Pronunciamento

Kennedy Nunes - 030ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 16/04/2015
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, telespectadores da TVAL, ouvintes da Rádio Alesc Digital, pegando o gancho dos deputados Leonel Pavan e Neodi Saretta, que falaram sobre segurança, quero dizer que participei, na última sexta-feira, em Joinville, da formatura de novos policiais militares que aconteceu no 8° Batalhão. Depois fiz também algumas visitas e uma, especificamente, ao nosso antigo Graer, que hoje é a segunda companhia aérea de Joinville.
Solicito à assessoria proceda à exibição de um vídeo.
(Procede-se à exibição do vídeo.)
Eu quero, sr. presidente, falar sobre essas duas atitudes que tivemos nesta semana.
Primeiro, gostaria de dizer que o edital do último concurso público para a 5ª Região destinou para a 5ª Região, ou seja, Joinville, Jaraguá do Sul, São Bento do Sul e São Francisco do Sul, 118 vagas para policiais militares. O que aconteceu? Dessas 118 que estavam previstas em concurso público, nem todas as vagas foram preenchidas. Agora iriam se formar 118, mas, infelizmente, formaram-se somente 48. E por que somente 48? Porque não houve, na época, o interesse de pessoas para se inscreverem no concurso público da Polícia Militar.
Hoje, a nossa realidade já é diferente: existe um concurso público em andamento para o qual, em média, está tendo 15 candidatos por vaga. E por que isso? Porque o governador Raimundo Colombo, com o apoio desta Casa, melhorou, e muito, a questão dos praças, da Segurança Pública e do dinheiro investido na Segurança Pública para o material humano.
Há que se destacar a ação da Aprasc, do soldado Lotin e também do ex-deputado Sargento Amauri Soares, que estava nesta Casa à época em que fizemos muitas aprovações e muitas brigas junto ao governo que, hoje, traz a possibilidade de ser interessante ingressar na Polícia Militar de Santa Catarina.
Por isso, quero aqui fazer este registro: as ações deste Plenário e destes deputados fazem com que as pessoas se interessem pela vida militar para continuar defendendo a nossa gente.
É claro que gostaríamos dos 118, mas não houve a possibilidade. E daí fui cobrado: "Ah, são somente 48 que irão se formar. Mas não eram 118?! Manda trazer de outra região"!
Esse é o problema que há quando se faz um concurso público regionalizado, porque o próprio concurso público já elimina a possibilidade de os alunos serem transferidos. Eles deverão se formar e atuar lá onde estão sendo formados.
Por isso que já entramos em contato com o comando da Polícia Militar para que, junto com a 5ª Região - e coronel Chaves é o seu comandante -, nós possamos garantir, com esse próximo concurso de seiscentos e poucos policiais - e como ele é estadual, não tem mais essa questão de ser regional -, a ida de pelo menos 150 policiais para a nossa 5ª Região.
Como já disseram os deputados Leonel Pavan e Neodi Saretta na manhã de hoje, existe grande necessidade de aumento do número de policiais. Não formamos um policial de uma hora para outra, leva-se nove meses para formar um policial. Portanto, é quase que enxugar gelo: desses que entraram, alguns desistem; outros que já estavam aposentam-se. É uma questão muito difícil, mas vale aqui registrar o esforço que o governador Raimundo Colombo está fazendo, desde o seu primeiro mandato, para manter pelo menos o número mínimo exigido em relação à segurança.
Para encerrar, sr. presidente, quero falar um pouquinho sobre a companhia área que visitei. Ainda hoje, às 16h, teremos uma reunião com o secretario estadual de Saúde, ocasião em que o comandante da companhia aérea de Joinville levará ao secretário de Saúde a sugestão de que na tribulação do helicóptero haja um médico cedido pela secretaria de Saúde. Por que isso? Porque é muito importante na resposta do evento. O batalhão da companhia aérea de Joinville atende a 45 cidades, 2,2 milhões pessoas, segundo dados do IBGE. A área atendida pelo helicóptero Águia da Polícia Militar representa 43% do PIB catarinense.
E que significa ter ou não um médico? Significa muito! Por exemplo, estava hoje vindo de Joinville e em frente ao posto policial da cidade de Itapema havia duas ambulâncias do Samu. O que elas estavam fazendo na frente daquele posto que fica na frente do Posto Rodoviário Federal? Elas estavam fazendo baldeação de doente. Por quê? Porque quando um doente vem de uma cidade para fazer algum tipo de tratamento especializado na capital, a ambulância do Samu, respeitando o seu regimento, não pode passar do seu limite.
Então, vamos supor, a ambulância de Joinville pode chegar até Barra Velha; a ambulância de Barra Velha pode chegar até Navegantes; a ambulância de Navegantes pode chegar até Balneário Camboriú, e assim sucessivamente. Elas têm uma delimitação diária, e a ambulância não pode passar daquela delimitação diária. E o que elas fazem? Elas vão fazendo baldeação do doente: elas param e tira-se o doente da ambulância para colocá-lo em outra ambulância. Enfim, vão parando e fazendo a baldeação do doente.
Se tivermos um médico na tripulação do helicóptero, o helicóptero pode fazer esse tipo de traslado, em emergência, sem a necessidade de fazer a baldeação das pessoas que estão sendo atendidas pelo Samu. Isso pode ser essencial para o salvamento de uma vida.
Além disso, a resposta mais rápida que chega é o helicóptero e, muitas vezes, ele chega antes das ambulâncias nos locais de acidentes ou do evento que precisa da ação da Polícia Militar e dos paramédicos.
Se na tripulação houver um médico, ele já poderá entubar o paciente e fazer procedimentos que outros enfermeiros e atendentes plantonistas não conseguem, muitas vezes, fazer.
Por isso, levaremos esse pedido da segunda companhia aérea de Joinville ao secretário João Paulo Kleinübing para que possamos fazer esse convênio entre a Polícia Militar e a secretaria de Saúde, objetivando ter na tripulação dos helicópteros - há uma companhia em Florianópolis, a segunda companhia é em Joinville e a terceira companhia está sendo montada na região de Lages -, um médico, como acontece no Paraná, e isso fará uma grande diferença.
Por isso, tenho certeza de que João Paulo Kleinübing vai ser sensível a esse projeto, porque precisamos fazer de tudo para salvar vidas.
Mais uma vez, parabéns ao governador Raimundo Colombo por ter investido na formação de profissionais.
Muito obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)