Pronunciamento

Ada De Luca - 114ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 08/12/2009
A SRA. DEPUTADA ADA DE LUCA - Sr. presidente, sras. deputadas, srs. deputados, público que nos acompanha pela TVAL e pela Rádio Alesc Digital e público que hoje nos dá o prazer de estar aqui nesta Casa fazendo uma reivindicação muito justa.
(Passa a ler.)
"Até o dia 18 de dezembro os políticos, cientistas e ativistas mais importantes do mundo estarão reunidos em Copenhague para a 15ª Conferência sobre o Clima."
Ainda bem que vocês todos estão aqui porque é referente também à nossa água, a água do mundo!
(Continua lendo.)
"A tarefa deles é decisiva e de grande responsabilidade, deputado José Natal, para a humanidade: traçar um acordo global e definir o que será feito para reduzir a emissão de gases de efeito estufa daqui a três anos, quando termina o primeiro período do Protocolo de Kyoto.
Representantes de 192 países vão debater e terão nas mãos o futuro da Terra e de todas as espécies que a habitam.
Apesar das polêmicas sobre os resultados práticos desse encontro e das muitas opiniões contrárias que envolvem a conferência sobre mudanças climáticas, é certo que se não for tomada nenhuma atitude para reduzir as emissões de gases do efeito estufa o nosso planeta deverá ficar 2°C mais quente ao final do século XXI.
A temperatura global sobe desde 1850 e o aquecimento se acelerou desde 1970. Para a Organização Mundial de Meteorologia (OMM), a década atual é uma das mais quentes e 2009 terminará como um dos anos mais quentes da história. Os cientistas alertam que se o aquecimento global continuar nesse ritmo as consequências podem ser catastróficas!
O aumento do nível dos oceanos, devido ao derretimento das calotas polares, a seca em áreas férteis e a redução da água potável são algumas das consequências do aquecimento global que levariam a uma queda drástica na produção de alimentos, entre muitos outros danos."
Vejam, srs. deputados, que uma coisa está ligada na outra: a nossa alimentação, a roupa que usamos, o ar que respiramos, a água que bebemos! Não podemos ficar alheios a esse processo achando que é coisa para daqui a muitos anos. Não! É para 20 anos!
(Continua lendo.)
"Outro problema que está em discussão é a migração por causa do clima. Hoje mesmo a OMI - Organização Internacional para a Migração - divulgou um estudo alertando que a mudança climática deve levar até um bilhão de pessoas a deixar suas casas nas próximas quatro décadas por causa de desastres naturais - para nós, aqui em Santa Catarina, já começou -, que dobraram nos últimos 20 anos e que devem agravar-se ainda mais.
A OIM alertou ainda que haverá clima desértico, a poluição das águas e outros problemas que tornarão inabitáveis áreas cada vez maiores do planeta.
Por conta de tantos problemas a enfrentar no futuro próximo, o encontro de Copenhague está sendo visto como uma das últimas chances de diálogo franco e pacífico entre as nações poderosas e as em desenvolvimento para salvar o nosso planeta.
Por enquanto, o que temos acompanhado pela imprensa é pouco esforço no que se refere à participação efetiva dos países que são os maiores poluidores. Estados Unidos e China, por exemplo, já anunciaram a intenção de adiar a assinatura do acordo que vai substituir a primeira fase do Protocolo de Kyoto.
Lamentavelmente, a maioria dos países ricos tem falhado no cumprimento de uma das metas estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto, que é a redução de 5,2% na emissão dos gases na atmosfera, e pouco se tem incomodado com os compromissos para os próximos anos."
Isso é uma vergonha! Isso é descalabro! Isso é uma falta de consideração!
(Continua lendo.)
"Se as maiores potências mundiais não deixarem a vaidade de lado e superarem as suas rivalidades provenientes das vaidades, definitivamente, sras. deputadas e srs. deputados, acontecerá o que mais tememos: nenhum acordo justo na defesa do meio ambiente e um futuro devastador para o planeta."
Não sei se estarei aqui para ver; não sei se minha geração vai presenciar. Mas espero que, com essas minhas palavras, amanhã possa dizer que falei da tribuna da Assembléia Legislativa, que cumpri o meu papel de cidadã, que lutei contra isso.
As futuras gerações, seus filhos e netos, senhores, passarão por essa desgraça climática." Cada um tem a sua obrigação, seja como deputado, como governador, como ocupante de qualquer cargo eletivo, mas também a tem o cidadão, o pai, a mãe e até a avó responsáveis.
(Continua lendo.)
"Precisamos estar em alerta, unir-nos nas denúncias e nos movimentos contra a degradação do meio ambiente. Mais do que isso, esperamos que os representantes brasileiros ajam com firmeza, com liderança, para cobrar ações concretas desses países ricos, que só exploram, a cada minuto, a cada instante, os povos mais pobres.
