Pronunciamento

Maurício Eskudlark - 108ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 21/11/2013
O SR. DEPUTADO MAURÍCIO ESKUDLARK - Sr. presidente, sras. deputadas, srs. deputados, público que nos acompanha, servidores públicos que estão nesta sessão, vigilantes, ansiosos pela votação de projetos, quero saudar o meu amigo Rui, grande amigo, pessoa querida. Conheço a sua família.
Quero também saudar os vereadores da cidade de Porto União, terra que vai ter a Festa do Xixo e do Steinhaeger, cidade que produz o Steinhaeger Doble W, famoso em todo o mundo, não só em Santa Catarina.
Eu fico feliz com a alegria do deputado Manoel Mota, com relação às conquistas para o sul do estado, o aeroporto, as rodovias sendo asfaltadas, as empresas se instalando. Este é o verdadeiro político. E a sociedade brasileira tem visto maus exemplos no Congresso Nacional e em todo o Brasil.
Pautei alguns assuntos, mas vou aproveitar que estão aqui os servidores do Iprev para dizer que acho que aquele parcelamento vai ficar do jeito que está, porque já houve uma conversa com os deputados. E toda categoria teve uma situação diferenciada. A educação já teve seu momento e sempre vai ter, porque o governo precisa estar sempre corrigindo, assim como no setor da saúde, e da Segurança que está recebendo uma atenção muito especial do governo do estado no resgate da questão salarial, de lutas que para mim durou mais de 30 anos. E este projeto do subsídio que o governador encaminhou para esta Casa, na verdade é a resposta de uma luta de mais de 30 anos.
Tenho um bom diálogo e amizade com os servidores do Iprev e quantos me encontravam e perguntavam quando ia passar o da segurança, torcendo para que isso acontecesse, porque sabiam que quando passasse o da segurança depois seria resolvido o problema do Iprev. Então, acho que na vida um tem que torcer pelo outro, querer o bem do outro.
Durante nossa formação muitas vezes aprendemos a disputar demais, o que não é bom. Gostamos de ver um aluno na escola que sabe a matéria ensinar o colega que não entendeu o conteúdo, e não esconder seu conhecimento para ver o outro se sair mal. O ser humano tem que viver querendo a felicidade dos outros, desejando que o meio onde vivemos seja mais alegre, mais feliz. Se todos estão felizes, bem no emprego, com sua família, com sua vida estruturada nossa sociedade fica melhor. Então, ninguém tem que torcer para que o outro vá mal. E vejo pelas conversas com os deputados que o projeto que veio do governo do estado ficará definido na próxima terça-feira nas comissões, porque a matéria veio com um cronograma de pagamento e parece que há pressão de algumas pessoas para que não fosse daquela forma, porque seria diferenciado. Cada um está buscando seu espaço e acho que temos que procurar atender a todos sem criar mais discórdias. Temos chance de resolve tudo isso.
Havia preparado um assunto para falar nesta tribuna esta semana, que até vem ao encontro do que estou falando sobre viver bem. Quando fui delegado regional em São Miguel D'Oeste, em determinado momento me preocupou com número elevado de suicídios na região. Na época, pensei em fazer um estudo para tentar saber por que estava ocorrendo tantos casos. Então solicitei aos delegados das comarcas que me entregassem uma cópia de todos os inquéritos de suicídios dos últimos cinco anos. Foram 182 inquéritos de suicídios, deputado Romildo Titon, no extremo oeste de Santa Catarina, num período de cinco anos. Quer dizer, um número bastante grande.
Então, venho falar sobre isso porque o suicídio é algo que não entendemos, porque, muitas vezes, a pessoa aparentemente leva uma vida tranquila, organizada e de repente se suicida. Até porque a maioria das famílias não aceita quando vê uma situação de suicídio e sempre levanta dúvida se alguém induziu, se foi homicídio, há vários casos desses.
Agora, no domingo, um dos maiores empresários do Brasil, Rogério Rosa, meu amigo, acabou se suicidando. Há pouco tempo estive lá conversando com ele e na conversa ele me ofereceu um café e eu disse que aceitaria somente se fosse com leite, porque senão a gastrite me derrubaria, do estresse do dia a dia. Aí ele me disse que ia me dar o livro A Dieta do Sangue de presente. É um livro interessante, que coloca que o nosso sangue é igual ao combustível dos automóveis - álcool, gasolina e diesel, e se colocarmos outro combustível não funcionará e que cada tipo sanguíneo tem um tipo de alimento que é mais favorável a algum tipo de suco ou bebida. Então, se tomarmos um suco que é ruim para o nosso sangue, vamos começar a adoecer.
Ele me deu aquele livro conversando e agora, no domingo - era um empresário de sucesso, que construiu o maior prédio de apartamentos do Brasil, estava preparando um quase com o dobro da altura - de repente, com um tiro no peito, se suicida.
O suicídio é algo muito preocupante. Já ocorreu isso na Grécia, em que o homem se sentia realizado e era motivo de orgulho, de grandeza dizer que já tinha cumprido a sua missão e se matasse. Mas isso passou. Então, o suicídio vem da depressão, vem de uma doença, e isso ocorre entre jovens. Ocorreu um caso desses no sul do estado.
Não dá para entender que pessoas vivendo bem, em perfeita saúde, às vezes a família toda organizada, e de repente faz uma bobagem dessas.
Nós vemos algumas pessoas, por vergonha, querendo impor sofrimento ao outro, porque quando é passional ele mata para ver o outro sofrer. Isso aí é tomar veneno para matar o outro. Isso aí não existe.
Eu quero abordar este assunto, deputado José Milton Scheffer, porque acho que o estado tem que criar um setor de psicologia, tem que se preocupar com essa questão.
Nós tivemos na Polícia Civil, em um ano, cinco suicídios, e eu fiquei preocupado com aquela situação. Nós ampliamos o setor de atendimento psicológico para procurar ver o que levava o policial, já pela sua carreira, pelo estresse, pelas condições de trabalho, fazer isso, para reduzir esse número. E eu vejo que o estado, os municípios, a saúde tem que se preocupar com essa questão.
Para finalizar, temos que deixar para tratar em outra sessão sobre o caos que está o funcionamento da Ciretran de Chapecó, que é um órgão de trânsito. A Ciretran tem bons profissionais, mas há poucos profissionais, há falta de estrutura, atendimento está caótico e há reclamação de empresários e cidadãos.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)