Pronunciamento
Kennedy Nunes - 109ª SESSÃO ORDINÁRIA
Em 25/11/2009
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas que estão presentes, colegas catarinenses que estão acompanhando os trabalhos do dia hoje, porque haverá uma votação muito importante. Infelizmente, a política do governo é esta, do abono. Não existe uma política salarial para que vocês possam ter a garantia de que daqui a pouco o governo não resolve retirar o abono. Porque o abono é assim: hoje tem, mas amanhã pode não ter. Mas o meu conselho, quando se trata de uma política de abono, é o seguinte: não contem com esse dinheiro para um financiamento. Essa é que é a verdade!
Quando se fala de política salarial de governo fala-se do funcionário entrar na carreira com um determinado valor e, ao longo do tempo, subir uma escala para, quando chegar ao final dos 30 anos trabalhados, ter uma forma de saber que vai chegar lá com um aumento. Mas hoje, se formos verificar a tabela salarial do governo, veremos que há três níveis salariais: dez linhas para baixo, 15 linhas para o lado, mas o servidor, que começou com o valor, como o mais baixo, por exemplo, de R$ 750,00, ao final de 30 anos continuará recebendo R$ 750,00.
E é o dissemos hoje pela manhã na comissão: nós, do Partido Progressista, entendemos que, com essa política de abono, o governo está com uma panela de pressão para explodir. E a dona-de-casa sabe que, quando a panela de pressão está há muito tempo no fogo, ou ela desliga o fogo ou ela puxa a válvula para cima para esvaziar um pouco a pressão, senão ela arrebenta! O governo está fazendo isso. O funcionalismo público estadual está sendo cozido há muito tempo! Há sete anos sequer o governo faz a revisão pelo índice de inflação, que é lei! E agora a nossa bancada teve que entrar na Justiça, no Supremo Tribunal Federal, para exigir que o governo faça a revisão que nos últimos sete anos sequer fez. É de índice inflacionário que eu estou falando.
Os delegados estão há 11 anos com a mesma folha de pagamento! Isso é impossível! E aí o que aconteceu? Teve que haver uma encrenca de os delegados levarem os presos e os agentes penitenciários não aceitarem receber os presos; daí ameaçar uma greve e entrarem em greve. E aí o governo vai, abre a válvula da panela de pressão e esfria um pouco: manda para cá o plano de cargos e salários dos agentes e aí ameniza tudo. Os delegados têm que se reunir, tem que se organizar, e aí a pressão continua. O governo manda para cá um abono. E é assim com a Saúde e com os auditores. Ou seja, esta é a política salarial do governo: a política da panela de pressão.
Mas o que deveria resolver não está resolvendo, que é diminuir o fogo para que não haja tanta pressão. Não adianta mandar para cá, a todo instante, projetos de abonos para diminuir a pressão! Não vai dar, governador! Faça o que deve ser feito, ou seja, uma revisão séria, com planos sérios, para que os trabalhadores façam a coisa certa, na certeza de que estarão sendo valorizados ao longo do tempo de trabalho.
Mas a nossa bancada vai votar a favor, como já votou nas comissões. E digo isso só para fazer o registro a todos vocês que estão aqui.
(Palmas das galerias)
Mas eu queria falar sobre outro assunto, e eu vou voltar a falar dele aqui, deputado Pedro Uczai. Na semana passada, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Santa Catarina veio a esta Casa pedir apoio aos deputados. Os deputados deram um espaço de dez minutos, ouviram-no e foi criada, a meu pedido, uma comissão da secretaria de Saúde para acompanhar todo o entrave naquele momento. Os servidores da Saúde estavam em greve, acompanhamos toda a questão, criamos a comissão naquela sala, marcamos uma audiência com a sra. Carmen Zanotto no outro dia, que foi desmarcada sem sabermos qual o resultado.
Na sexta-feira, o Sindsaúde fez aqui uma assembleia e suspendeu o movimento de greve. Quando eu cobrei aqui uma ação do governo para que atendesse o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, o deputado Darci de Matos usou da palavra em aparte e disse: "Amanhã, às 11h, haverá a reunião do sindicato com a secretaria, porque vão começar a trabalhar, e todos os deputados estão convidados."
