Pronunciamento

PAULINHA - 024ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 01/04/2025
DEPUTADA PAULINHA (Oradora) - Inicia convidando os colegas parlamentares para a inauguração da sede estadual do Podemos, destacando a importância do espaço para acolher filiados, vereadores e prefeitos.
Em seguida, apresenta dados alarmantes sobre a violência contra a mulher em Santa Catarina, ressaltando que, em 2024, foram registrados 96.481 casos de violência doméstica, o que equivale a 11 mulheres agredidas por hora. Além disso, no último ano, ocorreram 51 feminicídios no Estado, quase um por semana. Menciona o aumento no número de medidas protetivas concedidas, que passaram de 19.032 em 2022 para 28.754 em 2024, e o fato de Santa Catarina ser o quinto Estado do país com mais casos de estupro, totalizando 1.469 registros no último ano.
Enfatiza que a luta contra a violência não deve ser fragmentada por ideologias e críticas ou discurso de polarização entre mulheres feministas e antifeministas, afirmando que todas as mulheres, independentemente de posicionamento político, estão sujeitas à violência. Defende que os direitos das mulheres foram conquistados ao longo do tempo por meio de luta e que o combate à violência deve ser uma pauta acima de disputas partidárias.
Reconhece a dedicação da Deputada Ana Campagnolo, mas considera que suas pautas estão distantes da realidade vivida pelas mulheres. Relembra um episódio de 2018, quando a parlamentar organizou um evento antifeminista na Assembleia, e ressalta que sempre respeitou o direito da colega de defender suas ideias. No entanto, distingue debates acalorados de atos violentos, reforçando que a Lei n. 14.192/2021 sobre violência política de gênero não busca privilégios para as mulheres, mas sim garantir instrumentos legais para combater abusos.
Finaliza seu discurso destacando que se orgulha de fazer parte do Parlamento e que sempre encontrou respeito entre seus colegas parlamentares. Defende que os instrumentos legislativos de proteção às mulheres não foram criados por ideologia, mas sim em resposta a uma realidade concreta e urgente. Reforça ainda que não se coloca como vítima e que sua postura na política é de enfrentamento e coragem para combater injustiças. [Taquigrafia: Mirela]