Pronunciamento
Ada De Luca - 059ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Em 18/11/2009
A SRA. DEPUTADA ADA DE LUCA - Sr. presidente, caros colegas deputados, telespectadores da TVAL e ouvintes da Rádio Alesc Digital, antes de iniciar o meu pronunciamento eu gostaria de parabenizar o deputado Professor Grando, porque se nós tivéssemos parlamentares na Câmara Federal com a mesma inteligência dele, como também senadores, teríamos um Brasil menos poluído, digamos assim. Mas o que v.exa. acabou de falar aqui não é levado muito a sério! Mas temos que ter responsabilidade com as novas gerações.
(Passa a ler.)
"Assomo à tribuna para solidarizar-me e unir-me aos aposentados catarinenses e brasileiros pela situação em que se encontram.
Os aposentados, deputados, merecem uma vida digna, pois é injusto um cidadão que trabalhou a vida inteira, que contribuiu com o INSS não receber a sua aposentadoria justa.
O aposentado, depois de muita labuta, deve usufruir de momentos de lazer, de passeios, de prazeres, de satisfações, de desejos pessoais acumulados em toda a trajetória de seu trabalho, mas, infelizmente, tem que ficar recluso em sua casa e, muitas vezes, é expulso porque não pode pagar aluguel. Mas ele não pode pagar por causa da perda do poder aquisitivo do seu benefício, que não é reajustado de acordo com a inflação.
O Brasil não dá a devida atenção para os aposentados e olha para eles, às vezes, como se fossem um estorvo, um peso quase morto. Ou seja, esses cidadãos que construíram o desenvolvimento deste país, que já foram vistos como o futuro da nação, hoje são considerados um problema social, sem qualquer prioridade para definir a política de reajuste de seus benefícios, pois atualmente, por incrível que pareça, a prioridade é o pré-sal. O pré-sal é importante, sim, mas a prioridade deve ser, antes de tudo, o ser humano.
Que política adota o nosso país que primeiro vai discutir o pré-sal, srs. deputados, para depois discutir o índice salarial dos aposentados?!
No início do mês mais de mil aposentados foram a Brasília para pedir a aprovação do projeto de reajuste. E o que é que aconteceu? Trancaram a pauta; voltaram na semana seguinte e novamente foi postergado o projeto, tiram-no da pauta. Então é assim, telespectadores: bota na pauta, tira da pauta, e agora a discussão só depois do pré-sal.
Colegas deputados, eu sei que não depende de nós, do Legislativo estadual, mas é assim que estão tratando os nossos aposentados sem qualquer consideração, respeito e dignidade."
Parlamentares federais, senadores e deputados, governo e presidente Lula, que sempre preservou o social - e eu sempre o elogiei por isso -, quero dizer que não aceito o que está sendo feito agora. V.Exas. precisam encontrar, urgentemente, uma saída digna para os nossos aposentados, principalmente agora, na época que eles mais precisam do salário, do dinheiro, de saúde e da preservação da sua dignidade.
(Continua lendo.)
"A Previdência Social acumula um déficit de R$ 29,9 bilhões de janeiro a agosto, segundo dados divulgados pelo ministro da Previdência. O fluxo de caixa do mês de agosto, por exemplo, indica que a arrecadação foi de R$ 14,4 milhões, enquanto a despesa com benefícios foi de R$ 19,5 milhões. Essa conta negativa evidencia um déficit e faz a Previdência recorrer às reservas, dificultando os nossos reajustes.
Faz muito tempo, por todos os governos, que os recursos da Previdência são utilizados para muitas outras atividades, impulsionando o rombo nas suas contas. Isso não é de agora, é de muito tempo. A equação é simples: anteriormente havia um número maior de contribuintes na carteira previdenciária e o país não se preparou para a hora em que milhares de trabalhadores da ativa mudariam de condição.
O governo Lula está empurrando com a barriga os temas 'Previdência' e 'aposentados'. Por isso não quer nem ouvir falar dos projetos que estão no Congresso Nacional e que aumentam as despesas da Previdência, como o que vincula os aumentos de todas as aposentadorias ao salário mínimo, como também o que põe fim ao fator previdenciário, criado com a finalidade de reduzir o valor dos benefícios no momento de sua concessão, de maneira inversamente proporcional à idade de aposentadoria do segurado."
Não é, deputado Pedro Uczai?! Ajude-me.
(Continua lendo.)
"Sobra, então, a situação de penúria para aqueles que sempre ajudaram o país a se desenvolver e que não têm culpa da incompetência de gestões passadas, gestões essas, deputado Pedro Uczai, de décadas. Para valer a demagogia dos palanques, o nosso sistema previdenciário não suportaria, mas o pior é que até agora o nosso governo não apresenta uma proposta que responda ao equilíbrio das carências dos beneficiários, para aproximar mais os seus ganhos atuais da realidade econômica.
Para encerrar, digo que nada é mais justo do que a equiparação das aposentadorias e pensões ao salário mínimo. O que estão fazendo com os nossos aposentados é ultrajante! O governo não pode utilizar artifícios regimentais para adiar mais essa questão.