Pois bem. Eu saí de Joinville - e a deputada Professora Odete de Jesus me pediu para estar aqui, já que ela não poderia estar - e quando eu cheguei à secretaria de Saúde e encontrei as portas fechadas, disse: "Eu vim para a reunião". Daí, disseram: "O senhor não pode entrar". Respondi: "Esperem! Como é que eu e o deputado Darci de Matos viemos de Joinville e não vamos entrar?! Eu vim até aqui e agora não vou entrar?" Aí saiu lá de dentro o secretário, nosso colega Dado Cherem, e disse assim: "Deputado, peço que o senhor não entre porque nós estamos lavando roupa suja lá dentro com o sindicato."
Srs. deputados, que engraçado! O sindicato vem à Casa do Povo pedir ajuda aos deputados. Quando nós vamos lá é hora de lavação de roupa suja? E o sindicato sequer teve a hombridade, deputado Sargento Amauri Soares, de dizer assim: "Se os deputados não podem participar dessa conversa, porque nós fomos lá pedir apoio, nós vamos retirar-nos". Mas não! Ficou lá para lavar roupa suja com a secretaria da Saúde.
Eu me lembrei: será que estão lavando a roupa da secretaria de Saúde que estava sendo vendida numa loja lá em São Paulo e que está sob investigação policial? Será que é aquela roupa suja que estão lavando? Que roupa suja estão lavando? Qual seria o assunto que nós, deputados, não poderíamos ouvir ao participar de uma reunião a portas fechadas entre sindicato e secretaria da Saúde? Faz favor!
Sindsaúde, enquanto vocês não tiverem uma posição correta e souberem que toda negociação que vocês fizerem com o governo, depois de vir aqui pedir o apoio desta Casa, pode ser acompanhada por deputados da comissão de Saúde, não contem comigo! Esse tipo de conluio, de pelego, comigo não! Fazer este deputado vir lá de Joinville para ser barrado na porta da secretaria da Saúde, eu e o deputado Darci de Matos, porque o sindicato estava lá dentro, isso me cheira a sindicato que vem usar este Parlamento, usar esta Casa, usar este microfone sagrado para fazer pressão para, na hora de negociar, negociar a portas fechadas. Lavar roupa suja! Que vergonha, Sindicato de Saúde!
Faço aqui o meu protesto, sr. presidente, porque esta Casa foi envergonhada quando dois parlamentares foram barrados na entrada de uma reunião pedida por nós, deputados, onde o secretário não nos deixou entrar e o sindicato aceitou fazer a conversa às escondidas. E é bom que os funcionários da secretaria de Saúde saibam que o sindicato está tratando a portas fechadas, está lavando roupa suja com o governo. Que vergonha!
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)
Quando se fala de política salarial de governo fala-se do funcionário entrar na carreira com um determinado valor e, ao longo do tempo, subir uma escala para, quando chegar ao final dos 30 anos trabalhados, ter uma forma de saber que vai chegar lá com um aumento. Mas hoje, se formos verificar a tabela salarial do governo, veremos que há três níveis salariais: dez linhas para baixo, 15 linhas para o lado, mas o servidor, que começou com o valor, como o mais baixo, por exemplo, de R$ 750,00, ao final de 30 anos continuará recebendo R$ 750,00.
E é o dissemos hoje pela manhã na comissão: nós, do Partido Progressista, entendemos que, com essa política de abono, o governo está com uma panela de pressão para explodir. E a dona-de-casa sabe que, quando a panela de pressão está há muito tempo no fogo, ou ela desliga o fogo ou ela puxa a válvula para cima para esvaziar um pouco a pressão, senão ela arrebenta! O governo está fazendo isso. O funcionalismo público estadual está sendo cozido há muito tempo! Há sete anos sequer o governo faz a revisão pelo índice de inflação, que é lei! E agora a nossa bancada teve que entrar na Justiça, no Supremo Tribunal Federal, para exigir que o governo faça a revisão que nos últimos sete anos sequer fez. É de índice inflacionário que eu estou falando.
Os delegados estão há 11 anos com a mesma folha de pagamento! Isso é impossível! E aí o que aconteceu? Teve que haver uma encrenca de os delegados levarem os presos e os agentes penitenciários não aceitarem receber os presos; daí ameaçar uma greve e entrarem em greve. E aí o governo vai, abre a válvula da panela de pressão e esfria um pouco: manda para cá o plano de cargos e salários dos agentes e aí ameniza tudo. Os delegados têm que se reunir, tem que se organizar, e aí a pressão continua. O governo manda para cá um abono. E é assim com a Saúde e com os auditores. Ou seja, esta é a política salarial do governo: a política da panela de pressão.
