Pronunciamento

ANA CAMPAGNOLO - 023ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 02/04/2019
DEPUTADA ANA CAMPAGNOLO (Oradora) - Registra que esteve em Brasília, onde foi recebida pelo secretário adjunto da Educação do Distrito Federal, e traz à Casa detalhes da Indicação que fez, juntamente com o Coronel Mocellin, de n. 0253.7/2019, para falar sobre segurança pública nas escolas.
Também faz uso da tribuna para desfazer algumas injustiças retóricas e discursivas que foram cometidas em ocasião da proximidade das datas de 31 de março e primeiro de abril, datas históricas para o país, que marcam o início do regime militar.
Cita Maria Lucia dos Santos e Marina Guimarães Garcia de Castro, dois nomes falsos, de documentos falsos que a ex-presidente Dilma Rousseff usava na época em que era terrorista e guerrilheira dos movimentos terroristas Vanguarda Armada Popular de Palmares, popularmente conhecida como Varpalmares; Política Operária - Polop e Comando de Libertação Armada Colina.
Declara que, neste momento, não está defendendo qualquer tipo de comemoração em virtude da data do início do regime militar, em 1964, mas para se solidarizar com as vítimas da guerrilha e do terrorismo no Brasil, nas décadas de 60, 70 e 80. Traz dois vídeos com depoimentos de ex-guerrilheiros, falando sobre quais eram as atrocidades cometidas pelo movimento de esquerda antes e depois da Revolução de 64.
(Procede à apresentação do vídeo com depoimento de Amado Batista).
Relata que, no próximo vídeo, serão conhecidas as pessoas que Amado Batista estava, de certa forma, acobertando, e qual a natureza e a índole dessas pessoas que diziam lutar pela democracia.
(Procede à apresentação do vídeo com o depoimento de Fernando Gabeira, Vera Silva Magalhães, Carlos Eugênio Paz e Eduardo Jorge).
Informa que os depoimentos que foram ouvidos não são de pessoas de direita, de conservadores, mas de esquerdistas e ex-guerrilheiros que, como é possível observar, não demonstram muito arrependimento por terem fuzilado, metralhado, assassinado, a sangre frio, inclusive parceiros de partido.
Cita que a ex-presidente Dilma, além dos nomes já citados, usou outros como Vanda e Estela, e participou do Polop, grupo revolucionário cuja sigla significa Política Operária, que depois acabou se desmembrando no Colina, porque o Polop, segundo alguns gerrilheiros, era um grupo ameno demais. Conta que no grupo Colina, ela conheceu Cláudio Galeno de Magalhães Linhares, seu primeiro esposo, que ficou conhecido por sequestrar um avião brasileiro no Uruguai e descer com este avião em Cuba com 92 brasileiros.
Explica que essa é a índole das pessoas que hoje usam o espaço político para acusar o regime de ter sido autoritário e violento.
A ex-presidente Dilma, por exemplo, esteve envolvida no assassinato do cabo de 18 anos, Mario Kozel, que foi morto quando o grupo entrou com um carro com 20 quilos de dinamite, dentro da delegacia, vitimando o cabo Mario e mais seis. Além disso, o Grupo Colina também participou do assalto ao Banco do Comércio e Indústria de Minas, em 28 de agosto de 68; no dia 04 de outubro, ao assalto ao Banco do Brasil, em Contagem, Minas Gerais; no dia 18 de outubro, a dois atentados com bomba em Belo Horizonte; no dia 25 de outubro, assassinaram Wenceslau Ramalho Leite com quatro tiros de uma pistola enquanto ele roubava um carro, e no dia 29 de outubro, um assalto ao Banco Ultramarino, na agência de Copacabana no Rio de Janeiro, entre outros.
Apresenta livros que documentam, um deles chamado Apoio de Cuba à Luta Armada no Brasil, e 1964 - O Elo Perdido, mostrando uma lista infindável de crimes. Dessa forma, faz uso da tribuna, na presente data, para prestar homenagem às vitimas, aos inocentes que foram metralhados, fuzilados e executados pela guerrilha armada de esquerda no Brasil.

Deputado Jessé Lopes (Aparteante) - Declara que ninguém quer a volta de um regime militar, mas é preciso fazer justiça. Fala que atitudes de falsificar a identidade era uma prática comum à época, pelo que considera que muitos foram dados como desaparecidos, porque eram enterrados com identidades falsas e como indigentes, pois ninguém achava as suas famílias. Parabeniza pelo tema importante para a conscientização das pessoas. [Taquígrafa: Sara]