Pronunciamento

LAÉRCIO SCHUSTER - 021ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 27/03/2019
DEPUTADO LAÉRCIO SCHUSTER (Orador) - Demonstra preocupação com as declarações dos secretários da Saúde e da Fazenda, de que não há dinheiro para fazer frente aos compromissos assumidos, e nem para assumir novos. Também cita as palavras do secretário Paulo Eli, por ocasião da sua visita ao Parlamento, afirmando que até poderia haver atraso no pagamento dos servidores, além disso, declarou que não havia dinheiro nem para fazer tapa buracos nas rodovias catarinenses.
Reporta-se ao pronunciamento do deputado Valdir Cobalchini, concordando com o mesmo em relação à situação das estradas, e acrescenta a sua preocupação com a saúde pública. Comenta que a situação é precária em todos os hospitais que atendem SUS, mas cita especialmente o Hospital Beatriz Ramos, na cidade de Indaial, onde o prefeito teve que intervir para que suas atividades não fossem paralisadas, pois o governo do estado deve ao hospital mais de R$ 2,5 milhões desde o ano de 2015.
Afirma que lhe causa estranheza dois secretários afirmarem que desconhecem a situação da pasta que estão gerindo, como no caso do secretário Paulo Eli que falou que não sabe para onde estão indo os R$ 6 bilhões de incentivos para os setores e para as empresas produtivas do estado, e no caso do secretário da Saúde que afirma não saber por que o estado deve tanto para os hospitais. Assim, como já foi gestor público, não consegue acreditar que se tenha em pastas tão importantes, como Fazenda e Saúde, secretários que não possuem o total conhecimento daquilo que deveriam estar gerindo com presteza e responsabilidade.
Neste sentido, entende que o papel do Parlamento é contribuir com o governo do estado, alertando que a lei deve ser cumprida, com o investimento mínimo de 15% na Saúde, conforme aprovado por esta Casa. Também ressalta que os prefeitos gastam mais de 25% em Saúde, mas o governo do estado entra no STF para fazer não valer a PEC dos 15%. Relata que enviou ao governador um ofício solicitando explicações de quantos hospitais estão em atraso e quando serão feitos os pagamentos, para que possa repassar esta notícia àqueles que estão tentando manter o sistema público filantrópico dos hospitais em funcionamento, atendendo as famílias que mais precisam.
Considera positiva a vinda do projeto de reforma administrativa, mas alerta que ao pensar em cortar custeio, não se pode esquecer de prestar o verdadeiro serviço de qualidade e com rapidez nas cidades, pelo que solicita o apoio de todos os parlamentares no sentido de obter ajuda do governo do estado para o problema dos 182 hospitais filantrópicos, para que, pelo menos, recebam pelos serviços prestados, ou seja, aquilo que foi conveniado com o governo. Alerta, ainda, que o governo federal também possui a sua parcela de atraso e de responsabilidade nesta situação. [Taquígrafa: Sara]