Mas o que deveria resolver não está resolvendo, que é diminuir o fogo para que não haja tanta pressão. Não adianta mandar para cá, a todo instante, projetos de abonos para diminuir a pressão! Não vai dar, governador! Faça o que deve ser feito, ou seja, uma revisão séria, com planos sérios, para que os trabalhadores façam a coisa certa, na certeza de que estarão sendo valorizados ao longo do tempo de trabalho.
Mas a nossa bancada vai votar a favor, como já votou nas comissões. E digo isso só para fazer o registro a todos vocês que estão aqui.
(Palmas das galerias)
Mas eu queria falar sobre outro assunto, e eu vou voltar a falar dele aqui, deputado Pedro Uczai. Na semana passada, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Santa Catarina veio a esta Casa pedir apoio aos deputados. Os deputados deram um espaço de dez minutos, ouviram-no e foi criada, a meu pedido, uma comissão da secretaria de Saúde para acompanhar todo o entrave naquele momento. Os servidores da Saúde estavam em greve, acompanhamos toda a questão, criamos a comissão naquela sala, marcamos uma audiência com a sra. Carmen Zanotto no outro dia, que foi desmarcada sem sabermos qual o resultado.
Na sexta-feira, o Sindsaúde fez aqui uma assembleia e suspendeu o movimento de greve. Quando eu cobrei aqui uma ação do governo para que atendesse o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, o deputado Darci de Matos usou da palavra em aparte e disse: "Amanhã, às 11h, haverá a reunião do sindicato com a secretaria, porque vão começar a trabalhar, e todos os deputados estão convidados."
Pois bem. Eu saí de Joinville - e a deputada Professora Odete de Jesus me pediu para estar aqui, já que ela não poderia estar - e quando eu cheguei à secretaria de Saúde e encontrei as portas fechadas, disse: "Eu vim para a reunião". Daí, disseram: "O senhor não pode entrar". Respondi: "Esperem! Como é que eu e o deputado Darci de Matos viemos de Joinville e não vamos entrar?! Eu vim até aqui e agora não vou entrar?" Aí saiu lá de dentro o secretário, nosso colega Dado Cherem, e disse assim: "Deputado, peço que o senhor não entre porque nós estamos lavando roupa suja lá dentro com o sindicato."
Srs. deputados, que engraçado! O sindicato vem à Casa do Povo pedir ajuda aos deputados. Quando nós vamos lá é hora de lavação de roupa suja? E o sindicato sequer teve a hombridade, deputado Sargento Amauri Soares, de dizer assim: "Se os deputados não podem participar dessa conversa, porque nós fomos lá pedir apoio, nós vamos retirar-nos". Mas não! Ficou lá para lavar roupa suja com a secretaria da Saúde.
Eu me lembrei: será que estão lavando a roupa da secretaria de Saúde que estava sendo vendida numa loja lá em São Paulo e que está sob investigação policial? Será que é aquela roupa suja que estão lavando? Que roupa suja estão lavando? Qual seria o assunto que nós, deputados, não poderíamos ouvir ao participar de uma reunião a portas fechadas entre sindicato e secretaria da Saúde? Faz favor!
Sindsaúde, enquanto vocês não tiverem uma posição correta e souberem que toda negociação que vocês fizerem com o governo, depois de vir aqui pedir o apoio desta Casa, pode ser acompanhada por deputados da comissão de Saúde, não contem comigo! Esse tipo de conluio, de pelego, comigo não! Fazer este deputado vir lá de Joinville para ser barrado na porta da secretaria da Saúde, eu e o deputado Darci de Matos, porque o sindicato estava lá dentro, isso me cheira a sindicato que vem usar este Parlamento, usar esta Casa, usar este microfone sagrado para fazer pressão para, na hora de negociar, negociar a portas fechadas. Lavar roupa suja! Que vergonha, Sindicato de Saúde!
Faço aqui o meu protesto, sr. presidente, porque esta Casa foi envergonhada quando dois parlamentares foram barrados na entrada de uma reunião pedida por nós, deputados, onde o secretário não nos deixou entrar e o sindicato aceitou fazer a conversa às escondidas. E é bom que os funcionários da secretaria de Saúde saibam que o sindicato está tratando a portas fechadas, está lavando roupa suja com o governo. Que vergonha!
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)