Pronunciamento

Kennedy Nunes - 042ª SESSÃO ORDINÁRIA

Em 23/05/2007
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Sra. presidente, sras. deputadas, srs. deputados, público que nos prestigia aqui presente, telespectadores que nos acompanham pela TVAL, ouvintes da Rádio Digital e colegas de imprensa, é muito bom poder voltar aqui.
Quero fazer uma referência aos nossos jovens empresários da Acij Jovem que daqui a pouco vão apresentar a ExpoGestão. E só para referendar aqui que a Acij Jovem, srs. deputados, foi que começou uma coisa que no Brasil também tomou corpo, que é a Feira do Imposto.
A Feira do Imposto tem a função de colocar em cada produto quanto pagamos de imposto, deputado Nilson Gonçalves, que é um absurdo, não é?! E a Acij Jovem começou, lá em Joinville, esse trabalho que se estendeu para todo o Brasil. Parabéns a Acij Jovem, que faz esse trabalho tão importante.
Quero também deixar registrado aqui nesta Casa, sra. presidente, que recebi do presidente em exercício da Câmara de Vereadores de Criciúma, o vereador Ivan Roberto Westphal, uma Moção aprovada pela grande maioria dos votos no dia 8 de maio naquela Câmara, a de n. 0002/2007, deputado Décio Góes, que diz assim:
(Passa a ler.)
[...]
"'A Câmara Municipal de Criciúma, por intermédio de seus Vereadores, vem de público manifestar seu mais veemente repúdio ao Governador do Estado de Santa Catarina, que através de seu secretário de educação Paulo Bauer, ameaça não repassar as contribuições do mês de maio para o Sindicato dos Professores da Rede Estadual de Ensino de Estado de Santa Catarina.
Esta atitude vem caracterizar represália as sempre legítimas posições do SINTE, maior sindicato de Santa Catarina, que ao longo de uma história de lutas vem representando com dignidade a categoria dos professores estaduais. Em se concretizando tal situação isto acarretaria em um enorme prejuízo não só ao sindicato como a toda a categoria dos sofridos professores.
A Câmara Municipal de Criciúma espera que o Sr. Governador do Estado reveja esta atitude antidemocrática e autoritária e venha propor políticas sérias ao setor da educação, pois é o que se espera de um administrador público que sempre apregoou em seus discursos a liberdade de organização dos trabalhadores e a valorização da educação.'
Em anexo cópia do ofício encaminhado pelo Secretário de Educação Paulo Bauer ao SINTE."[sic]
Faço o registro, sra. deputada e srs. deputados, que a Câmara de Vereadores de Criciúma está repudiando a atitude do governador, porque o seu secretário da Educação não está querendo repassar o dinheiro para o Sinte.
O Sr. Deputado Décio Góes - V.Exa. me concede um aparte?
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Concedo-lhe o aparte, deputado Décio Góes, uma vez que v.exa. deve conhecer muito bem a situação de Criciúma, porque é de lá.
O Sr. Deputado Décio Góes - Quero parabenizar v.exa. por apresentar esta questão que torna público esse tratamento da secretaria da Educação, por autorização do governo - é lógico que não seria uma atitude isolada -, de reter a contribuição sindical, o que é um absurdo à luz de tudo que se conhece de avanço democrático nesta sociedade. E um governo toma essa atitude.
Mas hoje está sendo paga em função de uma liminar. Ainda não foi discutido o mérito da questão, mas sabemos que o mérito vai ser positivo para o sindicato porque é um direto conquistado da Organização Sindical Brasileira.
Então, parabéns pelo seu depoimento.
O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES - Há outro assunto que eu gostaria de trazer nesta tarde. Estava ouvindo o deputado Darci de Matos falar na tribuna sobre um pronunciamento que fiz na sessão anterior, com relação à universidade em Joinville.
Deputado Darci de Matos, concordo com v.exa., quando diz que Joinville merece muito mais. E não é só com relação à questão da universidade, que é um pólo gerador de conhecimento, tecnologia, e todos nós sabemos a importância que é um pólo, uma faculdade no município. Concordo com v.exa. em todas as coisas que disse com relação à necessidade de Joinville ter um troco maior do que devolve e paga aos Cofres Públicos, mas não concordo com v.exa. quando o prefeito não quis dar R$ 80 mil para reformar um lugar onde estaria sendo o início da universidade em Joinville.
Nenhum bebê nasce pronto, deputado! Há a fecundação; há o embrião; há o tempo de gravidez; há o momento de parir, de ter a criança, de dar à luz; há o momento de criar a criança até chegar à idade adulta.
Eu entendo que o curso presencial que a Universidade Federal de Santa Catarina queria fazer em Joinville, que não o fez por culpa do prefeito, seria o início de toda uma colocação da universidade em Joinville.
Agora, deputada Ada De Luca, se eu sou da Universidade Federal e v.exa. é o prefeito, e eu digo: "Vamos começar a universidade aqui. A senhora só dá R$ 80 mil para nós começarmos o curso aqui, e depois nós vamos começar. Mas a senhora diz: 'Eu não vou dar porque não quero aqui tele-aula'. O que eu, da reitoria da universidade, vou dizer, quando eu quero aplicar um pólo lá?!
Daí eu vou para Jaraguá do Sul e lá se unem empresários, políticos, prefeitura, entidades e dizem para o reitor: "Já há até um prédio pronto. É só vocês começarem!" O que vai acontecer? Joinville vai ficar chorando de novo?!
Reitero o pedido que eu fiz aqui, ontem, ao governo do PT: presidente Lula, ministro da Educação, senadora Ideli Salvatti e deputado Carlito Merss, que são os nossos representantes da região, por favor, lembrem-se que a gestão atual tem dia, pelo Tribunal Eleitoral, para acabar a sua gestão e a universidade é o que vai ficar para toda a comunidade. Então, eu peço para que o governo do PT não se importe com as críticas que o governo atual vem fazendo tão duramente ao partido e lembre-se que a universidade de Joinville é uma necessidade, pela importância da cidade, e não dos gestores que tem.
Muito obrigado!
(SEM REVISÃO DO ORADOR)