O anúncio de que o governo americano vai começar a regular as emissões de dióxido de carbono e outros gases causadores do efeito estufa já é um sinal discreto, mas estimulante para as negociações do clima em Copenhague.
A sabedoria de Ghandi se encaixa perfeitamente com o que a humanidade vive hoje. Ele disse: 'O futuro depende daquilo que fazemos no presente'."
Muito obrigada!
(Palmas)
(SEM REVISÃO DA ORADORA)
SR. PRESIDENTE (Deputado Moacir Sopelsa) - Ainda dentro do horário do PMDB, fará uso da palavra o deputado Antônio Aguiar.
O SR. DEPUTADO ANTÔNIO AGUIAR - Sr. presidente, sras. deputadas, srs. deputados, plateia que nos assiste e comunidade catarinense, vejam a importância de Santa Catarina estar-se desenvolvendo no interior. O governador se fez presente, ontem, no planalto norte, mais precisamente no município de Porto União, onde ocorreu a inauguração oficial da Escola de Educação Básica Germano Wagenfuhr, bem como foi dada a ordem de serviço para a construção de um ginásio de esportes. Estiveram presentes os secretários Paulo Bauer, Mauro Mariani e Valdir Cobalchini. Foi mais uma obra que entregamos para Porto União.
Como médico, não poderia deixar de relatar aqui uma ação extremamente importante, que foi a entrega oficial de um tomógrafo computadorizado importado do Japão, que custou R$ 760 mil aos cofres públicos. Esse tomógrafo computadorizado comprado pelo governo de Luiz Henrique da Silveira significa que a população de Porto União não precisará mais vir para Florianópolis realizar exames nesse aparelho, pois agora temos no interior do estado ótimos profissionais, com equipamento de primeiro mundo. Temos certeza de que esse equipamento beneficiará um grande número de pessoas que necessitam desse exame importante.
Um tomógrafo computadorizado público não existe em Joinville, por exemplo, mas em Porto União. Canoinhas recebeu um aparelho de ressonância magnética público que também não há em Joinville. Isso prova que a descentralização deu certo e que veio para ficar, fazendo com que o dinheiro do Fundo Social seja muito bem distribuído no interior do estado.
Referindo-me à Saúde, mais precisamente à saúde em Canoinhas, inauguramos o Samu, unidade móvel quem ontem recebeu uma ambulância equipada para atender tratamento de UTI. Ela vai permitir que os casos mais graves sejam resolvidos não mais pelo Corpo de Bombeiros, mas por um médico que se deslocará ao local do chamado.
Foram contratados dez médicos para fazer com que a ambulância tenha um plantão de 24h para atender os casos graves, tais como enfarte agudo do miocárdio, derrame cerebral e acidentado grave. É para isso que a unidade do Samu estará presente, ou seja, para atender especialmente aos casos graves, fazendo com que o pronto atendimento melhore a qualidade de vida dos pacientes no planalto norte.
O Sr. Deputado Serafim Venzon - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO ANTÔNIO AGUIAR - Pois não!
O Sr. Deputado Serafim Venzon - Nobre deputado, desejo cumprimentá-lo por esse empenho, juntamente com o deputado Jailson Lima e os demais.
Nós, como médicos, temos mais responsabilidade de ajudar a melhorar a questão da saúde em nosso estado. Sabemos que existe um esforço muito grande por parte de muita gente, mas há um detalhe que é a gestão plena que o ministério da Saúde concedeu, há alguns anos, a 25 cidades de Santa Catarina. A princípio a ideia era boa porque daríamos autonomia a 25 cidades que, no início de cada mês, já receberiam o dinheiro que iriam gastar no período. Mas agora se criaram, na verdade, 25 ilhas de atendimento, nas quais o secretário da Saúde não pode utilizar o sistema para resolver a demanda deprimida que nós temos.
Então, peço o apoio desta Casa para irmos ao ministério da Saúde pedir a extinção desse conceito de gestão plena. Quem tem que ter gestão plena é o estado, é o secretário da Saúde do estado para resolver os inúmeros problemas que temos.
O SR. DEPUTADO ANTÔNIO AGUIAR - É verdade, deputado Serafim Venzon, temos que fazer com que o número de credenciamentos de alta complexidade aumente no interior, para levarmos para lá equipamentos e médicos especialistas e não, cada vez mais, trazermos os doentes para a capital. E o governo do estado de Santa Catarina, o governador Luiz Henrique da Silveira, o vice-governador Leonel Pavan, juntamente com o senador Raimundo Colombo e com o ex-governador Pinho Moreira, que é médico, fazem, sim, a grande diferença para que aconteça essa descentralização na Saúde em nosso estado.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)