Pronunciamento

Maurício Eskudlark - 117ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 12/12/2013
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Bom-dia, sr. presidente, srs. deputados e amigos que nos acompanham pela TVAL.
Com relação a essa questão da bolsa, também já fiz um estudo, já me manifestei por escrito, assim como outros colegas deputados, e recebemos uma reivindicação, principalmente, dos alunos da Acafe e entendo que não deve haver nenhuma modificação, pois estaríamos colocando em risco um sistema que funciona, que ajuda as universidades e os alunos que fazem esses cursos em tempo integral. Então, recebi de alunos da Univalle, de alunos da Unoesc, de várias entidades essa reivindicação.
Fiz também um estudo, assim como o deputado Kennedy Nunes fez, e tenho esse mesmo posicionamento. Inclusive já respondi por escrito essa questão, deputado. Entendo que é questão de justiça e assim dever permanecer. Soluções devem ser encontradas, mas assim deve permanecer.
Ouvia, no início da sessão, a manifestação do colega deputado Ismael dos Santos e realmente a Bíblia é um travesseiro, é um consolo e é muito importante para nós.
Ontem, eu falava com um colega que passa por dificuldades momentâneas. Muitas vezes as pessoas, num momento desses, caem em depressão, não sabem a quem se agarrar, os amigos, às vezes, não que os abandonem, mas ocupados na atividade do dia a dia, como a própria família, não percebem que não estão bem e acham que não vão conseguir solucionar essas situações de dificuldade. Mas tendo fé e acreditando em Deus, tudo se resolve ao seu tempo.
Então, ontem eu sugeri para um amigo o seguinte: tenha fé e acredite que tudo vai ser resolvido. Se as pessoas estão longe num momento difícil nem sempre é por abandono. Às vezes é porque cada um está cuidando da sua atividade, do seu dia a dia. Mas a Bíblia é uma solução.
Alguns dizem que os presídios não recuperam, e eu gostaria de dizer que realmente eles não recuperam. Se houvesse uma máquina na qual pudéssemos colocar o ser humano e ele saísse com a cabeça diferente, isso era tudo o que todos nós queríamos!
A criminalidade é uma questão de personalidade. Eu li esses dias uma manifestação de um psiquiatra dizendo que durante 42 anos ele interrogou e debateu com presos recolhidos nos presídios. Ele chegou à conclusão, e eu já disse aqui que esse é um pensamento meu, de que, infelizmente, uma parcela do ser humano nasce com uma índole voltada para a maldade. E nisso não tem a questão financeira e a questão social, não importa se é pobre ou rico. Essa é uma questão de personalidade. Pode ser rico, pode ter uma boa formação, mas mesmo assim vai usar aquele conhecimento para a maldade.
E o que ainda recupera os presos nos presídios são a Bíblia e a fé em Deus. Quando alguém é tocado lá, acaba mudando a sua forma de pensar e acreditando num ser superior e que nada acontece por acaso na sua vida. E realmente nada é por acaso! Tudo há um por quê. Se você tem uma dificuldade, se você atrasar, se você adiantar ou se você conhecer alguém, tudo há um por quê!
Então, a maior recuperação que encontramos ainda nos presídios é de quem passou a ter fé e a acreditar em Deus. Isso muda o seu comportamento.
Não adianta dizer: "Ah, tem que colocar para trabalhar"! Coloca-se para trabalhar um elemento que só tem maldade na cabeça, ele vai utilizar os instrumentos de trabalho para render um segurança e tentar fazer uma fuga. Agora, no Natal, e não sei se felizmente ou infelizmente, mas acho que para a sociedade é infelizmente, haverá o indulto de Natal e o espírito da lei é fazer com que o preso vá para o meio da sua família e comece a ter uma reinserção social. Infelizmente, a grande maioria sai para fazer acerto de contas, praticar roubos e cometer homicídios.
Então, é um momento que, ao invés de haver mais paz para quem já está trabalhando, para quem está com a sua família e para quem é liberado para visitar o seus parentes, acontece exatamente ao contraio: eles saem para praticar crimes. E nós vamos ver que agora no final de ano, na época do indulto de Natal e Ano Novo, alguns saem recuperados mais pela fé e muitos saem para o acerto de contas.
Eu assisti há poucos dias, através de um canal de televisão, um noticiário falando de quatro ou cinco casos de homicídios e roubos. E todos os presos tinham saído há 15 dias ou há um mês da prisão, eram condenados, procurados e foragidos.
Então, não há o que fazer com esses elementos! Eles têm que permanecer presos porque não querem se recuperar. E os que querem se recuperar e praticam um ato involuntário, logo já se arrependem e dizem que querem mudar. E se ele acreditar em Deus, ele se recupera. Senão, pode soltar o preso, dar o melhor emprego do mundo, que ele vai continuar praticando crimes.
Esta era uma das questões que eu queria abordar.
A outra questão é, mais uma vez aqui, parabenizar o governador Raimundo Colombo, o secretário Antônio Gavazzoni e toda a equipe da administração, toda a equipe da Fazenda pelas questões, pelos pacotes salariais que foram aprovados aqui que são bons, pois houve ganho para todos. Alguém até me perguntou por que tanto radicalismo, por exemplo, do Sinpol. Se houve ganhos, tem que negociar. Quem quer conquistar alguém não será através do tapa.
Então, não há diálogo, não há conversa usando camiseta de afronta ao governo. Não é assim que se constrói. Os policiais civis vão ter um salário mínimo com a implementação desse pacote de R$ 4.520,00, podendo se aposentar com R$ 13 mil. Não é ruim. Houve problema dos níveis quatro, cinco, seis, que é o meio da carreira, quando acaba não tendo muitas promoções. O governo se dispôs a estudar essa questão, a fazer um projeto, a corrigir isso.
Mas não será pelo enfrentamento que se resolverá a questão. Quem quer conquistar conversa, respeita. Não é batendo de frente, agredindo e dizendo que tudo está ruim. Não pode levar para o lado político. É perigoso um sindicato que tem presidente e vice-presidente filiados ao mesmo partido levar somente para o lado político, de enfrentamento, de dizer que tudo está ruim. Isso é negativo.
Então, o projeto é bom? Sim, e pode melhorar algumas coisas. Sempre vai poder, e nós temos que construir com o diálogo, com a conversa, com respeito com as pessoas.
Então, quero parabenizar o governo do estado, o governador Raimundo Colombo, o secretário da Fazenda Antônio Gavazzoni, o secretário da Administração Derly Massaud de Anunciação, e agradecer o Décio, o Dacol, enfim, toda a equipe que trabalhou, que teve paciência para discutir e para tratar esses projetos de interesse do funcionalismo do estado.
Obrigado, sr. presidente!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)