Pronunciamento
Ada De Luca - 048ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 02/06/2010
A SRA. DEPUTADA ADA DE LUCA - Sr. presidente, deputado Jorginho Mello, colegas parlamentares, público que nos acompanha pela TVAL e pela Rádio Alesc Digital.
(Passa a ler.)
"Nesta semana especialmente, o mundo inteiro volta-se para as questões ambientais. No dia 5 de junho comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente e durante toda a semana estão sendo realizadas, em todos os espaços culturais, atividades e mobilizações com vistas à preservação do meio ambiente, com destaque para a preocupação com o futuro da água, do ar e do solo, tão ameaçados pela mão do homem.
A data foi criada em 1972, depois de uma conferência na ONU da qual participaram mais de 100 países, além de 250 organizações não-governamentais, tal a preocupação das pessoas responsáveis deste mundo. Já naquela época o tema em debate era a degradação que o homem causa ao meio ambiente e os riscos para a sobrevivência da vida sobre a Terra. E lá já se vão 40 anos, mas pouquíssimas coisas foram feitas e as tragédias ocorrem uma após a outra.
A data definida pela ONU serve para reforçar as discussões sobre a poluição do ar, do solo e da água; sobre o desmatamento; sobre a diminuição da biodiversidade e da água potável para o consumo humano; sobre a destruição da camada de ozônio; sobre a destruição das espécies vegetais e das florestas e sobre a extinção de animais.
A vida moderna só agrava os prejuízos ao meio ambiente, principalmente aquela vida moderna irresponsável e ávida para ganhar dinheiro.
Uma quantidade cada vez maior de lixo é descartada todos os dias, como sacos, copos e garrafas de plástico, latas de alumínio, vidros, papéis, causando a destruição da natureza e a morte de várias espécies de animais.
Não só nesta semana, mas durante toda a vida é importante que estejamos conscientes dos problemas causados pela poluição do meio ambiente e das ações em favor do nosso planeta.
A minha preocupação é a seguinte: será que estamos cumprindo o nosso papel - e a minha consciência fala que a maioria não está - e estamos sendo responsáveis com o que vamos deixar para os nossos netos e os seus filhos? A responsabilidade, companheiros, é nossa. Se cada um fizer a sua parte, vamos garantir um mundo melhor para as gerações futuras."
E aí não incluímos somente as pequenas comunidades, mas também os grandes empresários, os grandes investidores. E todos sabem o que quero dizer.
(Continua lendo.)
"A população do planeta está aumentando e os recursos naturais diminuindo, efeito que já vem causando grandes catástrofes. Prova disso é a constante destruição das nossas praias.
Recentemente esse assunto foi debatido em duas oportunidades: no Sustentar 2010, realizado em Chapecó, do qual foram tiradas propostas de encaminhamentos, e na Carta de Chapecó, para uso de energias renováveis e consumo responsável, como já relatou, desta tribuna, o deputado Pedro Uczai. Parabéns, deputado, pelo evento!
Também pude constatar, durante o 7º Seminário Binacional de Gestão Pública Municipal, em Seixal, Portugal, do qual participei representando esta Casa, juntamente com o nobre colega deputado Moacir Sopelsa e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gelson Merísio, que na Europa, principalmente nas cidades de Portugal, existe uma grande preocupação com o meio ambiente, comprovada pelo desenvolvimento do projeto Cidades Saudáveis."
E lá, quando se projeta, é por 20 anos. Assim, o próximo prefeito dará continuidade ao programa, independentemente de partido. Eu achei isso muito inteligente.
(Continua lendo.)
"O projeto sensibiliza a população para o impacto que as questões urbanas têm na saúde das pessoas em relação à alimentação, à produção e ao consumo sustentável, e ao tratamento do lixo e da habitação.
Esse projeto tem um conjunto de iniciativas que proporcionam momentos de aprendizagem e reflexão sobre diversos temas ambientais, que visam a estimular comportamentos sustentáveis em relação às florestas, à água, ao solo e ao ambiente, através, sim, de uma educação rígida, séria, bombástica, através dos meios de comunicação, dos jornais. Isso é muito importante!
Verifiquei ainda que a gestão pública municipal em Portugal desenvolve outros problemas, mas levados literalmente a sério. Senão vejamos: semana da saúde, luta contra a pobreza, luta contra a exclusão social, responsabilidade social com o desafio de tornar a sociedade mais justa e mais igualitária, mais justa e mais promissora. O programa para os idosos é um luxo, porque lá na Europa, deputados, o idoso é super, super valorizado.
Dentro do período em que lá estive, entre 24 e 28 de maio, fiquei também, por outro lado, satisfeita ao concluir que algumas propostas de gestão pública apresentadas no 7º Seminário em nada deixamos a desejar em nossos municípios, não todos, é claro, mas em alguns. E fazendo a proporção do tamanho de Portugal para a nossa Santa Catarina, até que dá para comparar, mas em relação à extensão no mapa aí não dá para comparar. Lá o governo federal tem uma participação ativa nos municípios, presente mesmo.
