Pronunciamento

Kennedy Nunes - 023ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 03/04/2013
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, público que nos acompanha neste plenário e aqueles que nos acompanham pela TVAL e Rádio Digital, ontem falei nesta tribuna um pouco em relação à viagem que participei, na semana passada, representando a Assembleia Legislativa, deputado Ismael dos Santos, na missão que foi feita com várias entidades técnicas no estado de Califórnia, na cidade de São Francisco, sobre um problema muito sério no Brasil e no mundo no que ser refere ao lixo, o que fazer com o lixo, como tratar, como fazer a destinação, a reciclagem, a compostagem.
Esse é um tema que quero trazer aqui para discussão nesta Casa, bem como para que possamos ter uma consciência diferente em relação a essa questão da produção do lixo. Cada vez mais temos lixo a ser produzido. Uma das coisas que é bem caseira nosso, e todo mundo sabe, é que antigamente tínhamos três tipos de shampoo, um para cabelo seco, outro para cabelo oleoso e outro para cabelo normal. Eram três tipos, e tínhamos que usar um deles. Hoje, tem o shampoo da mulher, do filho, do marido. E por que estou falando disso? Porque cada tipo de shampoo vai gerar um lixo, vai gerar a logística da embalagem, do produto que não é só o que está dentro, mas principalmente na embalagem, ou seja, produzimos muito lixo e não estamos sabemos como tratar desse assunto.
Ontem, mostrei uma prestação de contas da minha viagem. O que os Estados Unidos estão fazendo em relação à Califórnia, principalmente, em relação ao lixo eletrônico, às televisões, aos tubos de imagem, aos computadores, às impressoras, projetores, celulares, baterias, ou seja, essa produção de lixo eletrônico... O que eles estão fazendo? Ontem rodei e está à disposição no site esse vídeo.
Hoje, quero que a assessoria rode esse vídeo sobre um dos relatórios que fiz quando fomos visitar uma usina de lixo, reciclagem e compostagem, em que eles transformam o lixo orgânico em adubo e gás metano.
(Procede-se à apresentação do vídeo.)
Bom, fiz essas imagens com o celular, para ver como eles estão trabalhando a questão do lixo. Estamos perdendo muito. Tudo é levado para os aterros sanitários ou lixões. Muita coisa não precisava ir para o meio ambiente e poderia dar muito dinheiro inclusive para as cooperativas e as pessoas que estão precisando fazer esse tipo de reciclagem.
O que mais me chamou atenção foi entender que aqui, no Brasil, estamos com a concepção da separação. Quando falamos em reciclagem, a preocupação é apenas com a separação. O problema é para onde vai o lixo depois de feita a separação. Qual o destino? Vai para o lixão. A consciência do americano com relação à produção do lixo não é a separação, pois ela já está incluída na cultura deles. Para cada lixo produzido é feita a pergunta: para onde vai isso? E há apenas três lugares, a reciclagem, a compostagem, que vimos na filmagem, onde se produz o gás metano e o adubo, ou então o aterro.
A Califórnia é considerada hoje um dos estados americanos mais verdes dos Estados Unidos, e São Francisco é a cidade mais verde, onde várias empresas já estão incluídas no Programa Lixo Zero.
Srs. deputados, hoje apresentei à Mesa Diretora um projeto no sentido de que esta Assembleia Legislativa adapte-se ao Programa Lixo Zero. E isso significa não deixar nada ir para o aterro sanitário, mas para a compostagem ou reciclagem.
Amanhã vou trazer um copo, um garfo, uma faca e uma colher feitos de milho, raízes e ervas. E existe no Brasil essa tecnologia de fazer os produtos descartáveis com ervas, milho e raízes, então, por que não a estamos empregando? Assim sendo, trarei esse assunto sempre à tribuna para que pensemos sobre o lixo que produzimos.
Quanto ao restante do relatório, está no site e pode ser visto por todos.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)