Pronunciamento

Maurício Eskudlark - 054ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 03/07/2013
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, público que nos acompanha pela TVAL, faço uma saudação especial ao ex-deputado e conselheiro aqui presente, Otávio Gilson dos Santos, que nos traz grande saudade do seu tempo de tribuna. Para nós é uma honra recebê-lo aqui.
Hoje estive visitando o hospital Governador Celso Ramos. E lembro-me aqui quantas vezes fui procurado por pessoas que tinham parentes, familiares, aguardando uma cirurgia no hospital, principalmente traumatizados, vítimas de acidentes de trânsito.
Nessa visita ao hospital tivemos uma conversa com o diretor, médico especialista em administração hospitalar, Libório Soncini. Ele nos relatava o que tem feito no hospital, nos últimos meses, procurando tornar o atendimento o melhor possível.
Eu sempre disse, pela minha atividade profissional na segurança pública, que as pessoas sempre estão abaladas ao chegarem a dois locais. No hospital, onde vivenciam um caso grave, um caso de acidente, um caso de doença, e numa delegacia de polícia, numa unidade policial.
Nesses locais as pessoas chegam fragilizadas, vítimas de alguma violência, de algum problema, e precisam de um bom atendimento. E o hospital Governador Celso Ramos tem um excelente atendimento. São 1.500 funcionários, um grande número de funcionários, que se desdobram para dar um atendimento de qualidade.
Nós tínhamos no Hospital Celso Ramos 80 leitos. A capacidade máxima do hospital seria de 200 leitos. Hoje existem 225 leitos em atendimento, em funcionamento. Ou seja, foi possível organizar de uma forma que o número previsto, que era o máximo, esteja hoje superado e dando atendimento à população.
As salas de cirurgia também foram ampliadas, os leitos de UTI foram ampliados, e passam hoje pelo Hospital Celso Ramos, diariamente, em torno de três mil pessoas, entre quem recebe atendimento, familiares, visitas. Então, é um número muito grande de atendimentos e de pessoas que passam pelo hospital.
O hospital está com a sua plena capacidade na área de UTI, na área de cirurgia, na enfermaria, então tem conseguido dar esse atendimento.
Na emergência, há seis meses, a informação é de que muitas vezes 70 a 90 pessoas ficavam nos corredores aguardando cirurgia, aguardando um quarto, que agora baixou para uma média de 20 pessoas.
O hospital tem um movimento muito grande. A todo instante chegam ambulâncias, chegam pessoas feridas, trazidas por particulares, mas conseguiu diminuir aqueles caos de quase 100 pessoas nos corredores. E não deveria ter nenhuma pessoa no corredor; é isso que deseja a administração, os enfermeiros, os médicos, mas como a demanda é muito grande, isso acontece ainda.
A questão dos traumas das cirurgias, segundo o diretor Libório Soncini, o hospital recebe em média uma pessoa traumatizada para atendimento a cada 40 minutos.
São necessárias em média 14 cirurgias por dia de traumatismo em vítimas de acidentes. O hospital tem conseguido dinamizar essas cirurgias; inclusive, hoje se verifica as dificuldades impostas pela Lei de Licitações, e eles precisam de um regime especial de compras. Para a Copa do Mundo há um regime especial, mas não temos para resolver a questão da saúde.
O hospital precisa hoje adquirir 12 leitos, tem local para recebê-los, e há uma burocracia gigante para que o hospital possa fazer a aquisição dessas camas. O objetivo desses leitos é reduzir o tempo de espera das pessoas aguardando uma cirurgia. Esses 14 atendimentos têm sido resolvidos, ficando lá raramente uma ou duas cirurgias para o dia seguinte.
Então, esse é um trabalho de administração, dos médicos, dos enfermeiros, enfim, de todo o corpo clínico. Imaginem as pessoas com traumatismo aguardando numa maca, no corredor do hospital, e às vezes, pior, a pessoa volta para sua residência e aguarda ser chamada para quando o hospital tiver condições de fazer a cirurgia.
Há uma preocupação muito grande da administração do Hospital Celso Ramos em minimizar essas dificuldades e melhorar o atendimento. Hoje o hospital não tem mais enviado as pessoas para as suas residências, para ficarem no aguardo da cirurgia.
Eu fiz uma visita ao Hospital Celso Ramos e não sou da comissão de Saúde da Assembleia; fiz por conhecer o diretor do hospital, até por uma matéria que foi divulgada de que os pacientes e funcionários estariam sem água. É uma inverdade que foi esclarecida pelo diretor.
Quando as pessoas têm um direito seu atingido, têm por norma reclamar. Em cada andar do hospital, havia uma cantina, onde os servidores faziam suas refeições. E a Vigilância Sanitária não permite isso, por motivo de higiene e de contaminação. O hospital que já queria fechar essas cantinas agora recebeu a notificação desse órgão, e o diretor determinou para que não funcionassem mais. É claro, tem um refeitório-geral, e os funcionários têm que se deslocar. Isso causou algum tipo de descontentamento, mas tem que ser entendido pelos servidores, porque é uma necessidade do hospital.
Então, quando o paciente começou a pedir água, responderam que teria somente no refeitório. O diretor então tem a preocupação, inclusive, se necessário, de colocar bebedouros, para que não haja qualquer tipo de dificuldade.
O Hospital Celso Ramos presta um serviço muito importante, relevante, à sociedade catarinense e à nossa população e não pode ter a sua imagem maculada perante a opinião pública.
Então, temos que ressaltar, sim, o grande serviço de todos os servidores médicos e da administração do Hospital Celso Ramos em prol da população de Santa Catarina.
(SEM REVISÃO DO ORADOR)