Tenham consciência de que foram os nossos antepassados, os nossos pais, os nossos irmãos mais velhos, os nossos amigos e o povo que colaboraram com o crescimento deste Brasil pujante que temos hoje, deste Brasil maravilhoso que nós, brasileiros, amamos do fundo do coração! Mas este mesmo Brasil tem que respeitar o seu passado e o seu passado está com os nossos aposentados.
Não é um favor, é um direito do aposentado!"
Muito obrigada!
(SEM REVISÃO DA ORADORA)
(Passa a ler.)
"Assomo à tribuna para solidarizar-me e unir-me aos aposentados catarinenses e brasileiros pela situação em que se encontram.
Os aposentados, deputados, merecem uma vida digna, pois é injusto um cidadão que trabalhou a vida inteira, que contribuiu com o INSS não receber a sua aposentadoria justa.
O aposentado, depois de muita labuta, deve usufruir de momentos de lazer, de passeios, de prazeres, de satisfações, de desejos pessoais acumulados em toda a trajetória de seu trabalho, mas, infelizmente, tem que ficar recluso em sua casa e, muitas vezes, é expulso porque não pode pagar aluguel. Mas ele não pode pagar por causa da perda do poder aquisitivo do seu benefício, que não é reajustado de acordo com a inflação.
O Brasil não dá a devida atenção para os aposentados e olha para eles, às vezes, como se fossem um estorvo, um peso quase morto. Ou seja, esses cidadãos que construíram o desenvolvimento deste país, que já foram vistos como o futuro da nação, hoje são considerados um problema social, sem qualquer prioridade para definir a política de reajuste de seus benefícios, pois atualmente, por incrível que pareça, a prioridade é o pré-sal. O pré-sal é importante, sim, mas a prioridade deve ser, antes de tudo, o ser humano.
Que política adota o nosso país que primeiro vai discutir o pré-sal, srs. deputados, para depois discutir o índice salarial dos aposentados?!
No início do mês mais de mil aposentados foram a Brasília para pedir a aprovação do projeto de reajuste. E o que é que aconteceu? Trancaram a pauta; voltaram na semana seguinte e novamente foi postergado o projeto, tiram-no da pauta. Então é assim, telespectadores: bota na pauta, tira da pauta, e agora a discussão só depois do pré-sal.
Colegas deputados, eu sei que não depende de nós, do Legislativo estadual, mas é assim que estão tratando os nossos aposentados sem qualquer consideração, respeito e dignidade."
Parlamentares federais, senadores e deputados, governo e presidente Lula, que sempre preservou o social - e eu sempre o elogiei por isso -, quero dizer que não aceito o que está sendo feito agora. V.Exas. precisam encontrar, urgentemente, uma saída digna para os nossos aposentados, principalmente agora, na época que eles mais precisam do salário, do dinheiro, de saúde e da preservação da sua dignidade.
(Continua lendo.)
"A Previdência Social acumula um déficit de R$ 29,9 bilhões de janeiro a agosto, segundo dados divulgados pelo ministro da Previdência. O fluxo de caixa do mês de agosto, por exemplo, indica que a arrecadação foi de R$ 14,4 milhões, enquanto a despesa com benefícios foi de R$ 19,5 milhões. Essa conta negativa evidencia um déficit e faz a Previdência recorrer às reservas, dificultando os nossos reajustes.
Faz muito tempo, por todos os governos, que os recursos da Previdência são utilizados para muitas outras atividades, impulsionando o rombo nas suas contas. Isso não é de agora, é de muito tempo. A equação é simples: anteriormente havia um número maior de contribuintes na carteira previdenciária e o país não se preparou para a hora em que milhares de trabalhadores da ativa mudariam de condição.
O governo Lula está empurrando com a barriga os temas 'Previdência' e 'aposentados'. Por isso não quer nem ouvir falar dos projetos que estão no Congresso Nacional e que aumentam as despesas da Previdência, como o que vincula os aumentos de todas as aposentadorias ao salário mínimo, como também o que põe fim ao fator previdenciário, criado com a finalidade de reduzir o valor dos benefícios no momento de sua concessão, de maneira inversamente proporcional à idade de aposentadoria do segurado."
Não é, deputado Pedro Uczai?! Ajude-me.
(Continua lendo.)
"Sobra, então, a situação de penúria para aqueles que sempre ajudaram o país a se desenvolver e que não têm culpa da incompetência de gestões passadas, gestões essas, deputado Pedro Uczai, de décadas. Para valer a demagogia dos palanques, o nosso sistema previdenciário não suportaria, mas o pior é que até agora o nosso governo não apresenta uma proposta que responda ao equilíbrio das carências dos beneficiários, para aproximar mais os seus ganhos atuais da realidade econômica.
Para encerrar, digo que nada é mais justo do que a equiparação das aposentadorias e pensões ao salário mínimo. O que estão fazendo com os nossos aposentados é ultrajante! O governo não pode utilizar artifícios regimentais para adiar mais essa questão.
Tenham consciência de que foram os nossos antepassados, os nossos pais, os nossos irmãos mais velhos, os nossos amigos e o povo que colaboraram com o crescimento deste Brasil pujante que temos hoje, deste Brasil maravilhoso que nós, brasileiros, amamos do fundo do coração! Mas este mesmo Brasil tem que respeitar o seu passado e o seu passado está com os nossos aposentados.
Não é um favor, é um direito do aposentado!"
Muito obrigada!
(SEM REVISÃO DA ORADORA)