Pronunciamento

Maurício Eskudlark - 024ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 26/03/2014
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Muito obrigado, sr. presidente.
Eu gostaria de registrar com alegria a presença do meu amigo Clairton Geller, ex-presidente da Asme, que é uma grande liderança do município de São Miguel d'Oeste e de toda a região.
Também registro a presença da sra. prefeita Ivone De Geroni, do município de Calmon, e parabenizo-a pela condução dos trabalhos naquele município, neste ano, com o programa Calmon em Chamas. Realmente a cidade está pegando fogo com grandes obras, realizações, viaturas etc. É impressionante o trabalho que ela tem realizando, a exemplo do que o meu amigo João De Geroni fez, quando foi prefeito daquele município.
Também registro a presença do Nerizinho, nosso querido vereador, que faz um belo trabalho naquele município, uma pessoa muito dedicada para com as causas da população.
Um dos jornais do dia de hoje traz a matéria: "Campus em Ebulição: Estudantes virando e destruindo veículos." No jornal Notícias do Dia: "Prisões e tumulto na Universidade Federal de Santa Catarina." Nós lamentamos! Temos que lamentar que numa sociedade em que todos estão numa guerra contra o tráfico, contra o consumo de drogas, em que as famílias tentam se reunir e cobram da polícia ações eficazes dizendo que a polícia não faz nada, que a polícia sabe quem são os traficantes e não prende porque não quer, que a Justiça logo após a prisão, muitas vezes, libera traficantes, vem a reitora da UFSC, que dizem, faz uma péssima administração, mas como vai ter eleição direta para a universidade eu acho que é um mote de campanha dizer que lá vai ser uma área livre para o tráfico e o consumo de drogas.
A reitora da universidade disse que a ação foi arbitrária e desproporcional. Outra matéria trata de que a reitora da UFSC foi surpreendida por uma ação desnecessária, porque para ela combater o tráfico e o consumo de drogas é desnecessário.
Então, a polícia vai na favela para prender, para combater o tráfico de drogas, vai nas universidades pagas, em que as pessoas tiram o dinheiro do bolso para conseguir o seu curso superior, e na universidade em que ela conduz, ou faz de conta que conduz, porque não tem autoridade, pode traficar e consumir drogas.
A reitora disse que a ação foi arbitrária e desproporcional. O que a Polícia Federal fez? Colocou três ou quatro agentes no campus, ficou monitorando o tráfico de drogas, os agentes acompanharam as filmagens, verificaram as pessoas que estavam usando drogas, porque não são estudantes, não estão na UFSC para estudar, estão naquele local, numa área que para os próprios alunos e professores é conhecida como área de consumo de drogas, e isto é relatado como se fosse a coisa mais normal do mundo, e deu voz de prisão. E o que aconteceu? Alunos e professores cercam os agentes da polícia e dizem que não devem levar os usuários de drogas presos.
Portanto, quem foi arbitrário e desproporcional na ação realizada pela Polícia Federal? Se a polícia tivesse feito um cerco, pegado centenas de alunos, colocasse cães farejadores para verificar mochilas, veículos, revistasse todos os alunos, tudo bem! Mas isso não aconteceu! A polícia fez um trabalho de inteligência, identificou quem estava com drogas, e talvez essa ação pudesse servir para inibir, para diminuir ou acabar com o consumo de drogas naquele local. Mas a administração da universidade e os professores, que deveriam analisar a situação que estava ocorrendo naquele momento, acabaram causando tumulto com relação às prisões realizadas, não perguntaram para a polícia o que estava acontecendo. A polícia iria dizer que havia prendido cinco pessoas por estarem portando drogas. E os professores deveriam ter dito aos outros alunos, eles vão ser levados para a delegacia e os trâmites legais serão feitos, e se quisessem mandar um advogado para acompanhar, poderiam ter mandado, porque nesses casos aparecem centenas de advogados para defesa.
Mas não foi isso que ocorreu. Os professores ajudaram a tumultuar, não queriam que a polícia levasse os alunos para a delegacia, enfim, os professores e a reitora da universidade estavam praticamente dizendo que aquela área era livre para o consumo e tráfico de drogas. Nós estamos no fim dos tempos!
E li nos jornais, nas redes sociais, algumas manifestações, que trazem o seguinte: "Esses alunos deveriam ser expulsos e se fosse uma reitora com autoridade, que zela pela educação e pelo patrimônio público, deveria expulsar esses alunos e abrir vagas para os alunos que querem estudar."
Eu acho que é isso que deveria ser feito, porque estudante de Universidade Federal está usando o dinheiro do pobre, do povo, do trabalhador, um dinheiro de todos os brasileiros que pagam os professores e mantêm a universidade. E quem não quer estudar, quem quer fumar maconha, deve ir para o Uruguai, onde o presidente liberou o consumo de maconha.
E recebemos muitas outras manifestações como: "Esses alunos deveriam ser expulsos e novas vagas fossem abertas para quem quer estudar, porque pagar impostos para manter uma universidade pública e manter também os baderneiros não dá. Isso é muito bonito para esses usuários de drogas, que fumam maconha e patrocinam essa violência em que vivemos."
E eu digo que quem fuma maconha patrocina o roubo, a compra de armas, o tráfico de drogas e também os homicídios que temos todos os dias.
Recebemos, ainda, mais manifestações: "Esses estudantes usuários de maconha serão os médicos que irão tratar nossos filhos; os psicólogos que irão orientar nossos filhos sobre o uso de drogas; os engenheiros que construirão as estradas; os arquitetos que urbanizarão as cidades e os professores que irão ensinar as novas gerações. Não tem jeito mesmo! A humanidade não tem futuro!"
A sociedade sente-se atingida pela ação dos professores, da reitora e daqueles que se manifestaram. Os estudantes têm ensino de graça para virar carro e destruir a universidade, porque não querem cumprir a lei dentro da universidade? Então, não façam campanha antidrogas, não sejam hipócritas!
Precisam assistir o filme Tropa de Elite para ver o que faziam aqueles universitários quando alguém era assassinado, colocavam camiseta branca pedindo paz e dentro da faculdade usavam e vendiam drogas! Foi isso que o filme mostrou: uma sociedade hipócrita. E é essa sociedade que a reitora da Universidade Federal de Santa Catarina quer manter.
Pelo que vi a reitora até pode ser reeleita, mas acho que não, porque isso aqui representa menos de 10% dos estudantes que estão lá, pois 90% dos estudantes que frequentam aquela universidade querem fazer um curso superior para pensar numa sociedade melhor, querem aprender e a reitora é um péssimo exemplo, uma vergonha, como diria Boris Casoy.
Então, não podemos admitir que queiram ainda culpar os policiais. A tropa de choque foi para tirar os policiais federais e os presos de lá. A ação da polícia não foi desproporcional, foram dois ou três agentes que fizeram a prisão e se pudessem, cumpririam a lei, não fosse a interferência dos baderneiros e de alguns professores.
Infelizmente, é nesta sociedade que vivemos e esses baderneiros têm que ser punidos!
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)