Foi uma oportunidade de observar as ações feitas lá fora e avaliar se os nossos atos estão voltados para a grande preocupação do milênio, que é a sustentabilidade. E nós somos responsáveis, presidente, aqui todos são pais, vários são avós, o que vamos deixar para essas crianças? E a responsabilidade passa muito pelo Legislativo, passa mais por nós do que pela própria população e pelo Executivo.
Encerro com uma frase de Mahatma Gandhi, que dá uma lição de cidadania em poucas palavras: 'Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não haveria pobreza no mundo e ninguém morreria de fome'."
O Sr. Deputado Moacir Sopelsa - V.Exa. me concede um aparte?
A SRA. DEPUTADA ADA DE LUCA - Pois não, deputado Sopelsa, nosso companheiro de viagem.
O Sr. Deputado Moacir Sopelsa - Sra. deputada Ada De Luca, quero cumprimentá-la e parabenizá-la pelo relatório que faz da nossa viagem.
Posso dizer que voltei com a convicção de que sem infraestrutura, sem qualidade de vida, é difícil fazer saúde. Constatamos nessa viagem que a Europa investe em infraestrutura e em qualidade de vida, começando pela água.
Mas a nossa viagem serviu também, deputada Ada De Luca, e devo pronunciar-me nos próximos dias, para vermos que a Europa atravessa uma crise profunda nunca vista antes. O que se escuta, deputados Reno Caramori e Ana Paula Lima, são comentários dos europeus, que estão preocupados com o crescimento da China e do Brasil. Dessa forma, nosso país poderá, quem sabe, tirar proveito da sua produção de alimentos e transformar-se rapidamente numa nação de primeiro mundo.
Valeu à pena a viagem e v.exa. teve presença marcante, acompanhando até prefeitos brasileiros, inclusive muitos catarinenses, que estavam em busca de melhores dias para seus municípios.
Parabéns e nos próximos dias farei também um relatório dessa tribuna.
A SRA. DEPUTADA ADA DE LUCA - Muito obrigado, deputado Moacir Sopelsa o seu aparte engrandece muito o meu discurso.
Agora, nós, que somos do chamado terceiro mundo, não adianta dizer que não, temos muito que aprender ainda com a Europa, apesar de ela estar em uma situação financeira ruim.
Muito obrigada!
(SEM REVISÃO DA ORADORA)
(Passa a ler.)
"Nesta semana especialmente, o mundo inteiro volta-se para as questões ambientais. No dia 5 de junho comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente e durante toda a semana estão sendo realizadas, em todos os espaços culturais, atividades e mobilizações com vistas à preservação do meio ambiente, com destaque para a preocupação com o futuro da água, do ar e do solo, tão ameaçados pela mão do homem.
A data foi criada em 1972, depois de uma conferência na ONU da qual participaram mais de 100 países, além de 250 organizações não-governamentais, tal a preocupação das pessoas responsáveis deste mundo. Já naquela época o tema em debate era a degradação que o homem causa ao meio ambiente e os riscos para a sobrevivência da vida sobre a Terra. E lá já se vão 40 anos, mas pouquíssimas coisas foram feitas e as tragédias ocorrem uma após a outra.
A data definida pela ONU serve para reforçar as discussões sobre a poluição do ar, do solo e da água; sobre o desmatamento; sobre a diminuição da biodiversidade e da água potável para o consumo humano; sobre a destruição da camada de ozônio; sobre a destruição das espécies vegetais e das florestas e sobre a extinção de animais.
A vida moderna só agrava os prejuízos ao meio ambiente, principalmente aquela vida moderna irresponsável e ávida para ganhar dinheiro.
Uma quantidade cada vez maior de lixo é descartada todos os dias, como sacos, copos e garrafas de plástico, latas de alumínio, vidros, papéis, causando a destruição da natureza e a morte de várias espécies de animais.
Não só nesta semana, mas durante toda a vida é importante que estejamos conscientes dos problemas causados pela poluição do meio ambiente e das ações em favor do nosso planeta.
A minha preocupação é a seguinte: será que estamos cumprindo o nosso papel - e a minha consciência fala que a maioria não está - e estamos sendo responsáveis com o que vamos deixar para os nossos netos e os seus filhos? A responsabilidade, companheiros, é nossa. Se cada um fizer a sua parte, vamos garantir um mundo melhor para as gerações futuras."
E aí não incluímos somente as pequenas comunidades, mas também os grandes empresários, os grandes investidores. E todos sabem o que quero dizer.
(Continua lendo.)
"A população do planeta está aumentando e os recursos naturais diminuindo, efeito que já vem causando grandes catástrofes. Prova disso é a constante destruição das nossas praias.
