Pronunciamento

Maurício Eskudlark - 095ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 22/10/2013
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas, público que nos acompanha pela TVAL e pela Rádio Alesc Digital, pessoas que nos acompanham no plenário da Assembleia Legislativa, quero dizer que concordo com as palavras do deputado Silvio Dreveck com relação à questão da exploração do pré-sal, das nossas riquezas, no sentido de que nada valem riquezas a 7.000m do fundo do mar para o cidadão brasileiro, para aquele que está numa emergência de um hospital, para aquele que está aguardando uma cirurgia, para aquele que precisa de um medicamento e não recebe nada, para aquele que quer uma educação de melhor qualidade para os seus filhos.
Precisamos, sim, mas não daqui a 30 anos, 50 anos, explorar agora essas riquezas, explorar as economias e transformá-las em benefício do nosso cidadão, da nossa população.
O cidadão não quer saber se há petróleo lá, quem é que está explorando. Claro que é importante que haja controle, e ninguém vai abrir mão disso, quanto ao atendimento de interesses escusos. Pelo menos é o que todos nós esperamos, o que todos querem fiscalizar e o que todos querem acompanhar.
Nós queremos educação com qualidade, hospital com qualidade, estradas com qualidade, segurança! Então, não adianta riqueza a 7.000m porque é nossa, porque somos patrióticos e o nosso cidadão, no dia a dia, com o seu filho numa emergência de um hospital sem receber atendimento. Temos que explorar, temos que buscar países e empresas que tenham esse know-how e transformar essa riqueza em bem-estar, em qualidade de vida ao cidadão brasileiro.
Então, entendo que quanto mais rápido encontrarmos esses recursos, mais temos que fazer. O governo federal já não aplica tudo que o devia, o que poderia na educação, na saúde, nas estradas. Por isso, não pode deixar de buscar parcerias, correndo o risco, se não o fizer, de tirar dinheiro da educação, da saúde. Isso, sim, é um absurdo, isso, sim, é uma calamidade. Então, temos que buscar parcerias.
Nós vivemos num mundo, numa economia globalizada, com fiscalização, com critérios e essa renda tem que servir ao nosso cidadão, à nossa população. Deixar a riqueza lá porque é nossa, porque temos atos de bravura, não é isso que o cidadão quer. Ele não quer bravura nenhuma, quer um hospital com qualidade, quer educação com qualidade, quer oportunidade de trabalho, melhores rodovias, comunicação, qualidade de vida. Nós queremos ver o nosso cidadão chegando à média de 80 anos, 90 anos, 100 anos com qualidade de vida.
Assim sendo, as riquezas que existem têm que ser exploradas. Temos que buscar, sim, um caminho para que, o mais rápido, essas riquezas, se existem, sejam transformadas em bem-estar para a nossa população, para o nosso cidadão.
Então, vejo que o governo federal, neste ponto, busca essa exploração e utilizou um processo transparente. Todos estão vendo o que está sendo feito e com essas empresas, que têm condições de investir sem que o brasileiro tire da saúde, que já é precária, da educação e dos transportes, pode sim, efetivamente, investir em benefício da nossa população.
Há um segundo registro que quero fazer. Gostaria de dizer que estive, hoje, visitando o meu amigo, o vereador Arcendino José Cerino, o Zunga, do município de Palhoça, um vereador ativo, trabalhador e muito próximo da população. Entre os vários assuntos que tratei com a sua equipe de gabinete, com o meu amigo Agnaldo que ajuda o nosso gabinete e o gabinete do vereador Zunga no município de Palhoça, foi abordado o assunto de que ele hoje ele está entrando com um documento com referência aos acessos do município de Palhoça à BR-101.
Em Balneário Camboriú ocorreu o mesmo e, por uma pressão da comunidade, foi possível evitar o pior: a Polícia Rodoviária Federal e o DNIT querendo deixar o município de Balneário Camboriú com um único acesso à BR-101.
Se hoje já existem nas vias marginais congestionamentos, o cidadão estressando-se porque não há acessos condizentes com o tamanho do município, a pretexto de desafogar a BR-101, nós não podemos sacrificar o cidadão do município.
Em toda extensão de Palhoça, um município cortado pela BR-101, estamos vendo que o projeto da Polícia Rodoviária Federal e do DNIT é deixar aquele grande município com um único acesso. Hoje os moradores, os estudantes, os trabalhadores que saem pela manhã para ir ao serviço, para vir a Florianópolis ou para ir à faculdade estão encontrando as vias próximas à BR-101 totalmente congestionadas, e isso é inadmissível!
Em Balneário Camboriú foi preciso que os moradores trancassem a BR-101 e exigissem a abertura do acesso ao município para que houvesse um entendimento.
Ora, iria ficar um único acesso. Imaginem o dia em que houvesse um congestionamento ou um acidente de trânsito naquele acesso, o caos que se transformaria o município, as ruas próximas, e também a própria BR-101, porque o trânsito iria parar!
Em Palhoça ocorreria a mesma coisa. Infelizmente, a Polícia Rodoviária Federal, a pretexto de tornar rápida a BR-101, causaria um dano, um prejuízo muito grande à população do município.
Então, debatemos esse assunto com o vereador Zunga e ele vai apresentar a Moção n. 39/2013 na sessão da Câmara de Vereadores de Palhoça, pedindo uma mobilização buscando junto ao governo do estado e ao governo federal uma solução para essa questão.
Então, é necessário que todos nós nos mobilizemos em prol de tornar a qualidade de vida melhor para a população da Grande Florianópolis.
Enquanto o contorno viário, que já deveria ter sido iniciado, não ocorre, a população da Grande Florianópolis não pode ser penalizada por ações como essa de querer transformar a BR-101 mais rápida, mas, em contrapartida, engessando todo o sistema viário dos municípios de Florianópolis, São José e Palhoça.
Parabenizo o vereador Zanga pela mobilização em prol da população do município de Palhoça. Vamos endossar e pedir o apoio desta Casa nessa questão que é muito importante para todo o cidadão. Precisamos nos habituar com uma nova realidade, com mais cautela no trânsito, despendendo tempo a mais no deslocamento para o trabalho, para a casa, e vice-versa.
Precisamos também da colaboração de quem administra esse trânsito para deixá-lo cada vez mais viável à população local. Aqui em Florianópolis o prefeito Cesar Souza adotou uma providência com referência à população de Coqueiros, quando os veículos que vinham da BR-101, através da via expressa, começaram a cortar pelo Abraão e vir por Coqueiros, transformando num caos para os moradores locais aquele acesso. Ele determinou que a Guarda Municipal trancasse aquele acesso na via expressa, próximo ao bairro Abraão, dando melhor qualidade de trânsito, de tranquilidade para o deslocamento da população, principalmente do Abraão e de Coqueiros, em direção ao centro da cidade.
Então, o administrador tem que ter essa sensibilidade. Fazer o trânsito fluir mais rapidamente, principalmente dando atenção especial ao morador das vias locais, das vias próximas as suas residências.
Apoiamos essa ação do prefeito Cesar Souza aqui na capital e as ações do vereador Zunga em benefício dos moradores de Palhoça.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)