Pronunciamento

ANA CAMPAGNOLO - 033ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 25/04/2019
DEPUTADA ANA CAMPAGNOLO (Oradora) - Apresenta à Casa o seu Projeto de Lei de n. 0035.1/2019, que dispõe sobre a adoção de atividades com fins educativos para o enfrentamento à violência e reparação de danos causados no âmbito dos estabelecimentos que compõem o sistema estadual de ensino do estado de Santa Catarina e dá outras providências.
Resumidamente, explica que é um dispositivo que dá aos gestores das escolas, com a aquiescência dos pais, meio de disciplinarmente orientar os alunos sobre evitar as práticas de depredação do patrimônio público, pois esse é um problema recorrente no estado e no país.
Para elucidar seu pronunciamento, mostra vídeo com imagens de escolas catarinenses que foram depredadas até mesmo por menores e alunos, sendo que no município de Criciúma o fato aconteceu nove vezes, em 2003, na Escola Silva Alvarenga, inclusive com ameaça à diretora; em Blumenau, a Escola Tiradentes foi alvo de arruaceiros em 2003, quando danificaram latas de tinta destinadas à reforma, espalhando-as pelo chão e pichando as paredes. Além de outros danos, os vândalos postaram fotos nas redes sociais como se fosse um grande feito. Ressalta que tem sido um espírito ideologicamente alimentado nos alunos desde 1968, com o processo de contracultura, que combate o respeito à hierarquia, o respeito à ordem e à disciplina.
Na mesma linha, cita ainda casos acontecidos na Escola Marcílio Dias, Imbituba, em 2014; Escola Professora Ursulina Sena Castro, Palhoça, em 2015. Em Lages, em 2015, foi apontado aproximadamente R$ 300 mil de prejuízo anual com vandalismos na região serrana; Escola Alfredo Zimmermann, Guaramirim, em 2016; em Imbituba, 2017, cinco alunos com menos de 11 anos depredaram o Centro Educacional; Escola Professora Maria Clementina de Souza Lopes, Palhoça, em 2017, invadida por alunos durante as férias e, entre outros atos danosos, arrancaram aparelho de ar condicionado; Escola Almirante Boiteaux, Araquari, em 2017; Escola Antenor Nascentes, Princesa, em 2018; Escola Mario Garcia, Camboriú, em 2019, que inclusive teve sua biblioteca incendiada.
Finalizando, afirma que o governo estadual já gastou mais de R$ 3 milhões por mês com serviços de vigilância e relacionados a evitar as situações de vandalismo, alguns até praticados pelos próprios alunos. Desta forma, seu projeto prevê que os mesmos passem por ação educacional e à prática de manutenção do ambiente escolar, com a reparação dos danos praticados. [Taquígrafa: Sara]