Pronunciamento

Maurício Eskudlark - 022ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 25/03/2014
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Sr. presidente, srs. deputados, público que nos acompanha, com relação a este registro do colega deputado Ismael dos Santos sobre o combate às drogas em Santa Catarina, quero informar que temos uma delegacia de repressão a entorpecentes na Deic comandada pelo delegado Cláudio Monteiro, que faz um excelente trabalho nos organismos de combate ao tráfico de drogas deste país com melhores resultados, com um grupo de policiais empenhados.
E essa luta é inglória porque a polícia prende e em pouco tempo essa criminalidade volta para as ruas. Como disse aqui na semana passada, tem que se fazer cadeia para retirar o preso perigoso, o marginal do meio social, para que deixe de ser um problema à sociedade.
Essa utopia de querer recuperar todo mundo em curto espaço de tempo não acontece. Então, temos que proteger a sociedade tirando do meio essa criminalidade.
Eu, quando ainda estava na chefia da Polícia Civil, recebia os relatórios sobre a atuação das organizações criminosas, função que o pessoal da Inteligência fazia, e já me preocupava muito o caminho que estávamos enfrentando com relação à criminalidade, ainda mais quando os bandidos começam a se reunir, a formar quadrilhas, verdadeiros exércitos, como tem ocorrido nos presídios deste país, aterrorizando a população.
Eu queria fazer o registro, solidarizar-me com o deputado e me incorporar ao pronunciamento do deputado Ismael dos Santos a respeito da delegacia de combate às drogas.
Na semana passada, foi realizada uma operação policial no município de Piçarras e na troca de tiros entre marginais e policiais cinco marginais acabaram morrendo. E a região de Barra Velha, Piçarras, Penha, Navegantes é uma das regiões que mais enfrenta a questão do roubo, da invasão de residência, que mantém famílias sob ameaça, sob pressão, com agressões, com tortura, e as Polícias Civil e Militar da região, que têm trabalhado juntas, têm conseguido resultados, têm efetuado muitas prisões. Havia um tal de Maranhão naquela região, deputado Antônio Aguiar, com 29 processos e que estava na rua.
Então, a aplicação da lei, da Justiça, é muito lenta. Se a polícia não funcionasse, os presídios não estavam cheios, porque para alguém ir para o presídio tem que ser preso, investigado, tem que haver um processo, etc. Mas há casos como o desse cidadão que com 29 processos em andamento, ainda está na rua.
Então é difícil fazer segurança pública. Não adianta colocar dez mil policiais na rua, se é para prender e depois soltar o marginal.
Quero parabenizar aquela equipe de policiais civis e militares pela pronta ação. Eles receberam a informação de que essa quadrilha que rouba residências, iria agir em determinado bairro. Então, montaram uma campana, um dos marginais veio de moto e ao perceber a presença dos policiais empreendeu fuga. Os demais marginais que estavam num veículo que vinha atrás, ao tentar fugir, colidiram com uma viatura policial. Desceram do veículo atirando e os cinco marginais acabaram sendo mortos.
Eu quero parabenizar o delegado Farah, de Piçarras, que também atende o município de Penha, o Alan, que é o delegado responsável pela delegacia do município de Penha, enfim, aquela equipe, pela pronta ação, pelo cuidado, pelos vários dias que ficaram fazendo campana naquele bairro, no intuito de proteger as famílias.
Não foi naquele dia específico, era um trabalho de tempo. Infelizmente, precisaram agir com energia ante a resistência e a agressão dos marginais. Precisaram agir com rigor, disso resultaram cinco marginais mortos, todos na faixa de 17 a 29 anos, com passagem pela delegacia. Com certeza, agora com as fotografias, foram identificados como autores de muitos daqueles crimes violentos ocorridos contra empresários, cidadãos, famílias do município de Penha, Piçarras, Barra Velha e Navegantes.
Então, registro os parabéns aos nossos policiais civis e militares.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)