Pronunciamento

Kennedy Nunes - 002ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 06/02/2014
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Sr. presidente, sras. deputadas, srs. deputados, catarinenses que nos acompanham neste plenário, bem como pela TVAL e pela Rádio Alesc Digital.
Assomo a esta tribuna até porque ontem, no pronunciamento que fiz aqui, mostrei um jornal que publicava uma série de ações feitas nesta semana, em Joinville, com relação a várias manifestações, como falta d'água, aumento da passagem, superlotação no Hospital São José, mas o que mais trouxe repercussão foi a chamada lista de Schindler de Joinville, do prefeito Udo Döhler.
Deputada Angela Albino, v.exa. acredita que o dr. Roberto Lepper, um juiz de Joinville, disse para a prefeitura que, se não diminuísse a fila de espera de consultas com especialistas principalmente na área de reumatologia, iria bloquear o dinheiro do Fundo Municipal da Saúde, que tem hoje R$ 130 milhões em caixa?
Aí a prefeitura respondeu ao juiz dizendo que eliminou 3.600 pessoas e que a fila quase não existia. Então, todo mundo ficou contente, porque a prefeitura deu um jeito em resolver o problema de 3.600 pessoas que estavam na fila há cinco anos.
O problema, deputado Sandro Silva, v.exa. que é de Joinville sabe, pois está acompanhando de perto, é que o Ministério Público começou a investigar e agora é alvo de uma investigação que pode resultar numa ação criminal ao prefeito Udo Döhler. E se isso acontecer é passível de improbidade administrativa, sendo ele colocado para fora do cargo.
Deputado Padre Pedro Baldissera, o Ministério Público está descobrindo que as pessoas que a prefeitura disse oficialmente ao juiz que saíram da fila não é porque foram atendidas, é porque foram retiradas. É a lista de Schindler.
Ontem, mostrei aqui o jornal Gazeta de Joinville que traz essa matéria, inclusive com a posição da procuradora do Ministério Público Estadual, doutora Simone, que relatava que, se comprovada a mentira da prefeitura, vai entrar com um processo criminal contra o prefeito.
Aí alguns torcedores do prefeito me criticaram dizendo que estou fazendo demais, estou alardeando aquilo que não é verdade, que o jornal Gazeta de Joinville só mete o pau no prefeito e que não teria veracidade isso.
Então, se o Jornal Gazeta de Joinville só mete o pau no prefeito, se o deputado Kennedy Nunes está fazendo mais do que é, eu gostaria que a assessoria colocasse o vídeo dessa matéria, que é outro órgão de imprensa, que vai fazer com que os catarinenses possam assistir e entender melhor o que está acontecendo em Joinville com a lista de Schindler do prefeito Udo Dölher.
(Procede-se à exibição do vídeo.)
O que dizer?
A deputada Angela Albino lembrou muito bem que essa lista de Schindler é do mal. Aquela outra era do bem, pois quem entrava na lista não morria, era salvo. Lá em Joinville é a lista de Schindler do mal. E vi a tranquilidade com que o homem do governo falava em relação à coisa, com uma expressão como se estivesse em casa contando uma história de pescador, dizendo que se faz assim: "passa a régua". Aonde vamos chegar?
Deputado Dado Cherem, v.exa. que já foi secretário da Saúde deve ficar muito revoltado como todos os catarinenses ao ver uma situação dessas daí, pois os homens do governo não tiveram nem coragem de ir à RBS para dar uma resposta. Colocaram o homem e disseram: "passa a régua". Lá em Joinville está difícil, porque para garantir atendimento na Saúde a pessoa tem que se acorrentar em frente à prefeitura. E agora o prefeito diz "passa a régua".
Quem está dizendo sobre essa investigação não é apenas a imprensa, mas o Ministério Público estadual que está investigando. E comprovada a mentira da prefeitura será aberto um processo criminal contra o prefeito e o secretário da Saúde por mentir à Justiça.
Deputado Gelson Merisio, "passa a régua", é assim. As pessoas esperando cinco anos. O prefeito tem pessoas há cinco anos na fila de espera disse que iria diminuir a referida fila com especialistas. O prefeito Udo Döller diz: "passa a régua"!
Quero terminar a minha fala de hoje tão indignado como todo mundo está em Joinvile e, com certeza, em Santa Catarina com esse tipo de gestão "passa a régua".
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)