Pronunciamento

Padre Pedro Baldissera - 093ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 25/11/2003
O SR. DEPUTADO PEDRO BALDISSERA - Sr. Presidente e Srs. Deputados, neste dia 25 de novembro, na data reservada a Santa Catarina, gostaria de fazer também uma menção àquela que foi torturada e morta de uma forma violenta, que recebeu o nome de Catarina. E foi dela que o próprio Estado herdou esse mesmo nome.
Quero dizer que certamente ela carrega a história e a vida de muitos e muitas deste nosso Estado, deste nosso País, que também vivem a situação de violência, de exclusão, de miséria e de abandono e que clamam por um processo de inclusão, de maneira muito especial no setor público do nosso Estado e do nosso País.
Então, a nossa homenagem a ela, escolhida como sendo a padroeira e da qual o Estado herdou este mesmo nome.
O segundo ponto que queria realçar é de que na região do Oeste do Estado de Santa Catarina, mais propriamente dito dentro da Diocese de Chapecó, aconteceu, neste último Domingo, uma das mais importantes concentrações diocesanas: a concentração missionária e vocacional, animada e coordenada pela diferentes lideranças da Diocese de Chapecó. E no Município de Pinhalzinho tivemos reunidas mais de 6 mil pessoas, que estiveram lá refletindo e revestindo-se dos princípios cristãos, bíblicos, para levar adiante a sua missão e a sua caminhada.
A Diocese de Chapecó tem toda uma história encarnada, que há muitos anos é fruto de uma entrega, de uma doação forte, marcante de muitos pais de famílias, mães de família e de muita juventude que assumiram essa caminhada diocesana, com a nova experiência desse último ano de 2003, com início em 2002, das missões populares, em que as próprias lideranças missionárias têm-se preparado. E depois disso houve o trabalho feito nas 40 paróquias da Diocese de Chapecó.
E no último domingo, culminou com a grande concentração diocesana, onde mais de 6 mil pessoas lá estiveram reunidas fazendo o seu encontro e, ao mesmo tempo, também rebuscando o ânimo e a força para levarem adiante a sua missão enquanto Igreja, povo de Deus, que naquela região vivencia-se a cada momento com maior profundidade.
Outro tema que trago neste momento à tribuna é o importante acontecimento realizado na região Oeste catarinense, mais propriamente dito em Chapecó, promovido pelo Ministério Público daquela Comarca e, especialmente, na pessoa do Promotor Afonso Ghizzo, da Comarca de Chapecó, que tem feito um grande debate pela transparência, por mais justiça e sem corrupção.
Lá reuniram-se os agentes políticos da Comarca de Chapecó, os Prefeitos, os vice-Prefeitos e as lideranças partidárias e comunitárias para realizarem, na sexta-feira, junto à UnoChapecó, esse debate construtivo pela transparência e pela justiça social de uma sociedade livre da corrupção.
O debate tem tido o acompanhamento também da TVAL desta Casa, e queremos agradecer ao Presidente por ter liberado-a para dar cobertura a este importante evento, que terminou com uma grande caminhada na Av. Getúlio Vargas, reunindo mais de 2 mil pessoas que levantaram a bandeira em defesa da transparência, por mais inclusão, por mais justiça social e por uma sociedade livre da corrupção.
Gostaria de parabenizar o Ministério Público, em nome do Promotor de Justiça da Comarca de Chapecó, Dr. Afonso Ghizzo, por esta importante iniciativa, por este brilhante trabalho que tem feito e desempenhado naquela cidade. E certamente esta bandeira irá se fazer presente também em outras regiões do nosso Estado e do nosso País.
Um outro tema que gostaria de abordar é exatamente sobre esse momento em que a juventude do Estado, através da Fetraf-Sul, está mobilizando mais de 600 jovens hoje e amanhã em busca de uma pauta de reivindicações.
Fazemos questão de ressaltar, dentre elas, a primeira terra. Na sociedade da qual fazemos parte, um grande número de jovens está abandonando as suas famílias no setor da agricultura. É claro que são "n" questões que se fazem presentes, e ao longo desses últimos anos está-se agravando cada vez mais o êxodo rural e, de maneira muito especial, dos nossos jovens, porque perderam a expectativa e o ideal de permanecer na atividade da agricultura,
É claro que tudo isso depende de políticas que possam ir ao encontro desses jovens e das famílias que vivem o árduo trabalho do dia-a-dia, que chegam a trabalhar 18 horas por dia. E a sua atividade lá na roça começa desde pequeno, a partir dos 8, 9 ou 10 anos são introduzidos no aprendizado da agricultura e às vezes não são reconhecidos.
Por isso, estão hoje aqui tentando fazer com que haja uma sensibilidade não só do Governo do Estado de Santa Catarina, mas dos Estados do Paraná e do Rio Grande do Sul e também em nível de País, enfim, dos nossos governantes, dos agentes políticos e das lideranças para que possamos fazer com que haja políticas públicas para dar respostas a essa urgente necessidade de esses jovens continuarem na atividade da agricultura, porque entendemos que a agricultura é o emprego que menos se investe, que menos custa, e o retorno é sempre imenso.
Por isso, essa mobilização e organização desses jovens.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)