturas voltadas exclusivamente para mulheres dentro da Assembleia cria privilégios indevidos e propõe a extinção da Bancada da Mulher, argumentando que ela não atende ao critério mínimo de composição previsto no Regimento Interno.
Finaliza criticando a discrepância no número de projetos voltados para mulheres em relação aos homens, sustentando que há um viés sexista e discriminatório na Casa Legislativa que favorece um grupo específico em detrimento de uma atuação política equitativa. [Taquigrafia: Mirela]