Recentemente esse assunto foi debatido em duas oportunidades: no Sustentar 2010, realizado em Chapecó, do qual foram tiradas propostas de encaminhamentos, e na Carta de Chapecó, para uso de energias renováveis e consumo responsável, como já relatou, desta tribuna, o deputado Pedro Uczai. Parabéns, deputado, pelo evento!
Também pude constatar, durante o 7º Seminário Binacional de Gestão Pública Municipal, em Seixal, Portugal, do qual participei representando esta Casa, juntamente com o nobre colega deputado Moacir Sopelsa e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gelson Merísio, que na Europa, principalmente nas cidades de Portugal, existe uma grande preocupação com o meio ambiente, comprovada pelo desenvolvimento do projeto Cidades Saudáveis."
E lá, quando se projeta, é por 20 anos. Assim, o próximo prefeito dará continuidade ao programa, independentemente de partido. Eu achei isso muito inteligente.
(Continua lendo.)
"O projeto sensibiliza a população para o impacto que as questões urbanas têm na saúde das pessoas em relação à alimentação, à produção e ao consumo sustentável, e ao tratamento do lixo e da habitação.
Esse projeto tem um conjunto de iniciativas que proporcionam momentos de aprendizagem e reflexão sobre diversos temas ambientais, que visam a estimular comportamentos sustentáveis em relação às florestas, à água, ao solo e ao ambiente, através, sim, de uma educação rígida, séria, bombástica, através dos meios de comunicação, dos jornais. Isso é muito importante!
Verifiquei ainda que a gestão pública municipal em Portugal desenvolve outros problemas, mas levados literalmente a sério. Senão vejamos: semana da saúde, luta contra a pobreza, luta contra a exclusão social, responsabilidade social com o desafio de tornar a sociedade mais justa e mais igualitária, mais justa e mais promissora. O programa para os idosos é um luxo, porque lá na Europa, deputados, o idoso é super, super valorizado.
Dentro do período em que lá estive, entre 24 e 28 de maio, fiquei também, por outro lado, satisfeita ao concluir que algumas propostas de gestão pública apresentadas no 7º Seminário em nada deixamos a desejar em nossos municípios, não todos, é claro, mas em alguns. E fazendo a proporção do tamanho de Portugal para a nossa Santa Catarina, até que dá para comparar, mas em relação à extensão no mapa aí não dá para comparar. Lá o governo federal tem uma participação ativa nos municípios, presente mesmo.
Foi uma oportunidade de observar as ações feitas lá fora e avaliar se os nossos atos estão voltados para a grande preocupação do milênio, que é a sustentabilidade. E nós somos responsáveis, presidente, aqui todos são pais, vários são avós, o que vamos deixar para essas crianças? E a responsabilidade passa muito pelo Legislativo, passa mais por nós do que pela própria população e pelo Executivo.
Encerro com uma frase de Mahatma Gandhi, que dá uma lição de cidadania em poucas palavras: 'Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não haveria pobreza no mundo e ninguém morreria de fome'."
O Sr. Deputado Moacir Sopelsa - V.Exa. me concede um aparte?
A SRA. DEPUTADA ADA DE LUCA - Pois não, deputado Sopelsa, nosso companheiro de viagem.
O Sr. Deputado Moacir Sopelsa - Sra. deputada Ada De Luca, quero cumprimentá-la e parabenizá-la pelo relatório que faz da nossa viagem.
Posso dizer que voltei com a convicção de que sem infraestrutura, sem qualidade de vida, é difícil fazer saúde. Constatamos nessa viagem que a Europa investe em infraestrutura e em qualidade de vida, começando pela água.
Mas a nossa viagem serviu também, deputada Ada De Luca, e devo pronunciar-me nos próximos dias, para vermos que a Europa atravessa uma crise profunda nunca vista antes. O que se escuta, deputados Reno Caramori e Ana Paula Lima, são comentários dos europeus, que estão preocupados com o crescimento da China e do Brasil. Dessa forma, nosso país poderá, quem sabe, tirar proveito da sua produção de alimentos e transformar-se rapidamente numa nação de primeiro mundo.
Valeu à pena a viagem e v.exa. teve presença marcante, acompanhando até prefeitos brasileiros, inclusive muitos catarinenses, que estavam em busca de melhores dias para seus municípios.
Parabéns e nos próximos dias farei também um relatório dessa tribuna.
A SRA. DEPUTADA ADA DE LUCA - Muito obrigado, deputado Moacir Sopelsa o seu aparte engrandece muito o meu discurso.
Agora, nós, que somos do chamado terceiro mundo, não adianta dizer que não, temos muito que aprender ainda com a Europa, apesar de ela estar em uma situação financeira ruim.
Muito obrigada!
(SEM REVISÃO DA ORADORA)