Pronunciamento

LUIZ FERNANDO CARDOSO - 075ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 08/09/2015
O SR. DEPUTADO LUIZ FERNANDO VAMPIRO - Sr. presidente, gostaria de cumprimentá-lo e assim cumprimentar todos que estão no plenário, enfim, todos que nos assistem pela TVAL e nos ouvem pela Rádio Alesc Digital.
Hoje eu gostaria de conversar acerca de alguns fatos importantes que estão acontecendo na cidade de Criciúma como a Festa das Etnias, que aconteceu neste último final da semana. Foi a 27ª e graças ao empenho do presidente da Fundação Cultural da cidade de Criciúma, Júlio Lopes, foi a festa mais democrática que houve ao longo desse período, das edições passadas. Mais de 150 mil visitantes participaram da festa, desde a abertura na terça-feira, com a apresentação do Balé Bolshoi, desfile de entidades filantrópicas, assistentes sociais da cidade de Criciúma, dos colégios particulares e públicos, aos shows nacionais - Zé Ramalho, Armandinho -, enfim, gostaria de falar um pouco mais disso. Também poderia falar acerca da viagem que o governador Raimundo Colombo e o vice Eduardo Pinho Moreira farão amanhã a Criciúma, onde entregarão valores expressivos, R$ 13 milhões do Badesc para pavimentação, mais R$ 2 milhões para a recuperação do Paço Municipal da cidade de Criciúma, entre outras ações específicas.
Mas o tema que me trás aqui hoje é um tema muito preocupante, é o mais significativo, deputado Dalmo Claro.
Em Joinville há algum tempo atrás falou-se acerca da periculosidade dos números expressivos de homicídios, de latrocínio, da insegurança desse município.
Mas pasmem, a região sul de Santa Catarina este ano está numa situação muito complicada, principalmente a região carbonífera - AMREC, e os três municípios: Balneário Rincão, recém-emancipado na primeira gestão, Içara e Criciúma.
Dados da organização das Nações Unidas, a ONU, caracteriza uma cidade para ter uma violência epidêmica um índice apropriado de dez homicídios para cada 100 mil habitantes. Isto é um índice de razoabilidade. Caso por ventura seja 11 ou 12, ou seja, acima desta média de dez homicídios para 100 mil habitantes a cidade efetivamente já corre o risco muito forte além do fator social, mas há periculosidade.
Eu estava acompanhando alguns dados principalmente enviados da nossa região mais dados compilados pelo Sisp que é o sistema integrado pela secretaria de Segurança Pública, dados do IML e efetivamente a cidade de Criciúma, em relação ao mesmo período do ano passado, aumentou os homicídios deputado Maurício Eskudlark, em mais de 100%.
Nós tivemos alguns fatos que geraram a preocupação do secretário de Segurança Pública, do governador e do vice-governador como homicídio, latrocínio, roubo seguido de morte, da médica Mirella Peruchi. Mas o que é que acontece? A força-tarefa foi para lá, ficou um período, mas a situação não se resolveu. Somente neste domingo pela manhã no limite das cidades de Içara e Criciúma mais dois homicídios, vinte dois anos e vinte quatro anos.
Há um fator extremamente preocupante, o número de homicídios da cidade de Criciúma passa em muito da cidade de Joinville, deputado Darci de Matos. Joinville está 12 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Deputado Dalmo Claro, esse dado foi compilado agora pela manhã no IML: 49 homicídios até agora registrados no município de Criciúma. Isso representa quase a média de 24,5 homicídios para cada 100 mil habitantes; a nossa cidade de Criciúma tem um município aproximadamente 200 mil pessoas. E na região carbonífera nos 12 municípios já somam 68 homicídios. Isto infelizmente faz da cidade de Criciúma, a mais perigosa, digamos, a mais homicida de Santa Catarina.
Por isso venho à tribuna convocar novamente a secretaria de Segurança Pública que coordena efetivamente a segurança de todo o estado de Santa Catarina, o sr. governador Raimundo Colombo, o seu vice-governador, Eduardo Pinho Moreira, o Delegado, Aldo Pinheiro D'Ávila que agora é secretário, o atual Delegado Artur Nitz, enfim, a todos por esses números alarmantes.
Não dá para nós convivermos com esta situação. Nós tivemos uma força-tarefa que tinha efetivamente, além de policiais lá, uma equipe diuturnamente trabalhando no foco principal, como helicópteros rondando e, agora, não temos mais nada, apenas ficamos com os índices alarmantes.
Há um tempo nós tivemos quando o secretário de Segurança Pública era o Ronaldo Benedet, e aí nós entendemos que ficou a mácula de que tudo foi para o sul de Santa Catarina em virtude de que ele à época era o secretário da referida secretaria. E muitas regiões estão aumentando de forma considerável o número de policiais efetivos e nós do sul estamos com um déficit muito forte.
Aqui está o nosso amigo Raul, que trabalha nessa linha, eu gostaria de dizer que não tem mais como ter qualquer tipo de justificativa. As cidades de Criciúma, de Içara e de Balneário Rincão necessitam emergencialmente, não apenas de uma situação a curto e médio prazo, mas de longo prazo. Nós precisamos além dos municípios fazer a sua parte social, de uma atenção e de um olhar diferenciado para a nossa cidade. Este é um clamor que faço em plenário, não há dúvidas nenhuma de que os números que estão no site G1, na RIC, enfim todos os meios de comunicação trazem a nossa região como a mais perigosa do estado de Santa Catarina e isso, infelizmente, não é um dado que nos alegra, mas que nos entristece.
Por isso, eu venho aqui fazer de uma forma muito forte, incisiva essa situação, vez que houve uma ação popular com o assassinato da Mirella, em virtude de a médica estar saindo de sua residência ao lado de seu esposo também médico; mas nós vimos mais dois no domingo e aí dizem que eles vinculados a algum tipo de tráfico, mas nós pretendemos e precisamos de uma ação enérgica e específica para a cidade Criciúma.
Por favor, solicitamos que deflagre já uma operação imediata, padrão, de segurança pública em nossa região. É medida que se impõe e que se faz. Um abraço!
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)